Submitted by Fernando Souza (fernando@biblioteca.ufpb.br) on 2017-12-21T12:27:20Z No. of bitstreams: 1 Arquivo total.pdf: 27950687 bytes, checksum: cc182fb42203bf6b3714c10f11eec55f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-21T12:27:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arquivo total.pdf: 27950687 bytes, checksum: cc182fb42203bf6b3714c10f11eec55f (MD5) Previous issue date: 2017-08-30 / This paper analyses the perception of detainees about their conditions in the prison: we compared the perception of primary detainee and relapsed one. We work with two groups of detainees. One group that committed homicide and was sent to the prison only once. The other group was sent to the prison more then once, had committed homicide and another infraction, could be homicide or not, with a second time in the prison. In this context we identified some conditions inside the prison. According to them we make the questions to be answered by the detainees. We studied the perception of the family, the lost of work conditions, and the security inside the prison; the infraction causes, the relapse probability and the conditions that help their recovery or not. The diferences found between the two groups show us how the detainees build up their guilt feeling and also the relationship they have with their family. / O objetivo do presente trabalho é analisar a representação que os detentos fazem das suas condições carcerárias, comparando a representação dos primários com a dos reincidentes. Não utilizaremos o conceito de representação no contexto da teoria da "Representação Social" (Moscovici - 1961) mas para indicar tão somente a maneira como os detentos vêm, percebem e sentem suas condições de vida. Nesse sentido, durante todo o trabalho utilizaremos indistintamente os termos representação e percepção para indicar a maneira subjetiva e pessoal como os presos nos dizem sentir, perceber ou representar as condições a que estão submetidos, a partir de sua condenação legal. Dessa maneira, foram utilizados como amostra dois grupos de detentos: o primeiro formado por indivíduos que cometeram delito de homicídio e que estavam presos pela primeira vez; o outro composto por reincidentes que tinham cometido homicídio e outro delito, que podia ser homicídio ou não, com segunda passagem pelo presídio. Dentro deste contexto, vários aspectos das condições do cárcere foram identificados, transformando-se em objeto do questionário aplicado ao detento. Foram estudados, para a representação da família, os seguintes aspectos: a perda das condições de trabalho e de segurança no presídio, as causas do delito, a probabilidade de reincidência e as condições que ajudam ou não a sua recuperação. As diferenças encontradas entre as duas amostras indicam, tanto a maneira como o preso constrói seu sentimento de culpabilidade, como os laços que conservam com a família. Este trabalho limita-se a tentar entender qual a representação que os detentos têm de suas condições carcerárias. Em futuras pesquisas, com metodologia mais adequada, poderá averiguar-se, a partir destes dados, se a experiência carcerária é um dos fatores determinantes da reincidência.