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A experiência do limite = a tradução de La Vérité en peinture / The experience of limits : the translation of La Verité en peintureSantos, Olivia A. Niemeyer dos 08 February 2010 (has links)
Orientador: Viviane Veras / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-16T15:21:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Minha tese pretende considerar a experiência da tradução de La Vérité en peinture (Jacques Derrida, 1978), em seus vários aspectos, e reconhecer, na singularidade desse ato tradutório, algumas das questões e pressupostos que percorrerem o pensamento ocidental: a oposição fora/dentro; a possibilidade/impossibilidade do encontro com o outro; o mito da origem e a restituição como apropriação. A metáfora biológica da autoimunidade, utilizada por Jacques Derrida em seus últimos textos (e articulada, por ele, à religião, à ciência e à democracia), é o ponto de partida para essa reflexão: nosso corpo possui um sistema imunológico que evita que algo de "fora" - que o estranho ou o estrangeiro (um vírus ou bactéria, por exemplo) -, uma vez "dentro" dos limites do corpo, o destrua. No entanto, em algumas ocasiões, entra em funcionamento outro sistema, autoimunológico, que ataca ou enfraquece esse mesmo sistema imunológico, permitindo que o de "fora" invada os limites do "dentro". Mas essa invasão não é sempre ou não é somente uma ameaça, um perigo. É também o que permite, por exemplo, a aceitação de um enxerto ou de um órgão retirado de outra pessoa. Permite que algo de "fora" salve o paciente. Possibilita, portanto, uma sobrevida. Sobrevida do corpo e, utilizando o conceito de autoimunidade de forma mais ampla, sobrevida da democracia, da ciência (a mudança de paradigma) ou do texto original (o comentário, a interpretação, a tradução). Procuro articular os quatros capítulos de A verdade em pintura com os quatro capítulos da tese: no primeiro, para reconhecer a complexa relação entre original e tradução a partir da lógica do parergon, considerando que a tradução trabalha sempre com o que está dentro das fronteiras do original; no segundo, para refletir sobre o ponto limite, a experiência daquilo que permanece irredutivelmente idiomático, mas que, mesmo assim, deve se entregar a uma decisão de tradução; no terceiro, para avaliar a posição do original como paradigma, suspeitando da possibilidade de uma origem absoluta ou modelo primeiro; no quarto e último capítulo, para examinar a questão do par e o desejo da tradutora de restituir "a verdade do original", levando em conta a afirmação de Derrida: "toda restituição constitui uma apropriação" / Abstract: My thesis takes into consideration the experience of translating La vérité en peinture (Jacques Derrida, 1978) in its various aspects, and in the singularity of this translation process recognises some of the questions and presuppositions which pervade Western thought: the outside/inside oppositions; the possibility/impossibility of an encounter with the fellow man; the myths of origin and restitution as appropriation. The biological metaphor of autoimmunity used by Jacques Derrida in his last texts (and blended by him, with religion, science and democracy) is the starting point for this reflection: our body has an immunologic system that is prevented from destruction by something from "outside" - something alien or foreign such as, for example, a virus or a bacterium - which may get "inside" the limits of the body. Nevertheless, on some occasions, another system - an autoimmunologic one - is activated, and it attacks or weakens this very immunologic system, allowing the "outside" to invade the limits of the "inside". Not always, or not only, though, is this invasion a threat, a danger. This is also what allows, for example, the acceptance of a grafting or an organ taken from another person. It allows something from the "outside" to save the patient. Therefore, it enables a survival - survival of the body - and, by using the concept of autoimmunity in a wider sense, survival of democracy, of science (a change in the paradigm) or of the original text (the commentary, the interpretation, the translation). I try to link the four chapters of A verdade em pintura with the four chapters of my thesis: in the first chapter, the aim is to recognise the complex relation between the original and the translation from the logical perspective of the parergon, considering that translation always deals with what is inside the frontiers of the original; in the second chapter, I reflect on the borderline, on the experience of that which remains irreducibly idiomatic, but even so should surrender to a translation decision; in the third chapter, my goal is to assess the place of the original as a paradigm, suspecting the possibility of an absolute origin or primary model; in the fourth and last chapter, I examine the original/translation dyad and the translator's wish to restitute the "truth of the original", bearing in mind Derrida's statement that "every restitution is an appropriation" / Doutorado / Teoria, Pratica e Ensino da Tradução / Doutor em Linguística Aplicada
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