O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da suplementação de níveis crescentes de colina e de aminoácidos sulfurados totais (AST) digestíveis em uma dieta de milho e proteína isolada de soja, sobre o desempenho produtivo, bem como a ocorrência de deformidades e desvios nas patas e fígado gorduroso de frangos de corte. Foram alojados 525 frangos de corte, machos Cobb 500, de um dia de idade, em 75 gaiolas experimentais. As aves foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado com 15 tratamentos, 5 repetições e 7 aves por unidade experimental. Foi utilizada uma dieta basal semipurificada com 74% de milho (736 ppm de colina) e esta foi suplementada utilizando um arranjo fatorial 3 x 5 com 3 níveis de AST digestíveis em relação à lisina digestível (70, 75 e 80%) e 5 níveis de suplementação de colina (0, 700, 1.400, 2.100 e 2.800 ppm). Foi utilizado um programa alimentar de 2 fases: pré-inicial (1 a 7 d) e inicial (8 a 21 d). Ganho de peso (GP), consumo de ração e conversão alimentar (CA) foram avaliados aos 7, 14 e 21 d. Aos 21 d, as aves foram avaliadas para perose, valgus, varus e tibia rotada na articulação tibio matatarsal, os fígados foram avaliados macroscopicamente (coloração, tamanho e consistência) e quanto ao seu teor de extrato etéreo. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey. Regressões lineares e quadráticas foram estimadas para as variáveis de desempenho produtivo e a resposta máximada de suplementação de colina foi estimada. Não houve interação entre AST digestíveis e colina, também não houve diferença entre os níveis de AST digestíveis (P>0,05). O GP dos frangos alimentados com níveis crescentes de colina aumentou quadraticamente (P<0,05) de 1 a 7 d, 8 a 14 d, 1 a 14 d, 15 a 21 d e 1 a 21 d e a CA diminuiu quadraticamente (P<0,05) 1 a 14 d e 1 a 21 d. No período de 1 a 7 d, 8 a 14 d e 15 a 21d foram estimadas exigências de 2.700, 2.907 e 3.105 ppm para GP. De 1 a 14 d e 1 a 21 d, as exigências foram de 2.875 ppm e 2.925 ppm para GP, e 2.938 ppm e 2.849 ppm para CA. Os tratamentos que não receberam suplementação de colina apresentaram maior ocorrência de varus e tibia rotada (P<0,05), quando comparados aos outros níveis de colina, não houve diferença entre os níveis de colina para valgus. Os níveis de colina em que houve o melhor GP e CA para frangos foram determinados como 2.925 ppm e 2.849 ppm para as fases iniciais. Considerando-se uma ração de milho e farelo de soja (1.500 ppm de colina), 1.425 e 1.349 ppm de suplementação de colina são apropriados para melhorar a performance de frangos de corte de 1 a 21 d. Esses valores são superiores às recomendações prévias para as fases iniciais (500 ppm). / The objective of this study was to evaluate growth performance, the occurrence of leg deformity and deviations and fatty liver of broilers fed a corn and soy protein isolate diet supplemented with increasing levels of choline and digestible total sulfur amino acid (TSAA). A total of 525 one-day-old Cobb 500 chicks were distributed in a completely randomized design in 75 battery cages, 15 treatments, and 7 birds per cage. A 74% corn semi-purified basal diet (736 ppm of choline) was supplemented using a 3 x 5 factorial arrangement with 3 levels of digestible TSAA ratio to digestible lysine (70, 75 and 80%) and 5 levels of choline supplementation (0; 700; 1,400; 2,100, and 2,800 ppm). A 2-phases feeding program was used: pre-initial (1 to 7 d) and initial (8 to 21 d). Body weight gain (BWG), feed intake and feed conversion ratio (FCR) were evaluated at 7, 14 and 21 d. At 21 d all birds were evaluated for perosis, valgus, varus and rotated tibia in tibiometatarsal joint, livers were evaluated macroscopically (color, size, and consistency) and for fat content. Data were submitted to analysis of variance and means were compared by the Tukey test. Performance data were fitted to linear and quadratic polynomial regressions and the maximum response of choline supplementation was estimated. No interactions between digestible TSAA and choline were observed, also no differences among digestible TSAA levels (P>0.05). The BWG of broilers fed diets with increasing levels of choline increased quadratically (P<0.05) from 1 to 7 d, 8 to 14 d, 1 to 14 d, 15 to 21 d, and 1 to 21 d, also FCR decreased quadratically (P<0.05) from 1 to 14 d and 1 to 21 d. From 1 to 7 d, 8 to 14 d, and 15 to 21d quadratic regression estimated requirements as 2,700, 2,907, and 3,105 ppm for BWG. From 1 to 14 d and 1 to 21 d, quadratic regression estimates were 2,875 ppm and 2,925 ppm for BWG, and 2,938 ppm and 2,849 ppm for FCR. Treatments with no supplementation of choline had higher occurrence of varus and rotated tibia (P<0.05) compared to the other levels of choline. There was no difference for valgus deviation. Choline level that provided better BWG and FCR responses were determined as 2,925 and 2,849 ppm for starter phases, respectively. Considering a corn-soybean meal common diet (1,500 ppm of choline), 1,425 and 1,349 ppm of choline inclusions are appropriate to improve BWG and FCR response for broilers from 1 to 21 d, which are above previous recommendation for starter phases (500 ppm of choline).

O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da suplementação de níveis crescentes de colina e de aminoácidos sulfurados totais (AST) digestíveis em uma dieta de milho e proteína isolada de soja, sobre o desempenho produtivo, bem como a ocorrência de deformidades e desvios nas patas e fígado gorduroso de frangos de corte. Foram alojados 525 frangos de corte, machos Cobb 500, de um dia de idade, em 75 gaiolas experimentais. As aves foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado com 15 tratamentos, 5 repetições e 7 aves por unidade experimental. Foi utilizada uma dieta basal semipurificada com 74% de milho (736 ppm de colina) e esta foi suplementada utilizando um arranjo fatorial 3 x 5 com 3 níveis de AST digestíveis em relação à lisina digestível (70, 75 e 80%) e 5 níveis de suplementação de colina (0, 700, 1.400, 2.100 e 2.800 ppm). Foi utilizado um programa alimentar de 2 fases: pré-inicial (1 a 7 d) e inicial (8 a 21 d). Ganho de peso (GP), consumo de ração e conversão alimentar (CA) foram avaliados aos 7, 14 e 21 d. Aos 21 d, as aves foram avaliadas para perose, valgus, varus e tibia rotada na articulação tibio matatarsal, os fígados foram avaliados macroscopicamente (coloração, tamanho e consistência) e quanto ao seu teor de extrato etéreo. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey. Regressões lineares e quadráticas foram estimadas para as variáveis de desempenho produtivo e a resposta máximada de suplementação de colina foi estimada. Não houve interação entre AST digestíveis e colina, também não houve diferença entre os níveis de AST digestíveis (P>0,05). O GP dos frangos alimentados com níveis crescentes de colina aumentou quadraticamente (P<0,05) de 1 a 7 d, 8 a 14 d, 1 a 14 d, 15 a 21 d e 1 a 21 d e a CA diminuiu quadraticamente (P<0,05) 1 a 14 d e 1 a 21 d. No período de 1 a 7 d, 8 a 14 d e 15 a 21d foram estimadas exigências de 2.700, 2.907 e 3.105 ppm para GP. De 1 a 14 d e 1 a 21 d, as exigências foram de 2.875 ppm e 2.925 ppm para GP, e 2.938 ppm e 2.849 ppm para CA. Os tratamentos que não receberam suplementação de colina apresentaram maior ocorrência de varus e tibia rotada (P<0,05), quando comparados aos outros níveis de colina, não houve diferença entre os níveis de colina para valgus. Os níveis de colina em que houve o melhor GP e CA para frangos foram determinados como 2.925 ppm e 2.849 ppm para as fases iniciais. Considerando-se uma ração de milho e farelo de soja (1.500 ppm de colina), 1.425 e 1.349 ppm de suplementação de colina são apropriados para melhorar a performance de frangos de corte de 1 a 21 d. Esses valores são superiores às recomendações prévias para as fases iniciais (500 ppm). / The objective of this study was to evaluate growth performance, the occurrence of leg deformity and deviations and fatty liver of broilers fed a corn and soy protein isolate diet supplemented with increasing levels of choline and digestible total sulfur amino acid (TSAA). A total of 525 one-day-old Cobb 500 chicks were distributed in a completely randomized design in 75 battery cages, 15 treatments, and 7 birds per cage. A 74% corn semi-purified basal diet (736 ppm of choline) was supplemented using a 3 x 5 factorial arrangement with 3 levels of digestible TSAA ratio to digestible lysine (70, 75 and 80%) and 5 levels of choline supplementation (0; 700; 1,400; 2,100, and 2,800 ppm). A 2-phases feeding program was used: pre-initial (1 to 7 d) and initial (8 to 21 d). Body weight gain (BWG), feed intake and feed conversion ratio (FCR) were evaluated at 7, 14 and 21 d. At 21 d all birds were evaluated for perosis, valgus, varus and rotated tibia in tibiometatarsal joint, livers were evaluated macroscopically (color, size, and consistency) and for fat content. Data were submitted to analysis of variance and means were compared by the Tukey test. Performance data were fitted to linear and quadratic polynomial regressions and the maximum response of choline supplementation was estimated. No interactions between digestible TSAA and choline were observed, also no differences among digestible TSAA levels (P>0.05). The BWG of broilers fed diets with increasing levels of choline increased quadratically (P<0.05) from 1 to 7 d, 8 to 14 d, 1 to 14 d, 15 to 21 d, and 1 to 21 d, also FCR decreased quadratically (P<0.05) from 1 to 14 d and 1 to 21 d. From 1 to 7 d, 8 to 14 d, and 15 to 21d quadratic regression estimated requirements as 2,700, 2,907, and 3,105 ppm for BWG. From 1 to 14 d and 1 to 21 d, quadratic regression estimates were 2,875 ppm and 2,925 ppm for BWG, and 2,938 ppm and 2,849 ppm for FCR. Treatments with no supplementation of choline had higher occurrence of varus and rotated tibia (P<0.05) compared to the other levels of choline. There was no difference for valgus deviation. Choline level that provided better BWG and FCR responses were determined as 2,925 and 2,849 ppm for starter phases, respectively. Considering a corn-soybean meal common diet (1,500 ppm of choline), 1,425 and 1,349 ppm of choline inclusions are appropriate to improve BWG and FCR response for broilers from 1 to 21 d, which are above previous recommendation for starter phases (500 ppm of choline).