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Do silêncio à vitalidade sociocultural dos Chiquitano do Portal do Encantado - Mato Grosso, Brasil / From silence to sociocultural vitality of de Chiquitano of Portal Portal do Encantado – Mato Grosso, Brazil / Del silencio a la vitalidade sociocultural em los Chiquitano del Portal do Encantado - Mato Grosso, Brasil

Cintra, Ema Marta Dunck 26 August 2016 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2016-09-26T11:26:03Z No. of bitstreams: 2 Tese - Ema Marta Dunck Cintra - 2016.pdf: 9425370 bytes, checksum: 2c06326bfc683abfeeea650905ca39a0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-09-26T11:52:58Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Ema Marta Dunck Cintra - 2016.pdf: 9425370 bytes, checksum: 2c06326bfc683abfeeea650905ca39a0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-26T11:52:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Ema Marta Dunck Cintra - 2016.pdf: 9425370 bytes, checksum: 2c06326bfc683abfeeea650905ca39a0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-08-26 / How can an ethnic identity that has been wiped out, numbed, silenced by colonization process be identified? In the case of the Chiquitano in the Portal do Encantado-MT, who had positioned themselves as indigenous people to have the right to remain in their territory, the first strategy was to trigger the mother tongue which had taken refuge in the memory of their elders. Thus, the focus of this thesis is to present how, through “memory bilingualism” , this people could trigger an interactive process of resistance, cultural and political positioning of identity assertion. An identity that those who remembered (the elders) were able to reconstruct, given the common unitary point (belonging) of representation and impulsion to the experience of traditional knowledge. This knowledge, inherited from a common past, provoked/articulated/triggered a fight in view of the hegemony imposed by the settlers and their ways of homogenization of knowledge, culture and life. Hence, based on the results of this study, which entangles decolonial authors and authors who treat the language as discourse, it is possible to state that the Chiquitano, when triggered the mother tongue which was stored in their memory, could reach the dwelling for their being and gradually establish a decolonial process, identifying their identity and their place of belonging. That’s because, collectively, they acted and promoted the interaction of different generations of people. Through reflection, they found themselves, creating themselves and their “new” world. By demanding their own school, they produced science. Giving value to the ancestral knowledge, they defined the curriculum and pedagogic practices. In this way, they recorded their culture, which was dormant in the language memory. They produced an authorial and coping pedagogy. The valorization of their knowledge and their being created the possibilities for fighting the dominant power. Memory bilingualism was the guiding basis for the training of teachers and their pedagogic practices, as well as for the assertion of an identity. Everything together, provided the resurgence of a “being more” (FREIRE, 2014) and led the sociocultural vitalization of the Chiquitano do Brasil in the Portal de Encantado-MT. / Cómo marcar una identidad étnica apagada, dormida, silenciada a causa del proceso colonizador? En el caso de los Chiquitano del Portal do Encantado-MT, que necesitaron posicionarse como indígenas para tener el derecho de permanecer en su territorio, la primera estrategia fue accionar la lengua materna que estaba refugiada en la memoria de los ancianos. Es de eso que trata esta tesis, al presentar cómo, a través del “bilingüismo de memoria” ese pueblo consiguió desarrollar un proceso interactivo de resistencia, posicionamiento cultural y político de afirmación de la identidad. Esta, por su vez, se dio a través de los ancianos que recordaban la lengua dado el punto de unidad (pertenencia) común de representación y de impulsión para la vivencia de los saberes tradicionales. Esos saberes, heredados de un pasado común, provocaron/articularon/accionaron una lucha en contra de la hegemonía impuesta por el colonizador y sus formas de homogenización del conocimiento, de la cultura y de la vida, De esta manera, con base en los resultados de este estudio, que articula autores decoloniales y autores que tratan de la lengua como discurso, es posible afirmar que los Chiquitano, al accionar la lengua materna que estaba guardada en su memoria, lograron llegar a la morada de su ser y paulatinamente establecer un proceso decolonial, demarcando su identidad y su lugar de pertenencia. Eso porque, colectivamente, actuaron y promovieron la interacción de las diferentes generaciones del pueblo. Reflexionando, fueron reencontrándose, constituyéndose a sí mismos y a su “nuevo” mundo. Con la solicitud de una escuela propia para ellos, produjeron ciencia. Valorando el conocimiento ancestral, definieron el currículo y las prácticas pedagógicas. Registraron, así, su cultura, que estaba dormida en la memoria de la lengua. Produjeron una pedagogía autoral y de enfrentamiento. La valoración de su saber y de su ser creó las posibilidades de lucha frente al poder dominante. El bilingüismo de memoria fue la base orientadora para la formación de los profesores y de sus prácticas pedagógicas, así como para la formación de una identidad. Todo eso, en conjunto, propició el resurgimiento de un “ser más” (FREIRE, 2014) y provocó la vitalización sociocultural de los Chiquitano de Brasil en el Portal do Encantado- MT. / Como marcar uma identidade étnica apagada, adormecida, silenciada em virtude do processo colonizador? No caso dos Chiquitano do Portal do Encantado-MT, que tiveram de se posicionar como indígenas para terem o direito de permanecer em seu território, a primeira estratégia foi acionar a língua materna que estava refugiada na memória dos mais velhos. E é disso que esta tese trata, ao apresentar como, por meio do “bilinguismo de memória” , esse povo conseguiu desencadear um processo interativo de resistência, posicionamento cultural e político de afirmação da identidade. Identidade essa que os lembradores (anciãos) puderam reconstituir, dado o ponto unitário (pertencimento) comum de representação e de impulsão para a vivência dos saberes tradicionais. Esses saberes, herdados de um passado comum, provocaram/articularam/acionaram uma luta em face da hegemonia imposta pelo colonizador e suas formas de homogeneização do conhecimento, da cultura e da vida. Assim, com base nos resultados deste estudo, que enreda autores decoloniais e autores que tratam a língua como discurso, é possível afirmar que os Chiquitano, ao acionarem a língua materna que estava guardada em sua memória, puderam chegar à morada do seu ser e gradativamente estabelecer um processo decolonial, demarcando sua identidade e seu lugar de pertencimento. Isso porque, coletivamente, agiram e promoveram a interação das diferentes gerações do povo. Refletindo, foram se reencontrando, constituindo-se a si mesmos e o seu “novo” mundo. Ao demandarem uma escola própria para eles, produziram ciência. Valorizando o conhecimento ancestral, definiram o currículo e as práticas pedagógicas. Registraram, assim, a sua cultura, que estava adormecida na memória da língua. Produziram uma pedagogia autoral e de enfrentamento. A valorização do seu saber e do seu ser criou as possibilidades de luta diante do poder dominante. O bilinguismo de memória foi a base orientadora para a formação dos professores e para a fundamentação de suas práticas pedagógicas, assim como para a afirmação de uma identidade. Tudo isso, associado, propiciou o ressurgimento de um “ser mais” (FREIRE, 2014) e provocou a vitalização sociocultural dos Chiquitano do Brasil no Portal de Encantado-MT.

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