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O intérprete de tribunal no Brasil: peritus peritorum? / The court interpreter in Brazil: peritus peritorum?Novais Néto, Lourival 16 April 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-04-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The practice of court interpreting in Brazil has been commonly done by professionals with bilingual skills that are nominated interpreters ad hoc, whenever no sworn translators are available in the jurisdictions. Although much theoretical researches have increased in the field of court interpreting in the last twenty years, court interpreters still work as individuals and independents, ignoring the studies directed toward of their activity. Court interpreting terminology is widely used to mention any type of legal interpreting; however, the courtroom is only one of the many contexts in which the legal interpreting occurs. This research aims to reflect on the intricacy on face-to-face interaction process in a natural context of speech: the bilingual courtroom, in which the interpreter has the function to interpret from one language to other and also within the mother language, whose difficult process is performed in real time. This thesis dialogs with Forensic Linguistics, which has the purpose to study the relation between Law and Language that converge topics in common, in order to indicate possible resolutions of legal problems; and it also dialogs with the Interacional Sociolinguistics. Studies by Goffman (1967, 1975, 1979), Brown & Levinson (1987) and Gumperz (1982) are highlighted. This thesis presents characteristics of one of the qualitative methods based on ethnographic research: the natural observation (Adler & Adler, 1998), and the analysis is focus on the data extracted from Novais Néto (2002). In the context of the current reality of court interpreting in Brazil, this work explores mainly the features of interpreter s questions when mediating the interaction between a judge, speaker of Portuguese idiom, and a defendant, speaker of English idiom, in a testimony of a Brazilian Court of Justice. The action of the interpreter is mainly determined by the Criminal Proceeding Code, Term of Commitment, and Criminal Code. However, there is no guarantee the fulfillment of these rules, due to the judge s linguistic ability in foreign language. Therefore, the interpreter assumes a similar judge alignment in the hearing, regarding to conversational power, not legal: a peritus peritorum, a classic expression from the forensic field used specifically to the judge as expert of the connoisseurs (Barros, 2008:32) / A atividade de Interpretação de Tribunal no Brasil é comumente realizada por profissionais com habilidades bilíngües que são nomeados intérpretes ad hoc, quando não há tradutores juramentados disponíveis nas jurisdições. Apesar do aumento de pesquisas nos últimos vinte anos nesta área, os intérpretes convocados trabalham de forma individualizada e independente, ignorando os estudos voltados para sua atividade. A terminologia Interpretação de Tribunal é amplamente usada para se referir a qualquer tipo de interpretação legal, entretanto a sala de audiências é apenas um dos muitos contextos no qual a interpretação legal se estabelece. A presente pesquisa tem o objetivo de refletir sobre o complexo processo de interação face-a-face em um contexto natural de fala: a sala de audiências bilíngüe, na qual o intérprete tem a função de interpretar de uma língua para outra e na mesma língua, além da dificuldade de fazer esse processo em tempo real. Esta tese dialoga com a Lingüística Forense, que tem a finalidade de estudar as relações entre o direito e a linguagem que convergem em tópicos comuns, para indicar possíveis resoluções de problemas legais/jurídicos; e com a Sociolingüística Interacional. Neste sentido, estudos de Goffman (1967, 1975, 1979), Brown & Levinson (1987) e de Gumperz (1982) são destacados. Esta tese apresenta características de um dos métodos qualitativos contemplados pelas pesquisas etnográficas: a observação natural (Adler & Adler, 1998), e tem como foco de análise parte do corpus de Novais Néto (2002). O objetivo é de investigar o evento social que é vivido pelo intérprete, um interrogatório (perguntas e respostas), no qual o intérprete media a interação juiz, falante do português, e o acusado, falante do inglês, em uma audiência bilíngüe de um Tribunal de Justiça brasileiro.A ação do intérprete é determinada pelo Código de Processo Penal, Termo de Compromisso e Código Penal. Todas essas normas estão sob a responsabilidade do juiz de fazê-las cumprir. No entanto, não há como garantir o cumprimento desses ditames devido, sobretudo, à competência lingüística do juiz em língua estrangeira. Constata-se, portanto, que o intérprete assume um patamar semelhante ao do juiz na audiência bilíngüe, no que se refere ao poder conversacional, não legal: peritus peritorum, expressão clássica proveniente do campo forense atribuída ao juiz como perito dos peritos (Barros, 2008:32)
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