As inundações na Grande São Paulo e as soluções para elas são tão antigas quanto o núcleo urbano. No entanto, constata-se a seguinte contradição: quanto mais intervenções são realizadas, mais o problema persiste e se amplia. O presente trabalho busca fazer uma leitura tanto do problema quanto das soluções. Utiliza-se o conceito \"situação de desastre\", por ressaltar as dimensões natural e social do problema. Discute-se o que seria uma solução e o aspecto técnico das soluções estruturais (obras) e não-estruturais (institucionais, administrativas, financeiras, leis etc.), sua implantação nas fases de pré, durante e pós-impacto, considerando-se, também, os sujeitos sociais envolvidos. Destaca-se o predomínio da implantação de obras, elaboradas com ênfase na dimensão natural do problema e com equívocos, por negligenciarem o meio físico-natural existente em nome da importação de parâmetros técnicos externos, dominantes e tidos como modernos. Desse modo, a dimensão técnica não atinge a complexidade do meio ambiente urbano, resultando, no extremo, na proliferação de vulnerabilidades socioambientais. Além disso, as abordagens não têm considerado que qualquer solução para o problema é uma solução no espaço urbano-metropolitano, cuja dimensão social não pode ser negligenciada; a atuação deve ser não somente sobre a forma metrópole, mas também sobre o processo social urbano - o que remete à dimensão política, ao perfil das políticas públicas que dela se origina e à necessidade de acordos entre os sujeitos sociais urbanos. Apesar dos avanços no discurso e no corpo das leis - que passam a postular a incorporação da questão ambiental e mostram a crescente percepção da importância das soluções não-estruturais, como o disciplinamento do uso e ocupação do solo urbano, para a redução das \"situações de desastre\" do tipo inundação na Grande São Paulo, as soluções continuam aquém das necessidades. As perspectivas são de persistência do problema, com melhorias das formas de convivência com ele. / Floodings in São Paulo and solutions for them are as old as the central urban nucleus. Nevertheless, the following contradiction can be observed: the more interventions, the bigger and more persistent the problems. The present work attempts to carry out an examination of flooding problems and solutions. It uses the concept of \"disaster situation\", which emphasizes both the natural and the social dimension of the problem. Besides, it discusses possible solutions, technical aspects of structural (water works) and non-structural solutions (institutional, administrative, financial, juridical, etc.), and their implementation on pre, during and post- impacts; It also considers the social subjects involved. Prevalent solutions through waterworks put emphasis mainly on the natural dimension of the problem and are ridden by misunderstandings: disregarding the existing physical-natural environment, they prefer imported taken-as-modern technical parameters. The technical dimension alone does not attend to the complexity of the urban environment resulting and, at the limit, I the increase of socio-environmental vulnerabilities. Moreover, that approach ignores the notion that any solution to the problem is a solution in the urban-metropolitan space, whose social dimension cannot be neglected. Therefore, interventions only on the \'city form\' are insufficient. They should also be applicable to the urban social process - what leads to the political dimension, the profile of the public policies that rises from the former, and the necessity of agreement among urban social citizens. Despite advances in speeches and in legislation, which have started to include environmental issues and shown an increasing awareness of the importance of non-structural solutions as a primordial step for lessening \"disaster situations\", of the flood type in the Greater São Paulo, such as the regulation of urban land use and occupation, propositions are deficient, as yet The problem tends to persist, with some improvement in the management of troubles caused by floods.

As inundações na Grande São Paulo e as soluções para elas são tão antigas quanto o núcleo urbano. No entanto, constata-se a seguinte contradição: quanto mais intervenções são realizadas, mais o problema persiste e se amplia. O presente trabalho busca fazer uma leitura tanto do problema quanto das soluções. Utiliza-se o conceito \"situação de desastre\", por ressaltar as dimensões natural e social do problema. Discute-se o que seria uma solução e o aspecto técnico das soluções estruturais (obras) e não-estruturais (institucionais, administrativas, financeiras, leis etc.), sua implantação nas fases de pré, durante e pós-impacto, considerando-se, também, os sujeitos sociais envolvidos. Destaca-se o predomínio da implantação de obras, elaboradas com ênfase na dimensão natural do problema e com equívocos, por negligenciarem o meio físico-natural existente em nome da importação de parâmetros técnicos externos, dominantes e tidos como modernos. Desse modo, a dimensão técnica não atinge a complexidade do meio ambiente urbano, resultando, no extremo, na proliferação de vulnerabilidades socioambientais. Além disso, as abordagens não têm considerado que qualquer solução para o problema é uma solução no espaço urbano-metropolitano, cuja dimensão social não pode ser negligenciada; a atuação deve ser não somente sobre a forma metrópole, mas também sobre o processo social urbano - o que remete à dimensão política, ao perfil das políticas públicas que dela se origina e à necessidade de acordos entre os sujeitos sociais urbanos. Apesar dos avanços no discurso e no corpo das leis - que passam a postular a incorporação da questão ambiental e mostram a crescente percepção da importância das soluções não-estruturais, como o disciplinamento do uso e ocupação do solo urbano, para a redução das \"situações de desastre\" do tipo inundação na Grande São Paulo, as soluções continuam aquém das necessidades. As perspectivas são de persistência do problema, com melhorias das formas de convivência com ele. / Floodings in São Paulo and solutions for them are as old as the central urban nucleus. Nevertheless, the following contradiction can be observed: the more interventions, the bigger and more persistent the problems. The present work attempts to carry out an examination of flooding problems and solutions. It uses the concept of \"disaster situation\", which emphasizes both the natural and the social dimension of the problem. Besides, it discusses possible solutions, technical aspects of structural (water works) and non-structural solutions (institutional, administrative, financial, juridical, etc.), and their implementation on pre, during and post- impacts; It also considers the social subjects involved. Prevalent solutions through waterworks put emphasis mainly on the natural dimension of the problem and are ridden by misunderstandings: disregarding the existing physical-natural environment, they prefer imported taken-as-modern technical parameters. The technical dimension alone does not attend to the complexity of the urban environment resulting and, at the limit, I the increase of socio-environmental vulnerabilities. Moreover, that approach ignores the notion that any solution to the problem is a solution in the urban-metropolitan space, whose social dimension cannot be neglected. Therefore, interventions only on the \'city form\' are insufficient. They should also be applicable to the urban social process - what leads to the political dimension, the profile of the public policies that rises from the former, and the necessity of agreement among urban social citizens. Despite advances in speeches and in legislation, which have started to include environmental issues and shown an increasing awareness of the importance of non-structural solutions as a primordial step for lessening \"disaster situations\", of the flood type in the Greater São Paulo, such as the regulation of urban land use and occupation, propositions are deficient, as yet The problem tends to persist, with some improvement in the management of troubles caused by floods.

Selon le rapport annuel de la croix rouge et du croissant rouge pour l’année 2006, le nombre de catastrophes, d’origine naturelle et humaine, a augmenté ces dernières décennies dans des proportions importantes. Ces catastrophes engendrent souvent un nombre de victimes important nécessitant des interventions urgentes. Face à une telle situation, les moyens sanitaires classiques et de routines se trouvent souvent dépassés, et par conséquent inefficaces pour absorber cet afflux massif de victimes. Ainsi, la mise en œuvre d’un système de gestion hospitalier conditionné par une optimisation des différentes ressources médicales est indispensable pour sauver le maximum de vies humaines. Dans ce contexte, nous proposons dans cette thèse, d’étudier le problème d’optimisation des ressources humaines et matérielles critiques à savoir, les chirurgiens et les salles opératoires en situation de crise. L’objectif est de traiter le maximum de victimes, autrement dit sauver le maximum de vies humaines. Notre étude comprend deux niveaux : (1) un niveau préparatoire qui consiste à dimensionner les ressources dans le cadre des exercices de simulation du plan blanc, et (2) un niveau opérationnel permettant d’optimiser l’ordonnancement des interventions dans les salles opératoires. Aussi, nous étudions l’impact de la mutualisation des ressources sur le nombre de victimes traitées. L’un des défis posés à la programmation opératoire en situation d’exception est l’aptitude à faire face aux perturbations. Dans ce cadre, nous abordons le problème réactif d’optimisation de l’ordonnancement des interventions dans les salles opératoires. Nous considérons diverses perturbations possibles telles : une durée opératoire qui dépasse la durée estimée, l’insertion d’une nouvelle victime dans le programme opératoire, et l’évolution du degré d’urgence d’une victime. Cette thèse est menée avec la collaboration de plusieurs structures sanitaires publiques en France et en Tunisie. Les résultats expérimentaux mettent en exergue l’apport de ces approches pour l’aide à la décision. / Disaster like terrorist attack, earthquake, and hurricane, often cause a high degree of damage. Thousands of people might be affected. The 2006’s annual report of the International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies proves that the number of disasters increased during these last decades. In such situations, hospitals must be able to receive injured persons for medical and surgical treatments. For these reasons medical resources optimization of different is fundamental in human life save.In this context, we propose in this thesis, to study the optimization of human and material resources in relation with hospital management. We focus more precisely on critical resources: operating rooms and surgeons. The goal is to handle the maximum of victims and then to save the maximum of human lives. Our research consists of two phases: (1) Sizing critical resources during the preparedness phase of disaster management plan so called white plan. (2) Operational phase that provides the optimization of surgical acts scheduling in the operating rooms. Also, we study the impact of sharing resources on the number of treated victims. A disaster situation is characterized by different disruptions. In this setting, we approach a reactive problem for optimization of surgical acts scheduling in the operating rooms. We consider various possible disruptions: the overflow of assessed surgical care duration, the insertion of a new victim in the scheduling program, and the evolution of victim’s emergency level.This work is achieved with the collaboration of several public health institutions (hospitals, ministry, etc.) both in France and Tunisia. Empirical study shows that a substantial aid is proposed by using the proposed approaches.