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Evolução geomorfológica e paleoambiental das Bacias do Riacho do Pontal e GI-8 no Sub-Médio São FranciscoLira, Daniel Rodrigues de 18 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-18 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco / A dinâmica temporal dos acontecimentos geomorfológicos bem como a evolução
geomorfológica torna-se necessária para uma melhor compreensão da história recente
da paisagem, nessa perspectiva a análise dos depósitos superficiais possibilitou a
reconstrução das dinâmicas de mecanismos formadores dos Latossolos para as bacias
estudadas com ênfase temporal e paleoambiental. O objetivo geral deste trabalho
consistiu na análise da dinâmica geomorfológica responsável pela deposição dos
sedimentos que originaram os Latossolos situados no oeste do Estado de Pernambuco,
por meio da diferenciação dos mesmos quanto à sua origem. Os Sedimentos estudados
indicam gênese climática controlada por fatores da circulação geral da atmosfera em
nível global e regional, revelando tele conexões importantes desde o UMG até a
transição Pleistoceno/Holoceno. Verificou-se para o Nordeste Brasileiro a transição P/H
adentrando o Holoceno Inferior, por volta dos 9.000 – 8.800AP. Quanto às mudanças no
Holoceno, essas são controladas pela circulação secundária, como a célula de Hadley e
a estabilização da célula de Walker a aproximadamente 5.000AP, trazendo uma queda
da umidade e padrões repetitivos cíclicos de semiaridez severa e semiaridez moderada,
relacionadas a eventos cíclicos do tipo El-Nino/La-Niña. A análise detalhada das
propriedades sedimentológicas dos materiais através da assinatura geoquímica, e
estruturação das formas de relevo possibilitou a reconstrução dos processos de
superfície terrestre atuantes na gênese dos modelados, durante os intervalos de
relaxamento dos processos morfogenéticos mais agressivos. Os Latossolos e Argissolos
hoje encontrados no Oeste Pernambucano, inseridos nas bacias hidrográficas do Riacho
do Pontal e GI8, integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, têm origens
distintas de acordo com a sua localização, ora mais afastada da drenagem principal do
Rio São Francisco, ou mais próxima do referido rio. Os depósitos relacionados aos
Latossolos que integram a Planície do Rio São Francisco, são originados a partir da
redução dos níveis das águas do Rio e consequente surgimento de barras arenosas, que
foram retrabalhadas pelo vento durante os períodos de maior semiaridez, formando
campos de dunas e mantos de areia em períodos mais úmidos, sendo esses retrabalhados
pelas águas do Rio São Francisco em momentos de cheias durante a transição
Pleistoceno/Holoceno e o Ótimo Climático do Holoceno por volta de 6.000AP, dando
origem a depósitos arenosos por toda a planície fluvial, onde hoje se estabelecem
manchas de Latossolos e associações. Os solos localizados em áreas planas referentes
aos pedimentos detríticos, e mais distantes do Rio São Francisco, têm sua gênese
relacionada a eventos gravitacionais que ocorreram durante o Pleistoceno Superior e
Holoceno Inferior, período de maior umidade.
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