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Examinando os processos de assimilação, transformação, construção e compartilhamento de cultura entre crianças de dois anos no ambiente de creche

Maria Ferreira de Lucena, Juliana 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo744_1.pdf: 2838749 bytes, checksum: 5efcfd4fa87bbaf959cac3398e1186c2 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Esse estudo discute os processos de assimilação, transformação, construção e transmissão culturais entre crianças de um grupo de creche, em situação de brincadeira livre, processos que potencializam a constituição de uma microcultura naquele grupo de brinquedo, tal como caracterizado na literatura da Psicologia do Desenvolvimento Infantil. A investigação está apoiada nos estudos realizados por Bruner e por Tomasello, e na teoria de Wallon. Esses três autores reconhecem a espécie humana como biologicamente sociocultural com adaptações precoces para essa especificidade, por exemplo, a necessidade de interações sociais desde o início da vida. Em diálogo com a Sociologia da infância, utiliza-se o conceito de peer culture cunhado por Corsaro e Molinari: um conjunto estável de atividades ou rotinas, artefatos, valores e interesses que as crianças produzem e compartilham em interação com seus pares de idade . Participaram da pesquisa 20 crianças de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), que agrega creche e pré-escola, da cidade do Recife, com idade média de dois anos e dois meses, pertencentes ao mesmo agrupamento etário (Grupo 1). As crianças foram observadas nas suas próprias salas de convivência ou em outros espaços de lazer da instituição, com a presença das professoras e auxiliares. A videogravação foi utilizada como recurso para o registro das observações e estas ocorreram em situação de brincadeira livre, por 24 minutos em média, duas vezes por semana, durante um período de quarenta e cinco dias, perfazendo um total de 11 sessões videogravadas. Os dados foram tratados por meio da análise microgenética: cada sessão foi observada atentamente, várias vezes, e 56 episódios foram identificados, recortados e transcritos em detalhe. Esses episódios interacionais apresentavam indícios de construção de uma rotina de brincadeira e/ou a criação de significados incomuns para os objetos da própria instituição que as crianças fazem uso (brinquedos, cadeiras, mesas, carteiras, etc.). Além dessas características, antecipava-se que a atividade recortada tinha potencial para persistir e se estender no grupo. A análise dos episódios foi realizada em três grandes tópicos de discussão: 1) trazendo conhecimentos produzidos na macrocultura para a microcultura do grupo de brinquedo; 2) construindo e transformando significações durante a brincadeira; 3) transmitindo as significações compartilhadas para outras crianças do mesmo agrupamento etário com potencial de transformarem-se em microcultura daquele grupo de brinquedo. Os dados revelaram que, mesmo sem a ocorrência de linguagem verbal, ou apenas com seu uso incipiente, o processo de significação em que as crianças se envolvem pode ser inferido por meio de suas ações, gestos, sons, mímica e outros movimentos de seu corpo. As brincadeiras se desenrolam considerando-se regras claramente definidas por elas que as orientam e sugerem do que‟ e como‟ brincarem, por exemplo, imitando as ações do colega para compartilhar com ele um roteiro base de brincadeira. A reprodução da ação também é interpretada pela criança, que a re-significa e a incrementa durante a brincadeira. Repetindo e adicionando variações a um tema de brincadeira que persiste no grupo, as crianças, cooperativamente, consolidam uma estrutura de participação identificável de brincadeira e constroem uma microcultura compartilhada

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