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Caracterização paleoclimática e paleoambiental do campo de dunas de Petrolina em Pernambuco: um subsídio para a reconstituição do submédio São Francisco

CABRAL, Cláudio José 31 July 2014 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-06T11:49:01Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Cláudio José Cabral.pdf: 5175416 bytes, checksum: feac228faaecf9a8f9df4c670c6ed162 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T11:49:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Cláudio José Cabral.pdf: 5175416 bytes, checksum: feac228faaecf9a8f9df4c670c6ed162 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014-07-31 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Períodos mais secos durante o Pleistoceno e Holoceno permitiram a exposição de grandes quantidades de sedimentos, possibilitando a ação eólica e consequente deposição de lençóis de areia à margem esquerda do rio São Francisco, dispostos a Oeste/Sudoeste do município de Petrolina-PE, a uma distância de 5,5 quilômetros da sede municipal, com extensão total de 148 km2. O objetivo desta pesquisa é de caracterizar e identificar a gênese e evolução desses depósitos eólicos através de análises físicas e geocronológicas, visando contribuir com as interpretações acerca da origem e caracterização desses materiais. Na toposequência de uma duna foram realizadas coletas para análises sedimentológicas a cada 1m. As amostras referentes à geocronologia foram coletadas no topo, meio e base da duna, onde não foi possível visualizar nenhuma distinção deposicional, e na base de outra duna próxima à primeira, em um barranco oriundo da atividade de extração de areia. Os resultados forneceram evidências sedimentológicas e geocronológicas que permitiram identificar que os grãos apresentam um bom grau de seleção, uma vez que todas as amostras apresentam frações com percentuais acima de 80% de areia muito fina a fina, com distribuição bastante assimétrica, esfericidade sub-discoidal predominante, grau de arredondamento do tipo sub-arredondado a arredondado, com brilho transparente e opaco. As idades obtidas pelo método LOE comprovam intensa dinâmica eólica na área de estudo desde 30 mil anos até 165 anos AP. Os corpos arenosos de Petrolina foram formados em períodos mais secos durante o Quaternário, apresentado estreita relação com fenômenos ligados a eventos glaciais e interglaciais de escala global e a El Niños de longa duração, em escala regional.
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Arquitetura deposicional, ciclicidade sedimentar e padrões de ventos no proterozoico, Formação Mangabeira, Supergrupo Espinhaço

Bállico, Manoela Bettarel January 2016 (has links)
Os sistemas eólicos foram abundantes e muito comuns no início da Era Proterozoica Era, depois de 2.2 Ga. No entanto, a maioria das sucessões eólicas dessa idade são intensamente deformadas e fragmentadas, o que implica que até o momento, poucas tentativas foram feitas para aplicar uma abordagem de estratigrafia de sequências, para determinar os mecanismos de construção, acumulação e preservação das sequências eólicas, da mesma forma, não existem trabalhos realizados até o presente momento que utilizem os registros de acumulação eólica e reconstruções paleogeográficas para modelar a circulação atmosférica do Pré- Cambriano. A Formação Mangabeira é uma sucessão eólica de idade Mesoproterozóica bem preservada no Cráton do São Francisco, nordeste do Brasil. Duas unidades principais foram identificadas com base na arquitetura deposicional e na análise dos paleoventos. A unidade inferior da Formação Mangabeira (~ 500 m de espessura) compreende depósitos eólicos de duna, interdunas, lençóis de areia eólicos, assim como depósitos fluviais. Estes depósitos são organizados em ciclos sedimentares que se sucedem verticalmente, cada ciclo com 6 a 20 m de espessura, caracterizados por lençóis de areia eólicos e depósitos fluviais que são substituídos por dunas eólicas e depósitos interdunas indicando uma tendência de ressecamento para o topo. Os dados de paleoventos indicam um transporte atual dominantemente à norte. Estes ciclos surgem em resposta a oscilações climáticas de um clima relativamente úmido para condições climáticas áridas possivelmente relacionadas com forças orbitais. O limite entre a Unidade Inferior e a Unidade Superior sobrejacente é marcado por uma mudança na arquitetura deposicional e uma mudança brusca no padrão de paleoventos. A Unidade Superior (200 m de espessura) é caracterizada por sucessivos sets de estratos cruzados simples, cada set com ~ 3 a 10 m de espessura, que indicam a migração e acumulação de grandes dunas eólicas sem regiões de interdunas, e que se acumulou como um sistema eólico seco. Os dados de paleoventos indicam transporte atual predominantemente ao sul. Esta sucessão se acumulou durante um episódio de longa duração de hiperaridez. Localmente, a Unidade Superior inclui depósitos fluviais menores que registram um evento úmido de curta duração, ou uma inundação rara por sistemas fluviais provenientes das margens da bacia. A combinação dos dados de paleoventos com mapas paleogeográficos demonstra uma boa correlação entre a circulação atmosférica e distribuição das massas de terras. Entre 1,6-1,54 Ga o Cráton São Francisco estava localizado entre as latitudes médias e o equador. Os registros do regime de vento a partir dos estratos cruzados da Unidade Inferior são consistentes com as posições paleogeográficas do Cráton do São Francisco entre 25º a 35º S, prevalecendo um padrão de vento zonal. Entre 1,54-1,5 Ga a grande massa de terra (cratons do São-Francisco, Congo e Sibéria) derivou mais ao norte atingindo paleolatitudes entre 30º S e 30ºN. Nessa altura, o Cráton do São Francisco estava posicionado na zona equatorial. Esta paleogeografia é consistente com os paleoventos registrados na Unidade Superior, dominando um padrão de vento de monções. / Aeolian systems were abundant and widespread in the early Proterozoic Era, after 2.2 Ga. However, the majority of aeolian successions of such great age are intensely deformed and are preserved only in a fragmentary state meaning that, hitherto, few attempts have been made to apply a sequence stratigraphic approach to determine mechanisms of aeolian construction, accumulation and preservation in such systems, as the same way, no attempts to use the records of aeolian accumulation and palaeogeographic reconstructions of the land mass distribution to model Precambrian atmospheric circulation have been undertaken so far. The Mangabeira Formation is a well preserved Mesoproterozoic erg succession covering part of the São Francisco Craton, northeastern Brazil. Two main units are identified based on stratigraphic architecture and analysis of regional palaeo-sand transport directions. The lower unit of the Mangabeira Formation (~500 m thick) comprises aeolian deposits of dune, interdune, and sand-sheet origin, as well as some of water-lain origin. These deposits are organized into vertically stacked depositional cycles, each 6 to 20 m thick and characterized by aeolian sandsheet and water-lain deposits succeeded by aeolian dune and interdune deposits indicative of a drying-upward trend. Palaeocurrent data indicate aeolian sand transport dominantly to the presentday north. These cycles likely arose in response to climatic oscillations from relatively humid to arid conditions, possibly related to orbital forcing. The boundary between this lower unit and an overlying upper unit is an unconformity of regional extent marked by a change in the depositional architecture and an abrupt shift in palaeocurrent pattern. The Upper Unit (200 m thick) is characterized by stacked sets of simple cross strata, each ~3 to 10 m thick, which are indicative of the migration and accumulation of large aeolian dunes that lacked interdune flats of appreciable size, and which accumulated as a dry aeolian system. Palaeocurrent data indicates aeolian sand transport dominantly to the present-day south. This succession is interpreted to have accumulated during a long-lived episode of hyper-aridity. Locally, the upper unit includes minor fluvial deposits that may record a short-lived event of heightened humidity, or a rare flood event by fluvial systems sourced from the basin margin. The combination of the palaeowinds data with 1.6 - 1.5 Ga palaeogeographic maps demonstrate a good correlation between atmospheric circulation and land mass distribution. At 1.6 to 1.54 Ga São Francisco Craton has been located between mid-latitudes and equatorial zone. The wind regime records from the cross-strata of the Lower Unit are consistent with the palaeogeographic positions of São Francisco between 25º to 35º S, prevail a zonal wind pattern. At 1.54 to 1.5 Ga the large land mass (São-Francisco-Congo and Siberian cratons) drifted farther north reaching palaeolatitudes between 30º S and 30ºN. At that time the São Francisco Craton has been located in the equatorial zone. This palaeogeography is consistent with the northwestern palaeowinds directions recorded in the Upper Unit which dominates a monsoonal wind pattern.
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Tafonomia dos icnofósseis de vertebrados da formação Guará (jurássico superior?) Rio Grande do Sul

Dias, Paula Camboim Dentzien January 2007 (has links)
Os primeiros registros de icnofósseis para o Mesozóico do Rio Grande do Sul surgiram apenas no final do Século XX. Dentre as unidades dessa Era, a Formação Guará (Jurássico Superior), é a unidade mais rica em icnofósseis (pegadas e trilhas de saurópodes, terópodes e ornitópodes e crotovinas de mamíferos(?)). Seus icnofósseis são encontrados apenas nas fácies eólicas (lençóis de areia e dunas). Nos lençóis de areia, as pegadas não estão bem preservadas devido ao intenso pisoteio e só são reconhecidas devido a deformação das laminações. Em alguns casos é possível ver esta deformação em planta e em perfil. Nas paleodunas, até o momento, só foram encontradas duas pegadas de terópode, mostrando estruturas de escorregamento e a deformação da estratificação, que ocorreu enquanto o pé do animal penetrava na areia, durante a subida na duna. Estas e outras pegadas que podem ser vistas em corte mostram uma boa preservação, indicando que uma pequena quantidade de água estava presente no substrato (< 1%), aumentando significantemente a coesão do sedimento e permitindo a preservação da pegada juntamente com as deformações verticais bem desenvolvidas, além do mais, a preservação destas indica que elas escaparam da erosão ou do pisoteio por terem sido enterradas rapidamente. No mesmo afloramento em que foram encontradas pegadas de terópodes na paleoduna foram encontradas crotovinas, identificadas pela presença de elipses de arenito maciço, com cerca de 20 cm de largura, que ocorrem cortando os foresets. Estes icnofósseis representam a única evidência de vertebrados para a Formação Guará, conseqüentemente a preservação dos mesmos é de fundamental importância para o conhecimento dos animais que viveram no Rio Grande do Sul no final do Jurássico. / In the state of Rio Grande do Sul, Brazil, eolian facies of the Guará Formation of probable Late Jurassic age, revealed footprints and trackways of dinosaurs, as well as burrows made by small vertebrates (mammals?). All the footprints and trackways are preserved in the eolian facies, including dunes and sand sheets. Footprints made in the sand sheets are not well preserved due to intense trampling and can be distinguished only by deformation of the sandstone laminations. In some cases it is possible to see this deformation on surface and in section. Tracks of theropods, ornithopods and middle-sized sauropods can be identified. Two footprints preserved in the foreset of a paleodune permitted to recognize slide structures and even identify the trackmaker, a theropod. The burrows were found at this same paleodune, cutting horizontally the foresets. They are represented by ribbons of massive sandstone – interpreted as the partial filling of the base of the burrows - covered by little blocks of stratified sandstone – suggesting the collapse of the roof inward the burrow. On an active dune, the softest, most easily deformed substrate underlies the slip face, footprints usually do not show good preservation. However, this site demonstrates that when tracks are made on the dry slip faces of dunes they can be preserved in considerable detail. Because the slip face lies within the zone of flow separation, tracks made on grainflows are better protected from wind erosion than those made on any other dune surface. The good preservation of some footprints indicates that they escaped erosion or further trampling, by rapid burial. There is no record of bone remains in the Guará Formation, consequently, the preservation of these tracks provides an unique evidence of widespread dinosaur activity in southern Brazil during the end of the Jurassic.
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Arquitetura deposicional, ciclicidade sedimentar e padrões de ventos no proterozoico, Formação Mangabeira, Supergrupo Espinhaço

Bállico, Manoela Bettarel January 2016 (has links)
Os sistemas eólicos foram abundantes e muito comuns no início da Era Proterozoica Era, depois de 2.2 Ga. No entanto, a maioria das sucessões eólicas dessa idade são intensamente deformadas e fragmentadas, o que implica que até o momento, poucas tentativas foram feitas para aplicar uma abordagem de estratigrafia de sequências, para determinar os mecanismos de construção, acumulação e preservação das sequências eólicas, da mesma forma, não existem trabalhos realizados até o presente momento que utilizem os registros de acumulação eólica e reconstruções paleogeográficas para modelar a circulação atmosférica do Pré- Cambriano. A Formação Mangabeira é uma sucessão eólica de idade Mesoproterozóica bem preservada no Cráton do São Francisco, nordeste do Brasil. Duas unidades principais foram identificadas com base na arquitetura deposicional e na análise dos paleoventos. A unidade inferior da Formação Mangabeira (~ 500 m de espessura) compreende depósitos eólicos de duna, interdunas, lençóis de areia eólicos, assim como depósitos fluviais. Estes depósitos são organizados em ciclos sedimentares que se sucedem verticalmente, cada ciclo com 6 a 20 m de espessura, caracterizados por lençóis de areia eólicos e depósitos fluviais que são substituídos por dunas eólicas e depósitos interdunas indicando uma tendência de ressecamento para o topo. Os dados de paleoventos indicam um transporte atual dominantemente à norte. Estes ciclos surgem em resposta a oscilações climáticas de um clima relativamente úmido para condições climáticas áridas possivelmente relacionadas com forças orbitais. O limite entre a Unidade Inferior e a Unidade Superior sobrejacente é marcado por uma mudança na arquitetura deposicional e uma mudança brusca no padrão de paleoventos. A Unidade Superior (200 m de espessura) é caracterizada por sucessivos sets de estratos cruzados simples, cada set com ~ 3 a 10 m de espessura, que indicam a migração e acumulação de grandes dunas eólicas sem regiões de interdunas, e que se acumulou como um sistema eólico seco. Os dados de paleoventos indicam transporte atual predominantemente ao sul. Esta sucessão se acumulou durante um episódio de longa duração de hiperaridez. Localmente, a Unidade Superior inclui depósitos fluviais menores que registram um evento úmido de curta duração, ou uma inundação rara por sistemas fluviais provenientes das margens da bacia. A combinação dos dados de paleoventos com mapas paleogeográficos demonstra uma boa correlação entre a circulação atmosférica e distribuição das massas de terras. Entre 1,6-1,54 Ga o Cráton São Francisco estava localizado entre as latitudes médias e o equador. Os registros do regime de vento a partir dos estratos cruzados da Unidade Inferior são consistentes com as posições paleogeográficas do Cráton do São Francisco entre 25º a 35º S, prevalecendo um padrão de vento zonal. Entre 1,54-1,5 Ga a grande massa de terra (cratons do São-Francisco, Congo e Sibéria) derivou mais ao norte atingindo paleolatitudes entre 30º S e 30ºN. Nessa altura, o Cráton do São Francisco estava posicionado na zona equatorial. Esta paleogeografia é consistente com os paleoventos registrados na Unidade Superior, dominando um padrão de vento de monções. / Aeolian systems were abundant and widespread in the early Proterozoic Era, after 2.2 Ga. However, the majority of aeolian successions of such great age are intensely deformed and are preserved only in a fragmentary state meaning that, hitherto, few attempts have been made to apply a sequence stratigraphic approach to determine mechanisms of aeolian construction, accumulation and preservation in such systems, as the same way, no attempts to use the records of aeolian accumulation and palaeogeographic reconstructions of the land mass distribution to model Precambrian atmospheric circulation have been undertaken so far. The Mangabeira Formation is a well preserved Mesoproterozoic erg succession covering part of the São Francisco Craton, northeastern Brazil. Two main units are identified based on stratigraphic architecture and analysis of regional palaeo-sand transport directions. The lower unit of the Mangabeira Formation (~500 m thick) comprises aeolian deposits of dune, interdune, and sand-sheet origin, as well as some of water-lain origin. These deposits are organized into vertically stacked depositional cycles, each 6 to 20 m thick and characterized by aeolian sandsheet and water-lain deposits succeeded by aeolian dune and interdune deposits indicative of a drying-upward trend. Palaeocurrent data indicate aeolian sand transport dominantly to the presentday north. These cycles likely arose in response to climatic oscillations from relatively humid to arid conditions, possibly related to orbital forcing. The boundary between this lower unit and an overlying upper unit is an unconformity of regional extent marked by a change in the depositional architecture and an abrupt shift in palaeocurrent pattern. The Upper Unit (200 m thick) is characterized by stacked sets of simple cross strata, each ~3 to 10 m thick, which are indicative of the migration and accumulation of large aeolian dunes that lacked interdune flats of appreciable size, and which accumulated as a dry aeolian system. Palaeocurrent data indicates aeolian sand transport dominantly to the present-day south. This succession is interpreted to have accumulated during a long-lived episode of hyper-aridity. Locally, the upper unit includes minor fluvial deposits that may record a short-lived event of heightened humidity, or a rare flood event by fluvial systems sourced from the basin margin. The combination of the palaeowinds data with 1.6 - 1.5 Ga palaeogeographic maps demonstrate a good correlation between atmospheric circulation and land mass distribution. At 1.6 to 1.54 Ga São Francisco Craton has been located between mid-latitudes and equatorial zone. The wind regime records from the cross-strata of the Lower Unit are consistent with the palaeogeographic positions of São Francisco between 25º to 35º S, prevail a zonal wind pattern. At 1.54 to 1.5 Ga the large land mass (São-Francisco-Congo and Siberian cratons) drifted farther north reaching palaeolatitudes between 30º S and 30ºN. At that time the São Francisco Craton has been located in the equatorial zone. This palaeogeography is consistent with the northwestern palaeowinds directions recorded in the Upper Unit which dominates a monsoonal wind pattern.
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Arquitetura deposicional, ciclicidade sedimentar e padrões de ventos no proterozoico, Formação Mangabeira, Supergrupo Espinhaço

Bállico, Manoela Bettarel January 2016 (has links)
Os sistemas eólicos foram abundantes e muito comuns no início da Era Proterozoica Era, depois de 2.2 Ga. No entanto, a maioria das sucessões eólicas dessa idade são intensamente deformadas e fragmentadas, o que implica que até o momento, poucas tentativas foram feitas para aplicar uma abordagem de estratigrafia de sequências, para determinar os mecanismos de construção, acumulação e preservação das sequências eólicas, da mesma forma, não existem trabalhos realizados até o presente momento que utilizem os registros de acumulação eólica e reconstruções paleogeográficas para modelar a circulação atmosférica do Pré- Cambriano. A Formação Mangabeira é uma sucessão eólica de idade Mesoproterozóica bem preservada no Cráton do São Francisco, nordeste do Brasil. Duas unidades principais foram identificadas com base na arquitetura deposicional e na análise dos paleoventos. A unidade inferior da Formação Mangabeira (~ 500 m de espessura) compreende depósitos eólicos de duna, interdunas, lençóis de areia eólicos, assim como depósitos fluviais. Estes depósitos são organizados em ciclos sedimentares que se sucedem verticalmente, cada ciclo com 6 a 20 m de espessura, caracterizados por lençóis de areia eólicos e depósitos fluviais que são substituídos por dunas eólicas e depósitos interdunas indicando uma tendência de ressecamento para o topo. Os dados de paleoventos indicam um transporte atual dominantemente à norte. Estes ciclos surgem em resposta a oscilações climáticas de um clima relativamente úmido para condições climáticas áridas possivelmente relacionadas com forças orbitais. O limite entre a Unidade Inferior e a Unidade Superior sobrejacente é marcado por uma mudança na arquitetura deposicional e uma mudança brusca no padrão de paleoventos. A Unidade Superior (200 m de espessura) é caracterizada por sucessivos sets de estratos cruzados simples, cada set com ~ 3 a 10 m de espessura, que indicam a migração e acumulação de grandes dunas eólicas sem regiões de interdunas, e que se acumulou como um sistema eólico seco. Os dados de paleoventos indicam transporte atual predominantemente ao sul. Esta sucessão se acumulou durante um episódio de longa duração de hiperaridez. Localmente, a Unidade Superior inclui depósitos fluviais menores que registram um evento úmido de curta duração, ou uma inundação rara por sistemas fluviais provenientes das margens da bacia. A combinação dos dados de paleoventos com mapas paleogeográficos demonstra uma boa correlação entre a circulação atmosférica e distribuição das massas de terras. Entre 1,6-1,54 Ga o Cráton São Francisco estava localizado entre as latitudes médias e o equador. Os registros do regime de vento a partir dos estratos cruzados da Unidade Inferior são consistentes com as posições paleogeográficas do Cráton do São Francisco entre 25º a 35º S, prevalecendo um padrão de vento zonal. Entre 1,54-1,5 Ga a grande massa de terra (cratons do São-Francisco, Congo e Sibéria) derivou mais ao norte atingindo paleolatitudes entre 30º S e 30ºN. Nessa altura, o Cráton do São Francisco estava posicionado na zona equatorial. Esta paleogeografia é consistente com os paleoventos registrados na Unidade Superior, dominando um padrão de vento de monções. / Aeolian systems were abundant and widespread in the early Proterozoic Era, after 2.2 Ga. However, the majority of aeolian successions of such great age are intensely deformed and are preserved only in a fragmentary state meaning that, hitherto, few attempts have been made to apply a sequence stratigraphic approach to determine mechanisms of aeolian construction, accumulation and preservation in such systems, as the same way, no attempts to use the records of aeolian accumulation and palaeogeographic reconstructions of the land mass distribution to model Precambrian atmospheric circulation have been undertaken so far. The Mangabeira Formation is a well preserved Mesoproterozoic erg succession covering part of the São Francisco Craton, northeastern Brazil. Two main units are identified based on stratigraphic architecture and analysis of regional palaeo-sand transport directions. The lower unit of the Mangabeira Formation (~500 m thick) comprises aeolian deposits of dune, interdune, and sand-sheet origin, as well as some of water-lain origin. These deposits are organized into vertically stacked depositional cycles, each 6 to 20 m thick and characterized by aeolian sandsheet and water-lain deposits succeeded by aeolian dune and interdune deposits indicative of a drying-upward trend. Palaeocurrent data indicate aeolian sand transport dominantly to the presentday north. These cycles likely arose in response to climatic oscillations from relatively humid to arid conditions, possibly related to orbital forcing. The boundary between this lower unit and an overlying upper unit is an unconformity of regional extent marked by a change in the depositional architecture and an abrupt shift in palaeocurrent pattern. The Upper Unit (200 m thick) is characterized by stacked sets of simple cross strata, each ~3 to 10 m thick, which are indicative of the migration and accumulation of large aeolian dunes that lacked interdune flats of appreciable size, and which accumulated as a dry aeolian system. Palaeocurrent data indicates aeolian sand transport dominantly to the present-day south. This succession is interpreted to have accumulated during a long-lived episode of hyper-aridity. Locally, the upper unit includes minor fluvial deposits that may record a short-lived event of heightened humidity, or a rare flood event by fluvial systems sourced from the basin margin. The combination of the palaeowinds data with 1.6 - 1.5 Ga palaeogeographic maps demonstrate a good correlation between atmospheric circulation and land mass distribution. At 1.6 to 1.54 Ga São Francisco Craton has been located between mid-latitudes and equatorial zone. The wind regime records from the cross-strata of the Lower Unit are consistent with the palaeogeographic positions of São Francisco between 25º to 35º S, prevail a zonal wind pattern. At 1.54 to 1.5 Ga the large land mass (São-Francisco-Congo and Siberian cratons) drifted farther north reaching palaeolatitudes between 30º S and 30ºN. At that time the São Francisco Craton has been located in the equatorial zone. This palaeogeography is consistent with the northwestern palaeowinds directions recorded in the Upper Unit which dominates a monsoonal wind pattern.
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Tafonomia dos icnofósseis de vertebrados da formação Guará (jurássico superior?) Rio Grande do Sul

Dias, Paula Camboim Dentzien January 2007 (has links)
Os primeiros registros de icnofósseis para o Mesozóico do Rio Grande do Sul surgiram apenas no final do Século XX. Dentre as unidades dessa Era, a Formação Guará (Jurássico Superior), é a unidade mais rica em icnofósseis (pegadas e trilhas de saurópodes, terópodes e ornitópodes e crotovinas de mamíferos(?)). Seus icnofósseis são encontrados apenas nas fácies eólicas (lençóis de areia e dunas). Nos lençóis de areia, as pegadas não estão bem preservadas devido ao intenso pisoteio e só são reconhecidas devido a deformação das laminações. Em alguns casos é possível ver esta deformação em planta e em perfil. Nas paleodunas, até o momento, só foram encontradas duas pegadas de terópode, mostrando estruturas de escorregamento e a deformação da estratificação, que ocorreu enquanto o pé do animal penetrava na areia, durante a subida na duna. Estas e outras pegadas que podem ser vistas em corte mostram uma boa preservação, indicando que uma pequena quantidade de água estava presente no substrato (< 1%), aumentando significantemente a coesão do sedimento e permitindo a preservação da pegada juntamente com as deformações verticais bem desenvolvidas, além do mais, a preservação destas indica que elas escaparam da erosão ou do pisoteio por terem sido enterradas rapidamente. No mesmo afloramento em que foram encontradas pegadas de terópodes na paleoduna foram encontradas crotovinas, identificadas pela presença de elipses de arenito maciço, com cerca de 20 cm de largura, que ocorrem cortando os foresets. Estes icnofósseis representam a única evidência de vertebrados para a Formação Guará, conseqüentemente a preservação dos mesmos é de fundamental importância para o conhecimento dos animais que viveram no Rio Grande do Sul no final do Jurássico. / In the state of Rio Grande do Sul, Brazil, eolian facies of the Guará Formation of probable Late Jurassic age, revealed footprints and trackways of dinosaurs, as well as burrows made by small vertebrates (mammals?). All the footprints and trackways are preserved in the eolian facies, including dunes and sand sheets. Footprints made in the sand sheets are not well preserved due to intense trampling and can be distinguished only by deformation of the sandstone laminations. In some cases it is possible to see this deformation on surface and in section. Tracks of theropods, ornithopods and middle-sized sauropods can be identified. Two footprints preserved in the foreset of a paleodune permitted to recognize slide structures and even identify the trackmaker, a theropod. The burrows were found at this same paleodune, cutting horizontally the foresets. They are represented by ribbons of massive sandstone – interpreted as the partial filling of the base of the burrows - covered by little blocks of stratified sandstone – suggesting the collapse of the roof inward the burrow. On an active dune, the softest, most easily deformed substrate underlies the slip face, footprints usually do not show good preservation. However, this site demonstrates that when tracks are made on the dry slip faces of dunes they can be preserved in considerable detail. Because the slip face lies within the zone of flow separation, tracks made on grainflows are better protected from wind erosion than those made on any other dune surface. The good preservation of some footprints indicates that they escaped erosion or further trampling, by rapid burial. There is no record of bone remains in the Guará Formation, consequently, the preservation of these tracks provides an unique evidence of widespread dinosaur activity in southern Brazil during the end of the Jurassic.
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Tafonomia dos icnofósseis de vertebrados da formação Guará (jurássico superior?) Rio Grande do Sul

Dias, Paula Camboim Dentzien January 2007 (has links)
Os primeiros registros de icnofósseis para o Mesozóico do Rio Grande do Sul surgiram apenas no final do Século XX. Dentre as unidades dessa Era, a Formação Guará (Jurássico Superior), é a unidade mais rica em icnofósseis (pegadas e trilhas de saurópodes, terópodes e ornitópodes e crotovinas de mamíferos(?)). Seus icnofósseis são encontrados apenas nas fácies eólicas (lençóis de areia e dunas). Nos lençóis de areia, as pegadas não estão bem preservadas devido ao intenso pisoteio e só são reconhecidas devido a deformação das laminações. Em alguns casos é possível ver esta deformação em planta e em perfil. Nas paleodunas, até o momento, só foram encontradas duas pegadas de terópode, mostrando estruturas de escorregamento e a deformação da estratificação, que ocorreu enquanto o pé do animal penetrava na areia, durante a subida na duna. Estas e outras pegadas que podem ser vistas em corte mostram uma boa preservação, indicando que uma pequena quantidade de água estava presente no substrato (< 1%), aumentando significantemente a coesão do sedimento e permitindo a preservação da pegada juntamente com as deformações verticais bem desenvolvidas, além do mais, a preservação destas indica que elas escaparam da erosão ou do pisoteio por terem sido enterradas rapidamente. No mesmo afloramento em que foram encontradas pegadas de terópodes na paleoduna foram encontradas crotovinas, identificadas pela presença de elipses de arenito maciço, com cerca de 20 cm de largura, que ocorrem cortando os foresets. Estes icnofósseis representam a única evidência de vertebrados para a Formação Guará, conseqüentemente a preservação dos mesmos é de fundamental importância para o conhecimento dos animais que viveram no Rio Grande do Sul no final do Jurássico. / In the state of Rio Grande do Sul, Brazil, eolian facies of the Guará Formation of probable Late Jurassic age, revealed footprints and trackways of dinosaurs, as well as burrows made by small vertebrates (mammals?). All the footprints and trackways are preserved in the eolian facies, including dunes and sand sheets. Footprints made in the sand sheets are not well preserved due to intense trampling and can be distinguished only by deformation of the sandstone laminations. In some cases it is possible to see this deformation on surface and in section. Tracks of theropods, ornithopods and middle-sized sauropods can be identified. Two footprints preserved in the foreset of a paleodune permitted to recognize slide structures and even identify the trackmaker, a theropod. The burrows were found at this same paleodune, cutting horizontally the foresets. They are represented by ribbons of massive sandstone – interpreted as the partial filling of the base of the burrows - covered by little blocks of stratified sandstone – suggesting the collapse of the roof inward the burrow. On an active dune, the softest, most easily deformed substrate underlies the slip face, footprints usually do not show good preservation. However, this site demonstrates that when tracks are made on the dry slip faces of dunes they can be preserved in considerable detail. Because the slip face lies within the zone of flow separation, tracks made on grainflows are better protected from wind erosion than those made on any other dune surface. The good preservation of some footprints indicates that they escaped erosion or further trampling, by rapid burial. There is no record of bone remains in the Guará Formation, consequently, the preservation of these tracks provides an unique evidence of widespread dinosaur activity in southern Brazil during the end of the Jurassic.
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Sucessão flúvio-eólica da Formação São Sebastião, Bacia De Jatobá – PE

Ferronatto, João Pedro Formolo January 2016 (has links)
A Formação São Sebastião na Bacia de Jatobá, de idade cretácea inferior, é formada por estratos continentais acumulados em um ambiente de clima árido que predominam depósitos eólicos. As melhores exposições localizam-se no município de Ibimirim, mais especificamente nas proximidades do povoado de Campos, estado de Pernambuco. Através de levantamentos de perfis colunares, foi possível caracterizar cinco associações de fácies distintas para a formação, três eólicas e duas fluviais. As eólicas compreendem (a) dunas eólicas, (b) lençóis de areia eólicos secos e (c) blowouts, enquanto que as fluviais são formadas por (d) inundações em lençol e (e) fluviais efêmeros canalizados. Essas associações de fácies se organizam em três unidades genéticas com características distintas e separadas por supersuperfícies. A Unidade 1 é formada por intercalações das associações de fácies de inundações em lençóis, lençóis de areia eólicos e dunas eólicas, frequentemente com feições de deformação de sedimentos inconsolidados. Os estratos cruzados de dunas eólicas aumentam de tamanho e passam a dominar em direção ao topo da unidade, passando a ser raras as estruturas de deformação. A Unidade 2 compreende lençóis de areia eólicos cortados por canais fluviais, com bases côncavas erosivas, e por blowouts, esses preenchidos por dunas eólicas. A Unidade 3 é formada essencialmente por estratos cruzados de dunas eólicas de médio e grande porte, que tanto podem ser simples ou compostas (draas). As supersuperfície que separam as unidades marcam hiatos deposicionais, definindo diferentes episódios de acumulação de sedimentos. / The São Sebastião Formation in The Jatobá Basin, of lower Cretaceous age, consists of continental strata accumulated in a arid environment dominated by aeolian deposits. The best outcrops are located in the county of Ibimirim, specifically near the Campos, in the Pernambuco state. Through columnar profiles surveys/data collection, it was possible to characterize five distinct facies associations for this formation, three aeolian and two fluvial facies. The aeolian facies comprise (a) aeolian dunes, (b) aeolian dry sand sheets and (c) blowouts, while the fluvial facies are formed by (d) sheetflood and (e) channeled ephemeral river. These facies associations are organized into three genetic units with distinct characteristics and they are separated by supersurfaces. Unit 1 is formed by intercalation of sheetflood, aeolian dry sand sheet and aeolian dunes facies associations, often with soft sediment deformation. The crossbed strata of aeolian dunes grow larger and start to dominate towards the top of the unit, and the deformation structures become rare. The Unit 2 comprises aeolian sand sheets cut by fluvial channels, with erosive concave bases, and by blowouts, those are filled by aeolian dunes. Unit 3 is essentially formed by crossbed strata of medium and large aeolian dunes, which can be either simple or compound (draas). The supersurfaces that divide the units mark the depositional gaps, thus defining different episodes of sediment accumulation.
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Sucessão flúvio-eólica da Formação São Sebastião, Bacia De Jatobá – PE

Ferronatto, João Pedro Formolo January 2016 (has links)
A Formação São Sebastião na Bacia de Jatobá, de idade cretácea inferior, é formada por estratos continentais acumulados em um ambiente de clima árido que predominam depósitos eólicos. As melhores exposições localizam-se no município de Ibimirim, mais especificamente nas proximidades do povoado de Campos, estado de Pernambuco. Através de levantamentos de perfis colunares, foi possível caracterizar cinco associações de fácies distintas para a formação, três eólicas e duas fluviais. As eólicas compreendem (a) dunas eólicas, (b) lençóis de areia eólicos secos e (c) blowouts, enquanto que as fluviais são formadas por (d) inundações em lençol e (e) fluviais efêmeros canalizados. Essas associações de fácies se organizam em três unidades genéticas com características distintas e separadas por supersuperfícies. A Unidade 1 é formada por intercalações das associações de fácies de inundações em lençóis, lençóis de areia eólicos e dunas eólicas, frequentemente com feições de deformação de sedimentos inconsolidados. Os estratos cruzados de dunas eólicas aumentam de tamanho e passam a dominar em direção ao topo da unidade, passando a ser raras as estruturas de deformação. A Unidade 2 compreende lençóis de areia eólicos cortados por canais fluviais, com bases côncavas erosivas, e por blowouts, esses preenchidos por dunas eólicas. A Unidade 3 é formada essencialmente por estratos cruzados de dunas eólicas de médio e grande porte, que tanto podem ser simples ou compostas (draas). As supersuperfície que separam as unidades marcam hiatos deposicionais, definindo diferentes episódios de acumulação de sedimentos. / The São Sebastião Formation in The Jatobá Basin, of lower Cretaceous age, consists of continental strata accumulated in a arid environment dominated by aeolian deposits. The best outcrops are located in the county of Ibimirim, specifically near the Campos, in the Pernambuco state. Through columnar profiles surveys/data collection, it was possible to characterize five distinct facies associations for this formation, three aeolian and two fluvial facies. The aeolian facies comprise (a) aeolian dunes, (b) aeolian dry sand sheets and (c) blowouts, while the fluvial facies are formed by (d) sheetflood and (e) channeled ephemeral river. These facies associations are organized into three genetic units with distinct characteristics and they are separated by supersurfaces. Unit 1 is formed by intercalation of sheetflood, aeolian dry sand sheet and aeolian dunes facies associations, often with soft sediment deformation. The crossbed strata of aeolian dunes grow larger and start to dominate towards the top of the unit, and the deformation structures become rare. The Unit 2 comprises aeolian sand sheets cut by fluvial channels, with erosive concave bases, and by blowouts, those are filled by aeolian dunes. Unit 3 is essentially formed by crossbed strata of medium and large aeolian dunes, which can be either simple or compound (draas). The supersurfaces that divide the units mark the depositional gaps, thus defining different episodes of sediment accumulation.
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Sucessão flúvio-eólica da Formação São Sebastião, Bacia De Jatobá – PE

Ferronatto, João Pedro Formolo January 2016 (has links)
A Formação São Sebastião na Bacia de Jatobá, de idade cretácea inferior, é formada por estratos continentais acumulados em um ambiente de clima árido que predominam depósitos eólicos. As melhores exposições localizam-se no município de Ibimirim, mais especificamente nas proximidades do povoado de Campos, estado de Pernambuco. Através de levantamentos de perfis colunares, foi possível caracterizar cinco associações de fácies distintas para a formação, três eólicas e duas fluviais. As eólicas compreendem (a) dunas eólicas, (b) lençóis de areia eólicos secos e (c) blowouts, enquanto que as fluviais são formadas por (d) inundações em lençol e (e) fluviais efêmeros canalizados. Essas associações de fácies se organizam em três unidades genéticas com características distintas e separadas por supersuperfícies. A Unidade 1 é formada por intercalações das associações de fácies de inundações em lençóis, lençóis de areia eólicos e dunas eólicas, frequentemente com feições de deformação de sedimentos inconsolidados. Os estratos cruzados de dunas eólicas aumentam de tamanho e passam a dominar em direção ao topo da unidade, passando a ser raras as estruturas de deformação. A Unidade 2 compreende lençóis de areia eólicos cortados por canais fluviais, com bases côncavas erosivas, e por blowouts, esses preenchidos por dunas eólicas. A Unidade 3 é formada essencialmente por estratos cruzados de dunas eólicas de médio e grande porte, que tanto podem ser simples ou compostas (draas). As supersuperfície que separam as unidades marcam hiatos deposicionais, definindo diferentes episódios de acumulação de sedimentos. / The São Sebastião Formation in The Jatobá Basin, of lower Cretaceous age, consists of continental strata accumulated in a arid environment dominated by aeolian deposits. The best outcrops are located in the county of Ibimirim, specifically near the Campos, in the Pernambuco state. Through columnar profiles surveys/data collection, it was possible to characterize five distinct facies associations for this formation, three aeolian and two fluvial facies. The aeolian facies comprise (a) aeolian dunes, (b) aeolian dry sand sheets and (c) blowouts, while the fluvial facies are formed by (d) sheetflood and (e) channeled ephemeral river. These facies associations are organized into three genetic units with distinct characteristics and they are separated by supersurfaces. Unit 1 is formed by intercalation of sheetflood, aeolian dry sand sheet and aeolian dunes facies associations, often with soft sediment deformation. The crossbed strata of aeolian dunes grow larger and start to dominate towards the top of the unit, and the deformation structures become rare. The Unit 2 comprises aeolian sand sheets cut by fluvial channels, with erosive concave bases, and by blowouts, those are filled by aeolian dunes. Unit 3 is essentially formed by crossbed strata of medium and large aeolian dunes, which can be either simple or compound (draas). The supersurfaces that divide the units mark the depositional gaps, thus defining different episodes of sediment accumulation.

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