Made available in DSpace on 2015-04-14T13:47:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 387366.pdf: 1324642 bytes, checksum: 0941329c4517ee79cfb7e3455a3c2809 (MD5) Previous issue date: 2007-01-10 / O presente trabalho analisa a constitui??o da fam?lia nuclear brasileira e o momento hist?rico em que esta tornou-se majorit?ria, em rela??o ao modelo de fam?lia anterior, conhecida como fam?lia patrimonial extensa, atrav?s dos Processos de Div?rcio Perp?tuo Entre Partes Quanto ao T?rum e M?tua Cohabita??o, impetrado, em sua grande maioria, por mulheres ga?chas junto ao Tribunal Eclesi?stico da Igreja Cat?lica, nos s?culos XVIII e XIX, mais precisamente, entre os anos de 1766 a 1890. Na an?lise, foram privilegiados os Processos que tiveram como origem os c?njuges em lit?gio no interior do estado do Rio Grande do Sul, por entender-se que este espa?o constitui-se em uma rica possibilidade de desvelamento das estruturas matrimonias e sociais para o per?odo pleno de transforma??es, de perman?ncias e de acomoda??es, mais dif?ceis de serem percebidas nas regi?es portu?rias, como a de Porto Alegre no per?odo. A tese leva em considera??o os Processos de Div?rcio como sendo um indicativo importante das transforma??es por que passava a sociedade do per?odo. Mais que isso, levou-se em conta o surgimento da figura da mulher divorciada, como um novo elemento a que essa mesma sociedade teve que buscar mais do que uma resposta, mas uma solu??o e um lugar distinto de tudo que at? ent?o era conhecido por aquela. ? nesta busca por esta realoca??o que um rico cen?rio social ir? ser constitu?do e mantido no Tribunal Eclesi?stico, com vista a gerar um local de fala, extremamente revelador das intrincadas teias de rela??es sociais, de poder pol?tico e econ?mico de um Brasil que passava por um momento hist?rico candente, em que estruturas tradicionais e modernas se amalgamavam para constituir os primeiros passos da complexidade social que mais tarde se constituiria em sua marca mais incisiva