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Avaliação de marcadores de prognóstico e da mutação JAK2V617F na evolução de pacientes com leucemia linfóide aguda da infância no estado da Bahia- Brasil

Cézar, Rodrigo Silva 15 April 2011 (has links)
Submitted by Pós graduação Farmácia (ppgfar@ufba.br) on 2017-05-25T20:18:39Z No. of bitstreams: 1 Rodrigo Cézar.pdf: 1114560 bytes, checksum: 3cd09c1374e1f274c1ea9cf3d557f3a6 (MD5) / Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2017-06-01T17:35:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Rodrigo Cézar.pdf: 1114560 bytes, checksum: 3cd09c1374e1f274c1ea9cf3d557f3a6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-01T17:35:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigo Cézar.pdf: 1114560 bytes, checksum: 3cd09c1374e1f274c1ea9cf3d557f3a6 (MD5) / FAPESB e CNPq / Avaliação de marcadores de prognóstico e da mutação JAK2V617F na evolução de pacientes com leucemia linfóide aguda da infância no estado da Bahia Brasil. Rodrigo Silva Cezar. A leucemia linfóide aguda (LLA) da infância é uma neoplasia do sistema hematopoiético, de natureza clonal, com incidência elevada entre dois (2) e cinco (5) anos de idade. No Brasil estima-se a ocorrência de 9540 casos de leucemias por ano, sendo 450 no estado da Bahia. O diagnóstico é realizado pela análise morfológica e imunofenotipagem da medula, visando classificar a linhagem celular envolvida. O tratamento da LLA evoluiu muito nos últimos anos e, a taxa de cura está acima de 80%. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os dados hematológicos, imunofenotípicos e da pesquisa da mutação JAK2V617F correlacionando-os aos aspectos clínico-laboratoriais apresentados na evolução entre o diagnóstico e tratamento de pacientes com LLA da infância provenientes da Bahia. A casuística foi composta por 37 pacientes com idade entre nove meses e 14 anos, sendo 15 (40,5%) do sexo feminino e 22 (59,5%) do masculino, tratados pelo protocolo 93 do Grupo Brasileiro para o Tratamento de Leucemia na Infância. O perfil hematológico e imunofenotípico dos pacientes foram realizados ao diagnóstico e durante o tratamento, além da pesquisa da mutação JAK2V617F pela técnica de PCR; os dados clínico-laboratoriais foram obtidos dos prontuários médicos. Trinta e três (89,2%) pacientes foram classificados como LLA-B e 4 (10,8%) como LLA-T. Sete (18,9%) pacientes apresentaram aberrações fenotípicas com expressão de marcadores mielóides (CD13 e CD33); dois (5,4%) pacientes foram estadiados como Risco Básico Verdadeiro; 14(37,8%) como Risco Básico e, 21(56,8%) como Risco Alto. Os sinais e sintomas mais frequentes ao diagnóstico foram anemia, hepatomegalia, esplenomegalia, linfonodomegalia, sendo que o tempo entre o surgimento dos sintomas até a ida ao serviço médico de referência foi de sete a 180 dias. Seis pacientes (cinco LLA-B e um LLA-T) apresentaram infiltração do sistema nervoso central (SNC) ao diagnóstico. A mediana de leucócitos ao diagnóstico foi de 7.010 e 47.515/mm3 no grupo LLA-B e T, respectivamente. Os pacientes com marcação positiva para CD20 (18%) apresentaram aumento de leucócitos, e diminuição de plaquetas ao diagnóstico (p= 0,018 e 0,017, respectivamente). A co-expressão do CD10 e CD19 foi encontrada em 60,5% dos pacientes e foi relacionada à contagem elevada de leucócitos e blastos (MO) e diminuída de plaquetas ao diagnóstico (p = 0,033; 0,029 e 0,028, respectivamente). A presença da hepatomegalia (60,6%) foi associada a contagem diminuída de plaquetas ao diagnóstico (p= 0,020) e no 7o (p= 0,010) e 14o (p=0,010) dia do tratamento. A mutação JAK2V617F não foi encontrada na casuística do estudo, mas 60% dos pacientes investigados apresentaram a deleção de uma timina em heterozigose no gene JAK2. Seis pacientes evoluíram a óbito durante o estudo, sendo os mesmos que apresentaram recaídas da doença, com mediana de tempo até a recaída de 28,5 meses A sobrevida global em seis anos do grupo foi de 66,9% + 3,25, sem diferença significativa entre os grupos de LLA- B e T. Neste estudo, o CD20 foi expresso em apenas 18,2% dos pacientes, diferente de outros estudos; além disso, a presença do CD20 foi associada ao aumento de leucócitos ao diagnóstico, considerado como marcador de risco e preditor de recaída. A co-expressão do CD10 e CD19 foi associada ao perfil desfavorável dos pacientes ao diagnóstico. Os perfis imunofenotípico e hematológico apresentados pelos pacientes com LLA mostraram diversidade de marcadores, com descrição de fenótipos aberrantes, sugerindo o papel importante desses marcadores na classificação de risco e no prognóstico da doença e não somente na caracterização da linhagem celular envolvida. A presença da deleção no gene JAK2 requer estudos adicionais que comprovem o provável envolvimento no mecanismo de patogênese da LLA. / Evaluation of prognosis marker and the mutation JAK2V617F in evolution of Childhood Acute lymphoblastic leukemia patients from the state of Bahia, Brazil. Rodrigo Silva Cézar. Childhood Acute lymphoblastic leukemia (ALL) is hematopoietic neoplasia of clonal origin, with a high incidence between 2 and 5 years of age. In Brazil the occurrence of leukemia is estimated as a 9540 cases per year, with 450 in the state of Bahia. The diagnosis is developed by morphologic and immunophenotypic analysis of bone marrow in order to classify the cell lineage involved. The treatment of ALL has been greatly evolved over the last years and the current protocols are achieving a cure rate under 80%. The aims of this study was characterize hematologic and immunophenotypic finding and search the JAK2V617F mutation among children with ALL in Bahia, correlating those with clinical and laboratory aspect presented during the clinical evolution at diagnosis and treatment. A total of 37 patients was studied, aging between nine months and 14 years; 15 (40.5%) were female and 22 (59.5%) male, that have been treated by the 93 protocol of the Brazilian Group for Treatment of Childhood Leukemia. Blood and immunophenotypic patient’s profiles were investigated at diagnosis and during treatment, beyond the search of the JAK2V617F mutation by PCR; clinical and laboratorial data were obtained from medical records. Thirty-three (89.2%) patients were classified as B-ALL and 4 (10.8%) as T-ALL. Seven (18.9%) patients showed phenotypic aberrations with expression of myeloid markers such as CD13 and CD33; two (5.4%) patients were staged as True Basic Risk; 14 (37.8%) as Basic Risk and 21 (56.8%) as High Risk. The most common signs and symptoms at diagnosis were anemia, hepatomegaly, splenomegaly, lymphadenopaty, and the time between the onset of symptoms and the search of a reference medical service was from seven to 180 days. Six patients (five B-ALL and one T-ALL) showed central nervous system (CNS) infiltration at diagnosis. The median value of White blood cells (WBC) at diagnosis was 7010 and 47515/mm3 in B-ALL and T-ALL groups respectively. CD20+ patients (18%) had a high WBC and low platelet counts at diagnosis (p = 0.018 and 0.017 respectively). Co-expression of CD10 and CD19 was found in 60.5% of patients and was associated with a high count of WBC and bone marrow blasts and low platelets at diagnosis (p = 0.033, 0.029 and 0.028 respectively). The presence of hepatomegaly (60.6%) was associated with a low platelet count at diagnosis (p = 0.020) and at 7th (p = 0.010) and 14th (p = 0.010) days of treatment. The JAK2V617F mutation was not found among studied patients, but 60% exhibited a heterozygous deletion of a thymine in JAK2 gene. Six patients died during the study and were the same who had relapse of disease, with median relapse time of 28.5 months. A six year’s overall survival tax was 66.9% + 3.25, and had no statistically significant difference between groups with B and T-ALL. The CD20 was expressed in only 18.2% of ALL patients unlikely other studies. In addition, the CD20 presence was associated with a high WBC counts at diagnosis, which has been considered as a risk marker and predictor of relapse. Co-expression of CD10 and CD19 was associated with an unfavorable clinical profile at diagnosis. Hematologic and immunophenotypic profiles of childhood ALL patients showed great diversity of markers, with description of aberrant phenotypes, suggesting an important role of those for risk and prognosis stratification of the disease and not only for the lineage characterization. The description of the JAK2 deletion requires additional studies showing a possible involvement of this genetic alteration at the ALL pathogenesis.

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