nÃo hà / O presente trabalho tem como objetivo estudar as polÃticas pÃblicas de saneamento bÃsico e, em especial, avaliar o Programa de Drenagem Urbana de Fortaleza (Drenurb), verificando quais foram os efeitos provocados por suas aÃÃes no perÃodo de 2010 a 2012. O Drenurb corresponde à primeira iniciativa sistematizada da Prefeitura Municipal de Fortaleza para a captaÃÃo das Ãguas pluviais em meio urbano, visando a minorar os transtornos causados pela incidÃncia de alagamentos. Para a realizaÃÃo desta pesquisa, optamos pela metodologia de estudo de caso ao analisarmos duas obras, priorizando duas perspectivas: a dos moradores que permaneceram no local onde a obra foi realizada e a dos indivÃduos em situaÃÃo de extrema pobreza que foram indenizados para que a obra tivesse prosseguimento. O intuito da avaliaÃÃo consiste na percepÃÃo das transformaÃÃes positivas e negativas provenientes das aÃÃes executadas e suas reverberaÃÃes no espaÃo da cidade e na vida dos indivÃduos. Para tanto, este trabalho prezou por refazer a trajetÃria das primeiras aÃÃes que constituÃram a polÃtica de saneamento, atà o perÃodo atual, contextualizando-a com outras polÃticas que visam à transformaÃÃo do espaÃo urbano. Para alcanÃarmos os objetivos propostos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e entrevistas em profundidade. Os resultados dessa avaliaÃÃo apontam para as seguintes questÃes: (1) a populaÃÃo remanescente reconhece as benfeitorias do programa, no entanto nÃo sabe o que de fato à a drenagem e utiliza as galerias de coleta das Ãguas pluviais para outros fins; (2) nÃo houve, por parte da Prefeitura, o estabelecimento de canais de comunicaÃÃo ou de avaliaÃÃo da atuaÃÃo do programa junto à populaÃÃo atendida; (3) as moradoras indenizadas manifestaram desejo de ter permanecido no logradouro anterior, mesmo que continuassem a residir em habitaÃÃes extremamente precÃrias; (4) as famÃlias indenizadas nÃo foram esclarecidas quanto aos parÃmetros que basearam o cÃlculo do valor a ser pago pela desapropriaÃÃo de suas residÃncias; (5) o Drenurb atendeu as expectativas da populaÃÃo em relaÃÃo Ãs melhorias advindas da obra, mas executou as aÃÃes de saneamento de modo desarticulado Ãs outras polÃticas que influenciam a dinÃmica de ocupaÃÃo do espaÃo urbano.

Between 2000 and 2015 the Millennium Development Goals were the focus of much global attention and activity. They were selected in light of astounding poverty, with over 1 billion people at the time living on less than $1 per day. In a sense the MDGs were morally undeniable. The focus of this study is MDG2, universal primary education. It sets out to establish how and why MDG2 came to be selected. Whilst its selection seems obvious, for years developing countries complained about the short-sightedness of prioritising primary over secondary and tertiary education (Klees 2008). A task force commissioned by the World Bank and UNESCO at the time showed that the Bank’s rate of return analysis on primary education was flawed. It argued that developing countries need highly educated people to be economic and social entrepreneurs, develop good governance, strong institutions and infrastructure. In this way MDG2’s selection is problematic. Using case study method, first the literature is examined. Three hypotheses are generated: one based on a rational synoptic theory, one on critical theory and one on world society theory. A range of data are used to establish findings and test hypotheses. The study then considers implications of the findings for theory and the policy process. The findings show that priorities promoting more equal opportunities, such as MDG2, were gradually preferred. Whereas priorities promoting more equal outcomes, such as elimination of trade barriers, were gradually excluded. The study finds no evidence that the General Assembly ever voted on the list of 8 MDGs. Rather, the MDGs were selected by elite policy actors, addressing multiple interests. The study considers the assertion that marginalization of the poor does not happen because people harbor ill will toward them, rather because “The poor have no friends among the global elite” (Pogge 2011, p. 62).