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Fenologia e Sucesso Reprodutivo de Psychotria suterella (Rubiaceae): efeitos da disponibilidade de recursos e densidade floral / Phenology and reproductive output of Psychotria suterella (Rubiaceae): effects of resource availability and floral densityInes, Maria Carolina Checchia da 18 December 2006 (has links)
Várias podem ser as causas da variação local no sucesso reprodutivo de espécies vegetais, sendo a disponibilidade de recursos abióticos, herbivoria, polinização e dispersão de sementes comumente consideradas. Em espécies distílicas, a variação na disponibilidade de recursos abióticos pode determinar diferenças na quantidade e no período de produção das estruturas reprodutivas, e estas por sua vez podem influenciar a interação planta polinizador, modulando o comportamento de forrageio de visitantes florais. Este trabalho teve como objetivos verificar como alguns fatores poderiam determinar variação na fenologia e no sucesso reprodutivo de Psychotria suterella, uma espécie arbórea distílica comum em florestas no sudeste do Brasil. Os fatores experimentalmente investigados foram água, luz, nutrientes inorgânicos e superfície foliar. Além disto, investigamos a resposta de abelhas Bombus, B. brasiliensis e B. morio, à disponibilidade de recursos florais em quatro escalas espaciais. A variação na oferta de recursos não afetou o padrão temporal sincrônico de emissão de botões e desenvolvimento de flores dos tipos florais de P. suterella, mas condicionou alterações na quantidade das estruturas reprodutivas produzidas de forma distinta em cada tipo floral. Plantas com morfologia floral longistila parecem estar se reproduzindo sob condições ambientais limitantes, em função de responderem positivamente ao aumento na disponibilidade de recursos, enquanto plantas com morfologia floral brevistila parecem estar melhor adaptadas às condições ambientais, uma vez que responderam negativamente a todos os tratamentos. Respostas fisiológicas singulares parecem ser as responsáveis por essas diferenças. Não houve variação no número de flores, energia produzida no néctar das flores e freqüência de visitas a flores e plantas para os tipos florais de P. suterella. A oferta de energia por flor e a freqüência de visitas por flor variaram entre plantas. Bombus morio e Bombus brasiliensis responderam à variação na disponibilidade de recursos florais de P. suterella em escala espacias menores que 5m, visitando com mais freqüência plantas com maior oferta de energia, independente da disponibilidade energética na vizinhança. Porém, a freqüência de visitas média por flor não apresentou relação com a quantidade de recursos florais nas plantas, e não foi influenciada pela densidade de energia nas demais escalas, fato que deve estar relacionado à grande variação na produção de néctar entre as flores dentro de uma mesma planta. / Several factors might cause intrapopulational variation in plant reproductive success, being often mentioned abiotic resource availability, herbivory, pollination and frugivory as possible factors. In distylous species, the variation on abiotic resources availability can determine differences in quantity as well as in the moment of emisssion of reproductive structures. Those structures might influence the plant-pollinator interaction, modeling foraging behaviour of floral visitors. The aims of this study were to identify how variation in some abiotic resources change the phenology and reproductive success of Psychotria suterella, a common distylous species from Brazilian southeastern forests. We experimentally changed the amounts of light, water, inorganic nutrients and foliar surface. In addition, we measured the frequency of Bombus, B. brasiliensis and B. morio, in relation to floral density at four spatial scales. The variation in abiotic resources availability did not change the temporal pattern of flowering in both, pin and thrum morphs, although bud and flower number was different. Pin plants seemed to be under restrict environmental conditions because the addition of resources increased the number of reproductive structures. On the other hand, any alteration in environmental resources affected negativelly thrum plants. We did not register variation in flower number, energy production in nectar, plant and flower visitation rates for both P. suterella floral morphs. Energy supply per flower and flower visitation rates varied among plants. Bombus morio and Bombus brasiliensis responded to availabitity of floral resources in spatial scales smaller than five meters, visiting more frequently plants with more energy reward regardless of neighbourhood energetic availability. The flower visitation rate was not related to flower resource availability in P. suterella plants. This result might be determined by the high variation in flower energy production within plant.
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Fenologia e Sucesso Reprodutivo de Psychotria suterella (Rubiaceae): efeitos da disponibilidade de recursos e densidade floral / Phenology and reproductive output of Psychotria suterella (Rubiaceae): effects of resource availability and floral densityMaria Carolina Checchia da Ines 18 December 2006 (has links)
Várias podem ser as causas da variação local no sucesso reprodutivo de espécies vegetais, sendo a disponibilidade de recursos abióticos, herbivoria, polinização e dispersão de sementes comumente consideradas. Em espécies distílicas, a variação na disponibilidade de recursos abióticos pode determinar diferenças na quantidade e no período de produção das estruturas reprodutivas, e estas por sua vez podem influenciar a interação planta polinizador, modulando o comportamento de forrageio de visitantes florais. Este trabalho teve como objetivos verificar como alguns fatores poderiam determinar variação na fenologia e no sucesso reprodutivo de Psychotria suterella, uma espécie arbórea distílica comum em florestas no sudeste do Brasil. Os fatores experimentalmente investigados foram água, luz, nutrientes inorgânicos e superfície foliar. Além disto, investigamos a resposta de abelhas Bombus, B. brasiliensis e B. morio, à disponibilidade de recursos florais em quatro escalas espaciais. A variação na oferta de recursos não afetou o padrão temporal sincrônico de emissão de botões e desenvolvimento de flores dos tipos florais de P. suterella, mas condicionou alterações na quantidade das estruturas reprodutivas produzidas de forma distinta em cada tipo floral. Plantas com morfologia floral longistila parecem estar se reproduzindo sob condições ambientais limitantes, em função de responderem positivamente ao aumento na disponibilidade de recursos, enquanto plantas com morfologia floral brevistila parecem estar melhor adaptadas às condições ambientais, uma vez que responderam negativamente a todos os tratamentos. Respostas fisiológicas singulares parecem ser as responsáveis por essas diferenças. Não houve variação no número de flores, energia produzida no néctar das flores e freqüência de visitas a flores e plantas para os tipos florais de P. suterella. A oferta de energia por flor e a freqüência de visitas por flor variaram entre plantas. Bombus morio e Bombus brasiliensis responderam à variação na disponibilidade de recursos florais de P. suterella em escala espacias menores que 5m, visitando com mais freqüência plantas com maior oferta de energia, independente da disponibilidade energética na vizinhança. Porém, a freqüência de visitas média por flor não apresentou relação com a quantidade de recursos florais nas plantas, e não foi influenciada pela densidade de energia nas demais escalas, fato que deve estar relacionado à grande variação na produção de néctar entre as flores dentro de uma mesma planta. / Several factors might cause intrapopulational variation in plant reproductive success, being often mentioned abiotic resource availability, herbivory, pollination and frugivory as possible factors. In distylous species, the variation on abiotic resources availability can determine differences in quantity as well as in the moment of emisssion of reproductive structures. Those structures might influence the plant-pollinator interaction, modeling foraging behaviour of floral visitors. The aims of this study were to identify how variation in some abiotic resources change the phenology and reproductive success of Psychotria suterella, a common distylous species from Brazilian southeastern forests. We experimentally changed the amounts of light, water, inorganic nutrients and foliar surface. In addition, we measured the frequency of Bombus, B. brasiliensis and B. morio, in relation to floral density at four spatial scales. The variation in abiotic resources availability did not change the temporal pattern of flowering in both, pin and thrum morphs, although bud and flower number was different. Pin plants seemed to be under restrict environmental conditions because the addition of resources increased the number of reproductive structures. On the other hand, any alteration in environmental resources affected negativelly thrum plants. We did not register variation in flower number, energy production in nectar, plant and flower visitation rates for both P. suterella floral morphs. Energy supply per flower and flower visitation rates varied among plants. Bombus morio and Bombus brasiliensis responded to availabitity of floral resources in spatial scales smaller than five meters, visiting more frequently plants with more energy reward regardless of neighbourhood energetic availability. The flower visitation rate was not related to flower resource availability in P. suterella plants. This result might be determined by the high variation in flower energy production within plant.
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Forrageio em Nasutitermes aff. coxipoensis : comportamento e estratégias em relação à disponibilidade de recursosAlmeida, Camilla Santos 25 February 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / A range of behavioral strategies and sensory abilities allow animals to minimize costs
involved in the search for food. Among the factors involved in the variation of foraging costs,
the availability of resources represents a central role and it is recognized for modulating the
animal home range. Some species of termites can exhibit characteristics that make the
foraging process even more expensive. Species belonging to the genus Nasutitermes, for
example, have an extra cost in foraging: in addition to build a network of tunnels to access
resources, they have a large number of soldiers, a caste trophically dependent. In the present
study: (i) we evaluated the foraging pattern in Nasutitermes aff. coxipoensis (Termitidae:
Nasutitermitinae), including the searching strategy and the role of soldiers; and (ii) we
analyzed whether colonies of this species responds to variations in the availability of food
resources. Manipulative experiments were conducted in the field and in the laboratory to
analyze the pattern of foraging in N. aff. coxipoensis. For this, 35 nests were transplanted into
areas of dunes in Pirambu-SE. Seven plots were established in a continuous increament in the
density of resources (sugarcane baits). Laboratory tests were conducted to examine the role of
chemical signals (eg. trail pheromone) present in the sternal gland of workers and soldiers.
During 10 consecutive days it was measured: the number of trails and tunnels, their total
length, number of branches and the tunneling speed (cm/day). Data were analyzed using
generalized linear models and mixed linear models. Nasutitermes aff. coxipoensis showed
mainly nocturnal foraging. Soldiers were the first individuals to start the foraging, however, in
established trails, the number of workers were always higher than soldiers. The number of
active trails remained constant over the observation period, while the number of tunnels
increased. In groups of soldiers and workers, the workers chose to follow the trail signals of
soldiers. The number of trails, the total length and their branches decreased with increment of
resource availability. The conversion of trails in tunnels increased in areas with higher
resource density. Our results suggest that the costs involved in the production of soldiers in N.
aff. coxipoensis seem to be compensated by their decisive role during the foraging process.
Colonies of this species seem to optimize their foraging through a combined strategy of
constructing trails and tunnels. In places with low resource availability, termites forage
mainly on trails, avoiding to convert trails in tunnels. This strategy has not yet been reported
in the literature. Thus, N. aff. coxipoensis presents strategies in order to optimize the foraging,
minimizing costs involved in this process. These results can contribute to the key question
about the evolution of termite foraging behavior, as well as to understand the mechanisms
involved in the distribution patterns and structuring communities of these insects. / Uma gama de estratégias comportamentais e habilidades sensoriais permite aos animais
minimizar os custos envolvidos na busca por alimento. Dentre os fatores envolvidos na
variação dos custos de forrageio, a disponibilidade de recursos representa um papel central e é
reconhecida por modular as áreas de uso dos animais. Algumas espécies de cupins exibem
características que podem tornar o processo de forrageio ainda mais oneroso. Espécies do
gênero Nasutitermes, por exemplo, apresentam gastos extras no forrageio, uma vez que além
de construírem uma rede de túneis para acessar os recursos, ainda apresentam um elevado
número de soldados, indivíduos troficamente dependentes. No presente estudo, avaliamos (i)
o padrão de forrageio em Nasutitermes aff. coxipoensis (Termitidae: Nasutitermitinae),
incluindo as estratégias de busca e o papel dos soldados; e (ii) analisamos se colônias desta
espécie respondem à variação na disponibilidade de recursos. Experimentos manipulativos
foram conduzidos em campo e em laboratório a fim de analisar o padrão de forrageio de N.
aff. coxipoensis. Para isso, 35 ninhos foram transplantados em áreas de dunas, em Pirambu-
SE. Foram estabelecidas sete parcelas em um contínuo de aumento da densidade de recursos
(iscas de cana-de-açúcar). Testes em laboratório foram realizados a fim de analisar o papel
dos sinais químicos (ex. feromônio de trilha) presente na glândula esternal de operários e
soldados. Durante 10 dias consecutivos foram quantificados: o número de trilhas e de túneis,
o comprimento total, o número de ramificações destes e a velocidade de construção dos
túneis. Os dados foram analisados utilizando-se modelos lineares generalizados e modelos
mistos. Nasutitermes aff. coxipoensis apresentou forrageio principalmente noturno. Soldados
foram os primeiros indivíduos a iniciarem o forrageio, no entanto, em trilhas já estabelecidas,
o número de operários foi sempre maior do que o de soldados. O número de trilhas ativas
permaneceu constante ao longo do período de observação, enquanto o número de túneis
aumentou de forma gradativa. Em grupos compostos por soldados e operários, os operários
preferiram seguir os sinais de trilha dos soldados. O número de trilhas, o comprimento total e
suas ramificações reduziram com o aumento da disponibilidade de recursos. A conversão de
trilhas em túneis aumentou em locais com maior densidade de recursos. Nossos resultados
sugerem que os custos envolvidos na produção de soldados de Nasutitermes aff. coxipoensis
parecem ser compensados pelo seu papel decisivo no forrageio. Colônias desta espécie
parecem otimizar o forrageio através de uma estratégia combinada de formação de trilhas e
túneis. Em locais com baixa disponibilidade de recursos os cupins forrageiam
preferencialmente em trilhas, evitando a conversão destas em túneis. Tal estratégia, ainda não
foi relatada na literatura. Assim, N. aff. coxipoensis apresenta estratégias para otimização do
forrageio, minimizando os custos envolvidos nesse processo. Os resultados deste estudo
podem contribuir para a investigação de questões sobre evolução do comportamento de
forrageio de cupins, assim como para desvendar os mecanismos envolvidos nos padrões de
distribuição e estruturação de comunidades desses insetos.
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