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A dúvida em discursividade: Machado de Assis e DostoiévskiBarros, Andrea de 28 March 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-03-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The present essay is constituted of an analisis of the theme of the construction of the doubt in Dostoevsky s The Eternal Husband (1870) and in Machado de Assis s Dom Casmurro (1899), following the concepts of polifony and dialogism, created by Mikhail Bakhtin. It is orientated by the following objectives: studying the dialogical relations between the emissor discourse (authors voice), the narrator and the characters, focusing their implications in the construction of the doubt in the romances of the corpus; investigating the forms through which the senses of the doubt are recreated in both narratives; analizing the logical procedures of the enounciation, by which José Dias guides Bentinho s discourse, as Trussotzki guides Vieltchaninov s discourse, studying the aplication of these procedures to the construction of the doubt in both romances; and, finally, contributing to the reflections about the literature of Machado de Assis and Dostoevsky, through a critical reading of the books in study. The research is orientated by the following hypothesis: José Dias acts as an aggregation to Bentinhos s conscience, in Dom Casmurro, and Trussotzki acts as an aggregation to Vieltchaninov s conscience, in The Eternal Husband. The metodological approach is the dialogical one, by which it is created a dialog among the romances. Otherwise, the manners and functions of this aggregation are specifically differents on each narratives. This study defends that, in the high level of dialogism of their romanesque speeches, Machado and Dostoevsky are pairs, and considers that, as Dostoevsky is the founder of the polyphonic romance and the greatest example of dialogism in the literary universe, Machado can be recognized as the precursor of the same genre in Brazilian Literature / Este trabalho constitui-se de uma análise do tema da construção da dúvida nos romances O Eterno Marido (1870) de Dostoiévski e Dom Casmurro (1899) de Machado de Assis, à luz da polifonia e do dialogismo, de Mikhail Bakhtin. Pauta-se pelos seguintes objetivos: estudar as relações dialógicas entre os discursos do emissor (voz autoral), do narrador e do destinatário (personagens) e suas implicações na construção da dúvida nos romances do corpus; investigar as formas por meio das quais os sentidos de conotação da dúvida e da suspeita do adultério são recriados nas duas narrativas; analisar os procedimentos lógicos da enunciação pelos quais a personagem José Dias orienta o discurso de Bentinho, à semelhança de como Trussótzki orienta o de Vieltchâninov, e estudar as implicações da aplicação desses procedimentos à construção da dúvida em ambos os romances; e, finalmente, contribuir para as reflexões sobre as escrituras de Machado de Assis e de Dostoiévski, a partir de uma leitura crítica das obras em estudo. A pesquisa orienta-se pela seguinte hipótese: José Dias atua como um agregado de consciência de Bentinho, em Dom Casmurro, e Trussótzki atua como agregado de consciência de Vieltchâninov, em O Eterno Marido. A metodologia aplicada é a dialógica, por meio da qual se estabelece um diálogo entre os romances. Entretanto, conclui-se que as formas e as funções desse agregamento se configuram de maneiras específicas e diferentes em cada narrativa. O estudo defende que, no alto grau de dialogismo de seus discursos romanescos, Machado e Dostoiévski se encontram como pares e considera que, assim como Dostoiévski é o fundador do romance polifônico e exemplo máximo de dialogismo no universo literário, segundo Bakhtin, Machado pode ser reconhecido como precursor, na Literatura Brasileira, deste mesmo gênero
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