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O percurso do conceito de fim de análise de Freud a Lacan / The path of the concept of end of analysis to Freud from Lacan

MARTINS, Ana Carolina Borges Leão January 2010 (has links)
MARTINS , Ana Carolina Borges Leão. O percurso do conceito de fim de análise de Freud a Lacan 2010. 139f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2011-11-30T19:35:53Z No. of bitstreams: 1 2010_dis_ACBLMartins.PDF: 741693 bytes, checksum: 0f3407e4b279ab9fbb9970f8cbb8e891 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-01-09T14:55:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_dis_ACBLMartins.PDF: 741693 bytes, checksum: 0f3407e4b279ab9fbb9970f8cbb8e891 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-01-09T14:55:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_dis_ACBLMartins.PDF: 741693 bytes, checksum: 0f3407e4b279ab9fbb9970f8cbb8e891 (MD5) Previous issue date: 2010 / Our research aims at following the formulations for the concept of end of analysis beginning with Freud, going through the post-Freudians, and reaching the teaching contributions from Lacan. To this end we divided our path methodologically in three distinct segments: 1. the pathway for defining the concept of end of analysis as propounded by Freud; 2. the investigation of the concept of cure and end of analysis in the theoretical productions of Freud’s contemporaries and post-Freudians; 3. the reassessment of therapeutic perspectives and the concept of end of analysis as contributed by Jacques Lacan. In the first moment, we were shown how the inception of the concept of death drive in 1920 contributed to the final break-up between end of analysis and therapeutic intents. We were also able to discuss treatment guidelines as propounded by Freud, the hurdles impeding the cure and the adoption of end of analysis, and the technical proposition for analysis construction, an artificial solution advanced by Freud to counter the difficulties with analytical treatment. In the second part, we investigated solutions as propounded by post-Freudian analysts to the problem of the economics of compulsion. We set out from the hypothesis according to which the analytical movement did not accept easily the contributions from the concept of death drive, rather opting for interpreting them as a lessening of therapeutic results. Within this view, two obstacles impeded the analytical treatment turning it into a never-ending task: in 1930, character was an obstacle to cure because of its close relation to the obscure ways of drive satisfaction; in 1950, the analyst’s self blurred the good development of transference, appearing as an inconvenient waste from the end sought by didactical and therapeutic analyses. In the last part of our work, the constitution of topic in its imaginary configuration, having its source on Lacan’s contributions, conferred intelligibility to the standstill reached by post-Freudian analysts. Under the aegis of a configuration shaped by imaginary values we demonstrated the disastrous results from the attempt to elide the unconscious discourse from the analytical treatment, and we pointed to a Lacanian proposal of resuming field references for speech and language. At the end of our pathway, we accompanied Lacan’s critical appraisal of the model for IPA formation and his solution to the problem, namely, the pass procedure to deal with the limits of analytical formation and end of analysis. As a conclusion, we could evaluate how our work throws a light upon issues referring to the analyst’s formation and how it contributes to psychoanalysis transmission. / A nossa pesquisa tem por objetivo acompanhar as formulações do conceito de fim de análise, desde Freud, passando pelos pós-freudianos e chegando às contribuições do ensino de Lacan. Para tanto, dividimos metodologicamente o nosso percurso em três momentos distintos: 1. o percurso do conceito de fim de análise em Freud; 2. a investigação dos conceitos de cura e de fim de análise nas produções teóricas dos analistas contemporâneos a Freud e pós-freudianos; 3. o redimensionamento das perspectivas terapêuticas e do conceito de fim de análise a partir das contribuições de Jacques Lacan. No primeiro momento, vimos de que modo a introdução do conceito de pulsão de morte, em 1920, contribuiu para a dissociação definitiva entre o fim de análise e os fins terapêuticos. Também pudemos discutir a direção do tratamento em Freud, os obstáculos à cura e ao fim de análise e a proposição técnica das construções em análise, uma saída artificial, proposta por Freud, aos impasses do tratamento analítico. Na segunda parte, investigamos as soluções dadas pelos analistas pósfreudianos ao obstáculo da economia pulsional. Partimos da hipótese de que o movimento analítico não aceitou, de bom grado, as contribuições do conceito de pulsão de morte, preferindo traduzi-las em termos de amortecimento dos resultados terapêuticos. Nessa perspectiva, dois obstáculos tornaram-se supostos lançar o tratamento analítico em uma tarefa sem fim: em 1930, o caráter fazia obstáculo à cura, por sua relação estreita aos obscuros modos de satisfação pulsional; em 1950, o ser do analista embotava o bom andamento da transferência, constituindo-se como um inoportuno resíduo ao fim das análises didáticas e terapêuticas. Na última parte do nosso trabalho, a partir das contribuições de Jacques Lacan, a constituição da tópica do imaginário conferiu inteligibilidade aos impasses a que haviam chegado os analistas pós-freudianos. Sob a égide do imaginário, demonstramos os efeitos desastrosos em elidir o discurso inconsciente no tratamento analítico, e apontamos a proposta lacaniana de retomar as referências do campo da fala e da linguagem. Ao fim do nosso percurso, acompanhamos a crítica de Lacan ao modelo de formação da IPA e a saída proposta por ele, o dispositivo do passe, para lidar com os limites da formação analítica e do fim de análise. Na conclusão, pudemos apontar de que modo o nosso trabalho lança luz sobre as questões referentes à formação do analista e contribui à transmissão da psicanálise.

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