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O lugar da experiência nos currículos de História (1975-1998). / The role played by experience in history curricula (1975-1998)

Guimaraes, Eduardo Augusto 06 March 2007 (has links)
Apoiando-se nos estudos pós-críticos do currículo, este trabalho se propõe a analisar, numa perspectiva histórica, os três últimos currículos de História paulistas (Guia Curricular para o Ensino de 1º grau de 1975, a Proposta Curricular para o Ensino de História de 1º grau de 1986, a Proposta Curricular de História para o 1º grau de 1992), além do PCN de História de 1998. A leitura da bibliografia referente ao tema nos mostrou que a maior parte dos estudos que se dedicaram aos currículos em questão partia de ferramentas conceituais próximas dos estudos críticos do currículo, enfatizando questões como a relação entre o currículo e o poder estatal, a importância da autoria do currículo para sua própria definição, entre outras. Essas questões foram problematizadas e os limites de algumas delas, apontados. Em segundo lugar, procedeuse à análise da trajetória histórica daqueles documentos curriculares a partir de outros instrumentos de análise, como a relação entre poder e discurso, a regionalização do poder, a produção de subjetividades, entre outros. Percebemos que, se a noção de experiência do aluno é um fator importantíssimo na Proposta de 1986, elemento de radicalidade contra o Guia de 1975 - o qual estava marcado pela sua excessiva fragmentação -, mais adiante esse mesmo conceito foi reapropriado nas Propostas de 1992 e no PCN de 1998, mas já sob um outro significado. Ou seja: aquilo que serviu como instrumento de um contrapoder ao Guia de 75 pela Proposta de 86 foi, logo depois, transformado e acomodado nos documentos curriculares da Proposta de 92 e no PCN de 98. Outro ponto importante foi a entrada do discurso acadêmico no corpo do texto curricular da Proposta de 86, fato esse que veio se mantendo até o PCN de 98. Dessa forma, tanto a incorporação do discurso acadêmico quanto o termo experiência discente são expressões que entraram no discurso curricular desde a Proposta de 86 e que se mantiveram - apesar das modificações operadas em torno do conceito de experiência. / Based on post-critic curriculum studies, this dissertation aims to analyse - after the historical approach - the three last history curricula from São Paulo (Curricular Teaching Guidebook for the Primary and Secondary School -,1975, Curricular Proposal for History Teaching for the Primary and Secondary School - 1986 and Curricular Proposal for History Teaching for the Primary and Secondary School - 1992) and the 1998 PCN (National Curricular Parameters) of History. The reading on the literature in this specific field has shown that most of the studies related to the curricula above had their starts from conceptual tools close to critic curriculum studies, emphasising aspects such as the relationship between curriculum and state power, the importance of curriculum authorship to its own definition, among others. Those aspects were firstly debated and some of them had their limits outlined. Secondly, analyses of the historical courses of those documents were made, based on analytical tools such as the relation between power and discourse, power fragmentation, the production of subjectivities, and so on. It has been perceived that despite the fact that the notion of the students\' experience is an extremely important factor in the Proposal of 86 - radically opposed to the Guidebook of 75, which is characterised by its excessive fragmentation. Later, the same concept was re-appropriated in the Proposal of 92 and the PCN of 98, but having other meaning. In other words, what had once been used as a counter-power instrument towards the Guidebook of 75 and the Proposal of 86, was transformed and incorporated into the Proposal of 92 and the PCN of 98. Another important aspect was the addition of the academic discourse to the text of the Proposal of 86, which remained until the PCN of 98. That being so, not only the incorporation of the academic discourse but also the term student experience have been present in the curricular discourse since the Proposal of 86, in spite of the changes made around the term experience.
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O lugar da experiência nos currículos de História (1975-1998). / The role played by experience in history curricula (1975-1998)

Eduardo Augusto Guimaraes 06 March 2007 (has links)
Apoiando-se nos estudos pós-críticos do currículo, este trabalho se propõe a analisar, numa perspectiva histórica, os três últimos currículos de História paulistas (Guia Curricular para o Ensino de 1º grau de 1975, a Proposta Curricular para o Ensino de História de 1º grau de 1986, a Proposta Curricular de História para o 1º grau de 1992), além do PCN de História de 1998. A leitura da bibliografia referente ao tema nos mostrou que a maior parte dos estudos que se dedicaram aos currículos em questão partia de ferramentas conceituais próximas dos estudos críticos do currículo, enfatizando questões como a relação entre o currículo e o poder estatal, a importância da autoria do currículo para sua própria definição, entre outras. Essas questões foram problematizadas e os limites de algumas delas, apontados. Em segundo lugar, procedeuse à análise da trajetória histórica daqueles documentos curriculares a partir de outros instrumentos de análise, como a relação entre poder e discurso, a regionalização do poder, a produção de subjetividades, entre outros. Percebemos que, se a noção de experiência do aluno é um fator importantíssimo na Proposta de 1986, elemento de radicalidade contra o Guia de 1975 - o qual estava marcado pela sua excessiva fragmentação -, mais adiante esse mesmo conceito foi reapropriado nas Propostas de 1992 e no PCN de 1998, mas já sob um outro significado. Ou seja: aquilo que serviu como instrumento de um contrapoder ao Guia de 75 pela Proposta de 86 foi, logo depois, transformado e acomodado nos documentos curriculares da Proposta de 92 e no PCN de 98. Outro ponto importante foi a entrada do discurso acadêmico no corpo do texto curricular da Proposta de 86, fato esse que veio se mantendo até o PCN de 98. Dessa forma, tanto a incorporação do discurso acadêmico quanto o termo experiência discente são expressões que entraram no discurso curricular desde a Proposta de 86 e que se mantiveram - apesar das modificações operadas em torno do conceito de experiência. / Based on post-critic curriculum studies, this dissertation aims to analyse - after the historical approach - the three last history curricula from São Paulo (Curricular Teaching Guidebook for the Primary and Secondary School -,1975, Curricular Proposal for History Teaching for the Primary and Secondary School - 1986 and Curricular Proposal for History Teaching for the Primary and Secondary School - 1992) and the 1998 PCN (National Curricular Parameters) of History. The reading on the literature in this specific field has shown that most of the studies related to the curricula above had their starts from conceptual tools close to critic curriculum studies, emphasising aspects such as the relationship between curriculum and state power, the importance of curriculum authorship to its own definition, among others. Those aspects were firstly debated and some of them had their limits outlined. Secondly, analyses of the historical courses of those documents were made, based on analytical tools such as the relation between power and discourse, power fragmentation, the production of subjectivities, and so on. It has been perceived that despite the fact that the notion of the students\' experience is an extremely important factor in the Proposal of 86 - radically opposed to the Guidebook of 75, which is characterised by its excessive fragmentation. Later, the same concept was re-appropriated in the Proposal of 92 and the PCN of 98, but having other meaning. In other words, what had once been used as a counter-power instrument towards the Guidebook of 75 and the Proposal of 86, was transformed and incorporated into the Proposal of 92 and the PCN of 98. Another important aspect was the addition of the academic discourse to the text of the Proposal of 86, which remained until the PCN of 98. That being so, not only the incorporation of the academic discourse but also the term student experience have been present in the curricular discourse since the Proposal of 86, in spite of the changes made around the term experience.
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Relações etnicorraciais e currículos escolares em teses e dissertações produzidas nos programas de pós-graduação stricto sensu em Educação Brasil (1987-2006) / Ethnic-Racial relations and curriculum in thesis and dissertations developed in stricto sensu graduate programs in Education Brazil (1987-2006)

Regis, Kátia Evangelista 14 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T14:32:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Katia Evangelista Regis.pdf: 1892228 bytes, checksum: 8b9a963a29d1df133ec14d49d0e92071 (MD5) Previous issue date: 2009-05-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The purpose of this study was to systematize and analyze the main questions investigated in doctoral thesis and master s dissertations focused on ethnic-racial relations and school curriculum, developed in Stricto Sensu Graduate Programs in Education over the 1987-2006 period. In order to select the academic works which became the object of our analysis, we have used CAPES (Coordination of High-Level Personnel Training) thesis database. By means of this survey, we could identify 187 studies focused on the analysis of ethnic-racial relations with respect to the black population. From this framework of reference, we have delimited our subject of interest to the analysis of the studies which discussed ethnic-racial relations and school curriculums related to the basic education provided by Brazilian official educational systems. The study on ethnic-racial relations was based on authors such as Munanga (1996a, 2004a, 2004b); Gomes (2004, 2005, 2007); Gonçalves & Silva (2000, 2004); Cavalleiro (2005a, 2005b); Pinto (1987, 1993) and Silva (2001). The theoretical reasoning on the curriculum has its sources in the works of authors such as Sacristán (1999, 2000a, 2000b), Apple (1982), Giroux (1997) and McLaren (2000) which substantiated our selection and analysis of academic works on ethnic-racial relations and school curriculums, resulting in a total of 51 investigations. However, we had access to 29 studies in which we used the content analysis method by means of categorical analysis (BARDIN, 2008). As a result, the investigations were grouped into four categories: black people in textbooks; ethnic-racial relations in the curriculum in action; stereotypes, racial prejudice and racial discrimination in daily school life, and the teaching of Africans and black Brazilians history and culture in school curriculums. Finally, we have highlighted that discussions relating to ethnic-racial relations and school curriculums offer valuable opportunities with regard to rethinking school / Este trabalho teve por objetivo sistematizar e analisar as principais questões discutidas em teses de doutorado e dissertações de mestrado, que enfocaram as relações etnicorraciais e o currículo escolar, desenvolvidas em programas de pós-graduação stricto sensu em Educação, entre os anos de 1987- 2006. Para a seleção das produções acadêmicas que se tornaram objeto de nossa análise, utilizamos o Banco de Teses da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Tal levantamento levou-nos à identificação de 187 estudos, cujo objetivo central foi a discussão acerca de relações etnicorraciais, focando a população negra. Partindo desse universo, delimitamos nosso foco de interesse no estudo das investigações que discutiram as relações etnicorraciais e os currículos escolares relacionados à educação básica dos sistemas oficiais de ensino do Brasil. A discussão sobre as relações etnicorraciais baseou-se em autores como Munanga (1996a, 2004a, 2004b); Gomes (2004, 2005, 2007); Gonçalves & Silva (2000, 2004); Cavalleiro (2005a, 2005b); Pinto (1987, 1993) e Silva (2001). A reflexão teórica acerca do currículo sustentou-se em autores como Sacristán (1999, 2000a, 2000b), Apple (1982), Giroux (1997) e McLaren (2000) e ofereceu a fundamentação que orientou nosso trabalho de seleção e análise da produção acadêmica sobre relações etnicorraciais e currículos escolares, resultando em um conjunto de 51 investigações. No entanto, tivemos acesso a 29 estudos, nos quais utilizamos os referenciais da análise de conteúdo, por meio da análise categorial (BARDIN, 2008). Como resultado, as investigações foram agrupadas em quatro categorias: o negro nos livros didáticos; relações etnicorraciais no currículo em ação; estereótipos, preconceito racial e discriminação racial no cotidiano escolar e o ensino da História e Cultura dos africanos e dos negros brasileiros nos currículos escolares. Por fim, destacamos que as discussões sobre relações etnicorraciais e os currículos escolares oferecem importantes possibilidades de repensar a escola

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