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Efeitos agudos da administraÃÃo de pressÃo positiva contÃnua em vias aÃreas de modo nÃo invasivo sobre o parÃnquima pulmonar de voluntÃrios sadios nas posiÃÃes supina e prona: alteraÃÃes na tomografia computadorizada de alta resoluÃÃo / Effects of noninvasive continuous positive airway pressure on pulmonary inflation in normal subjects in supine and prone positions evaluated by high resolution computed tomographyGeorgia Freire Paiva Winkeler 27 October 2006 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / IntroduÃÃo: A ventilaÃÃo nÃo invasiva com pressÃo positiva (VNI) vem tendo uma crescente utilidade na prÃtica clÃnica e o seu uso està bem estabelecido em casos de edema agudo de pulmÃo e nas exacerbaÃÃes da doenÃa pulmonar obstrutiva crÃnica (DPOC), diminuindo a necessidade de intubaÃÃo orotraqueal e melhorando a sobrevida. AlÃm disso, a pressÃo positiva contÃnua em vias aÃreas (CPAP) â modo de VNI â constitui o tratamento de escolha para pacientes portadores da sÃndrome de apnÃia obstrutiva do sono (SAOS), onde geralmente nÃo hà alteraÃÃo no parÃnquima pulmonar. Ainda a aplicaÃÃo de nÃveis elevados de pressÃo positiva expiratÃria final (PEEP) no manejo da sÃndrome do desconforto respiratÃrio agudo (SDRA) està associada tanto ao recrutamento alveolar como à hiperdistensÃo de Ãreas previamente normoaeradas, com resultados ainda indefinidos quanto ao impacto na sobrevida. Um dos recursos para melhora da oxigenaÃÃo nestes pacientes à a posiÃÃo prona e os efeitos da associaÃÃo desta manobra com pressÃo positiva permanecem controversos. A tomografia computadorizada de alta resoluÃÃo (TCAR) constitui um excelente mÃtodo de imagem para avaliaÃÃo qualitativa e quantitativa do parÃnquima pulmonar. O emprego da TCAR pode auxiliar na investigaÃÃo dos efeitos da CPAP de modo nÃo invasivo sobre o parÃnquima pulmonar, contribuindo para a elucidaÃÃo dos efeitos fisiolÃgicos da pressÃo positiva e da posiÃÃo prona. Objetivos: Avaliar e comparar os efeitos de diferentes nÃveis de CPAP de modo nÃo invasivo sobre o parÃnquima pulmonar em indivÃduos sadios nas posiÃÃes supina e prona. CasuÃstica e mÃtodos: Estudo intervencionista com oito voluntÃrios sadios, sem doenÃa cardiopulmonar. Foram realizados cortes tomogrÃficos de alta resoluÃÃo em trÃs regiÃes: Ãpice (2 cm acima do arco aÃrtico), hilo (1 cm abaixo da carina) e base (2 cm acima do diafragma) na posiÃÃo supina, sem CPAP (basal) e com CPAP de 5, 10 e 15 cmH2O; e na posiÃÃo prona, corte em base, sem CPAP e com CPAP de 10 cmH2O. A seqÃÃncia das posiÃÃes e da ordem das pressÃes aplicadas foi randomizada. Aguardava-se um perÃodo de no mÃnimo 5 minutos apÃs completa adaptaÃÃo da mÃscara para realizaÃÃo do exame e o mesmo perÃodo de tempo entre um nÃvel de pressÃo e outro. Os dados foram analisados agrupando-se os cortes tomogrÃficos das trÃs regiÃes e por subdivisÃes em regiÃes ventral, medial e dorsal, sendo calculadas as mÃdias das densidades pulmonares e o percentual do nÃmero de unidades com densidade menor que -950 UH (hiperaeradas) para cada uma das regiÃes. Resultados: NÃo houve diferenÃa das mÃdias das densidades pulmonares entre Ãpice, hilo e base para o mesmo nÃvel de pressÃo. Na posiÃÃo supina, houve reduÃÃo da densidade pulmonar e aumento do percentual de pixels nas Ãreas hiperaeradas com nÃveis crescentes de pressÃo: basal -761 UH e 7,25%; CPAP 5: -780 UH e 8,57%; CPAP 10: -810 UH e 11,62%; CPAP 15: -828 UH e 14,65% (p < 0,05). O mesmo foi observado na posiÃÃo prona: basal -759 UH e 6,30%; CPAP 10: -803 UH e 9,94% (p < 0,05). Este aumento da aeraÃÃo tambÃm foi observado nas regiÃes ventral, medial e dorsal. Foi encontrado um gradiente crescente no sentido ventro-dorsal de densidades pulmonares na posiÃÃo supina e o inverso na posiÃÃo prona. A CPAP de 10 cmH2O, na posiÃÃo prona, ocasionou menor aumento do percentual de pixels nas Ãreas hiperaeradas em relaÃÃo à supina. Nas regiÃes nÃo dependentes do pulmÃo (ventral em supina e dorsal em prona), observou-se um menor percentual de pixels nas Ãreas hiperaeradas e aumento nas normoaeradas na posiÃÃo prona em relaÃÃo à supina, praticamente sem diferenÃa nas regiÃes dependentes. ConclusÃes: A aplicaÃÃo de diferentes nÃveis de CPAP, de modo nÃo invasivo, em voluntÃrios sadios, resultou em maior aeraÃÃo com nÃveis crescentes de pressÃo e maior homogeneizaÃÃo da aeraÃÃo pulmonar, tanto na posiÃÃo supina como na prona. Houve menor hiperaeraÃÃo nas regiÃes nÃo dependentes na posiÃÃo prona, em relaÃÃo à supina, sem CPAP e com CPAP de 10 cmH2O, com melhor distribuiÃÃo da aeraÃÃo pulmonar naquela posiÃÃo. / Introduction: Noninvasive positive-pressure ventilation (NIPPV) is an effective means of treating patients with acute respiratory failure and its use has been well established in cardiogenic pulmonary edema and in exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease (COPD), reducing the need for endotracheal intubation and improving survival. Furthermore the continuous positive airway pressure (CPAP) â a mode of NIPPV â is the recommended treatment for obstructive sleep apnea syndrome (OSAS), where frequently there is no abnormality in pulmonary parenchyma. Also in the acute respiratory distress syndrome (ARDS), the application of positive end-expiratory pressure (PEEP) may result in alveolar recruitment of nonaerated units as well as in overinflation of the aerated lung areas. Alveolar overinflation is considered an important factor related to ventilator-induced lung injury causing higher mortality. The prone position has beneficial effects on oxygenation in these patients and the additive effect of PEEP with this maneuver is debatable. High resolution computed tomography (HRCT) is an excellent imaging method to evaluate the effects of positive pressure and prone position on pulmonary parenchyma. Objectives: To evaluate the effects of CPAP applied by a nasal mask on pulmonary inflation in normal subjects in supine and prone positions. Patients and methods: This is an interventionist study that evaluated eight healthy volunteers. A protocol of HRCT of the lung was performed in three regions: at the apex (2 cm above the aortic level), hilum (1 cm below the carina) and basis (2 cm above the right diaphragm) in the supine position, without and with CPAP of 5, 10 and 15 cmH2O. Also HRCT slices were performed in the prone position at the lung basis, without and with CPAP of 10 cmH2O. All HRCT slices were obtained at the functional residual capacity. Each CPAP level was maintened at least five minutes and the period between the different levels of CPAP was similar. For analysis the results were divided into regions ventral, medial and dorsal and with slices of apex, hilum and basis together. The mean lung densities (MLD) and the percentual of units with densities lower than -950 UH (overinflated) were calculated for each region. Results: There was no difference between the MLD of apex, hilum and basis for the same level pressure. In the supine position, there were a MLD reduction and an increase of the number of pixels on hyperinflated areas according to CPAP levels: without CPAP -761 HU e 7,25%; CPAP 5: -780 HU e 8,57%; CPAP 10: -810 HU e 11,62%; CPAP 15: -828 UH e 14,65% (p< 0,05). The same occurred in the prone position without CPAP: -759 UH e 6,30% and with CPAP 10: -803 UH e 9,94% (p < 0,05). It was observed a crescent ventro-dorsal density gradient in supine position that was inverse in prone position. At CPAP of 10 cmH2O there was lower percentage of pixels on hyperinflated areas in the prone position than in supine. In the non dependent lung regions (ventral in supine and dorsal in prone) there were lower percentage of pixels on hyperinflated areas and higher on normoaerated areas in the prone position than in supine with little differences in the dependent regions. Conclusions: Non invasive CPAP in normal subjects induces progressive overdistension with increase of pressure levels in supine and prone positions. CPAP of 10 cmH2O causes less overdistension of the non dependent regions than the same level of CPAP in supine position, without inducing significant overinflation of the dependent regions. So that the prone position causes a more homogeneous air distribution through the lungs.
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