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Impacto da Higiene Oral com clorexidina com e sem escovação dental na Prevenção da Pneumonia associada à Ventilação Mecânica: Estudo RandomizadoVidal, Claudia Fernanda de Lacerda 28 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-28 / A pneumonia associada à ventilação (PAV) representa uma das infecções mais comuns na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e a aspiração de micro-organismos presentes na orofaringe constitui o principal mecanismo fisiopatológico da PAV, funcionando a placa dental como habitat para potenciais patógenos respiratórios como bacilos Gram-negativos (Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp) e Staphylococcus aureus, os agentes mais frequentemente isolados nestas infecções. O uso de soluções antissépticas para descontaminação da orofaringe, e da escovação dental como método mecânico para remoção da placa tem sido objeto de investigações. Verificar se a higiene oral, através da escovação dental com clorexidina em gel a 0,12% reduz a incidência da pneumonia associada à ventilação mecânica, a duração da ventilação mecânica, o tempo de internação e a mortalidade na UTI, quando comparado à higiene oral com uso de clorexidina solução oral a 0,12% sem escovação dental, em indivíduos adultos sob ventilação mecânica internados em Unidades de Terapia Intensiva Clínico/Cirúrgica e Cardiológica. No período de março a julho/2013, foi realizado estudo de corte transversal em UTI cardiológica para análise da contaminação microbiana das escovas dentais, após tempos diferentes de uso e descarte (24h, 48h, 72h, 96h, 120h) em indivíduos adultos e sob ventilação mecânica por pelo menos 48h. Em seguida foi realizado estudo de coorte, randomizado, conduzido em três UTIs de hospitais públicos e uma UTI de hospital filantrópico do Recife/PE, no período de julho de 2013 a janeiro de 2014. Os indivíduos admitidos nas UTIs dos quatro hospitais participantes (total de 46 leitos) e que preencheram os critérios de inclusão (idade igual ou superior a 18 anos, submetidos à intubação, com perspectiva de manutenção da ventilação mecânica por período superior a 48 horas, sem evidência de infecção pulmonar à admissão) foram randomizados dentro de 24 horas da intubação e início da ventilação mecânica para o grupo controle (higiene oral com clorexidina solução oral 0,12% a cada 12 horas) ou grupo de intervenção (higiene oral com escovação dental com clorexidina em gel 0,12% a cada 12 horas), o que constituiu a amostra do estudo. Foram excluídos indivíduos sem dentição, suspeição de pneumonia no momento da intubação, gestação, traqueostomia ou alergia à clorexidina. A participação dos indivíduos se encerrou no 28º dia de acompanhamento ou quando da ocorrência de óbito, extubação ou transferência. Amostra composta por 213 indivíduos, dos quais 108 constituíram o grupo controle e 105 o grupo intervenção. Comparando os grupos quanto às características clínicas no momento da admissão, observou-se que não houve diferença estatística significativa (p >0,05). Dentre os 213 indivíduos, a pneumonia associada à ventilação mecânica ocorreu em 45 (21,1%), sendo 28 do grupo controle e 17 do grupo intervenção, com densidade de incidência igual a 14,2 por 1.000 VM/dia. O uso da escovação dental com clorexidina gel a 0,12% demonstrou uma menor incidência de PAV ao longo do período de acompanhamento, embora sem diferença estatisticamente significante (p = 0,084). O risco relativo de óbito foi maior no grupo controle em 41%, apesar da não significância estatística. Houve redução significativa do tempo médio de ventilação mecânica no grupo submetido à escovação dental (p = 0,018), mas quanto ao tempo de internação na UTI não houve diferença estatisticamente significante (p = 0,064), embora tendência à redução do tempo de internação no grupo intervenção tenha sido observada. O exame microbiológico das escovas dentais mostrou isolados bacterianos em todos os momentos do descarte. Os resultados obtidos mostraram que, dentre os pacientes submetidos à escovação dental, houve redução significativa do tempo de ventilação mecânica, e tendência à redução da incidência de PAV e tempo de internação na UTI, embora sem significância estatística. Desse modo, quanto ao risco de PAV e óbito a amostra parece não ter sido suficientemente grande para detectar diferença nessa magnitude.
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O cuidado oral de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa da literatura / The oral care of patients in the Intensive Care Unit: an integrative review of the literaturePereira, Vanessa Oliveira Silva 23 August 2018 (has links)
O cuidado oral em pacientes intubados internados em Unidade de Terapia Intensiva é uma atividade da Enfermagem que se constitui num conjunto de competências fundamentadas em evidências científicas. A saúde oral refere-se ao ótimo estado da cavidade oral e o bom funcionamento de suas estruturas, obtido por meio da higiene oral adequada, estratégia crucial de prevenção para excluir o risco de problemas bucais e promover o conforto físico e psicológico dos pacientes. A higiene oral inadequada traz vulnerabilidade a cavidade oral potencializando focos de infecções propícias à pneumonia nosocomial. Objetiva identificar e analisar na literatura as melhores evidências disponíveis referentes ao produto, dispositivo e frequência do cuidado oral para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes intubados e em ventilação mecânica internados em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foi realizada buscas de estudos primários nas bases de dados eletrônicas PubMed, EMBASE e CINAHL, utilizando descritores controlados e os respectivos vocabulários destas bases de dados: MeSh, EMTREE e TÍTULOS. Das 184 referências identificadas, 52 foram selecionados após leitura de título e resumo para serem lidos na íntegra, 18 constituíram a amostra final. A extração e análise dos dados foram realizadas por dois revisores independentes. As publicações dos 18 estudos ocorreram no período de 2009 a 2017. O controle do biofilme e prevenção de lesões na cavidade oral constituem ações importantes para a obtenção da boa saúde oral. Para esse controle, são necessárias intervenções que promovam a remoção mecânica e/ou farmacológica do mesmo. Essas intervenções constituem a combinação de produtos, dispositivos e frequência do cuidado oral. As melhores evidências indicaram a combinação dos seguintes produtos, dispositivos e frequência: creme dental Biotene® combinado com a escovação dentária e também Biotene® enxaguante bucal, para promover a hidratação da cavidade oral, reduzindo a xerostomia; clorexidina 0,12%, melhor evidência como antisséptico; lubrificantes a base de água e hidrossolúveis para mucosa oral e lábios; escova de dentes elétrica de cabeça pequena e cerdas macias, como melhor evidência de dispositivo, porém seu custo pode ser um fator que pode impedir sua larga utilização, em sua indisponibilidade, as evidências apontam para a escova de dentes pediátrica com cerdas macias; raspadores de língua para a remoção do biofilme local; frequência a cada oito horas. Citadas as escalas de avaliação da cavidade oral, sustentando a verificação da saúde oral e como fator determinante da frequência da intervenção, respeitando assim a individualidade do paciente. Recomenda-se implementar o uso de escalas de avaliação da saúde oral para a determinação segura da frequência da intervenção; sugere-se novos estudos que abordem esta temática para comparar as escalas de avaliação da cavidade oral, os produtos, dispositivos e frequência; capacitar os profissionais para que a assistência seja realizada com qualidade e segurança, mitigando eventos adversos aos pacientes / Oral care in intubated patients admitted to an Intensive Care Unit is a nursing activity that is a set of competencies based on scientific evidence. Oral health refers to the excellent state of the oral cavity and the proper functioning of its structures, obtained through proper oral hygiene, a crucial prevention strategy to exclude the risk of oral problems and to promote the physical and psychological comfort of patients. Inadequate oral hygiene brings vulnerability to the oral cavity potentiating foci of infections conducive to nosocomial pneumonia. Aims to identify and analyze, in the literature, the best available evidence regarding the product, device and frequency of oral care for the prevention of pneumonia associated with mechanical ventilation in intubated patients and mechanical ventilation admitted to the Intensive Care Unit. It is an integrative review of the literature, in which searches of primary studies in the electronic databases PubMed, EMBASE and CINAHL were carried out using controlled descriptors and the respective vocabularies of these databases: MeSh, EMTREE and TITLES. Of the 184 references identified, 52 were selected after reading the title and abstract to be read in their entirety, 18 constituted the final sample. Data extraction and analysis were carried out by two independent reviewers. The publications of the 18 studies occurred between 2009 and 2017. Biofilm control and prevention of oral cavity lesions are important actions to achieve good oral health. For this control, interventions that promote the mechanical and / or pharmacological removal of the same are necessary. These interventions are the combination of products, devices and frequency of oral care.The best evidences indicated the combination of the following products, devices and frequency: Biotene® toothpaste combined with toothbrushing and also Biotene® mouthwash, to promote hydration of the oral cavity, reducing xerostomia; chlorhexidine 0.12%, better evidence as an antiseptic; water-based and water-soluble lubricants for oral mucosa and lips; small electric toothbrush and soft bristles, as best evidence of device, however its cost may be a factor that may prevent its wide use, in its unavailability, the evidence points to the pediatric toothbrush with soft bristles; tongue scrapers for local biofilm removal; every eight hours. Cited scales of assessment of the oral cavity, supported the verification of oral health and as a determinant factor of the frequency of intervention, thus respecting the individuality of the patient. It is recommended that the use of oral health assessment scales for the safe determination of the frequency of intervention be implemented; new studies that address this theme are suggest to compare oral cavity evaluation scales, products, devices and frequency; to enable professionals to carry out quality and safe care, mitigating adverse events to patients
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