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Discurso empresarial contemporâneo: anglicismos e prática socialVernalha, Hercules Brasil 16 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-16 / This research aims to investigate the reasons for the deliberate use of Anglicisms in Brazilian
contemporary business discourse, especially if they don´t help to understand the idea to be
communicated. Literature on the crossing of languages and on both ancient and modern
linguas francas is examined in this work in order to understand the way languages influence
each other. Main historical and modern influences on Portuguese language are also studied,
with special attention to English interaction process. Critical Discourse Analysis (CDA), as
proposed by N. Fairclough, is the methodology chosen for the investigation of the business
discourse in this work. Formative influences of CDA are studied through a literature review
on the many approaches of discourse analysis in both Anglo Saxon and French lines.
Management and business magazines available in newsstands, Internet business sites and
business e-mail messages form the corpus of this research.As a result of the work, it is
possible to establish four categories of underlying reasons for the deliberate and seemingly
unnecessary use of Anglicisms in Brazilian contemporary business discourse: euphemization,
belonging, valorization and commodification.Euphemization is the word chosen to express the
way enterprises hide or dissimulate initiatives that can be consideredharmful or inadequate in
their discursive manifestation. Belonging refers to the sense of acceptance as a member of the
contemporary(post-Fordist)business discourse group in opposition to the
classic(Fordist)business discourse group.The word Valorizationis used to express the way
oldjobs and work practices and methodologies have had their names and titles changed in
order to make them sound more attractive. Commodificationis the process whereby social
goods that ought not to be treated as commodities, like education and health,have been
transformed into objects of tradewhiletheir discursive domainhas been colonized by the
advertising discourse / Esta pesquisa visa a investigar as razões do uso deliberado de anglicismos no discurso
empresarial contemporâneo do Brasil, particularmente nos casos em que eles não colaboram
para aclarar a ideia comunicada. A literatura sobre o cruzamento de línguas e sobre antigas e
modernas línguas francas é examinada no trabalho, com o propósito de compreender a
maneira pela qual as línguas exercem influência umas sobre as outras. Também são estudadas
as principais influências históricas e modernas sobre a língua portuguesa, com especial ênfase
ao processo de interação com o idioma inglês. A metodologia adotada para a investigação do
discurso empresarial neste trabalho é a Análise de Discurso Crítica (ADC) proposta por N.
Fairclough, cujas origens formativas são estudadas por meio de uma revisão da literatura que
trata das várias abordagens de análise de discurso, nas linhas anglo-saxã e francesa. O corpus
da pesquisa é composto por revistas de administração e negócios de caráter popular, sítios
eletrônicos específicos e mensagens de e-mail trocadas no ambiente empresarial. A partir da
investigaçãoapresentada neste trabalho é possível estabelecer quatro categorias de razões
subjacentes ao uso deliberado e aparentemente desnecessário dos anglicismos no discurso
empresarial contemporâneo do Brasil: eufemização, pertencimento, valorização e
comodificação. Eufemizaçãoé o termo escolhido para expressar a maneira pela qual as
empresas procuram esconder ou dissimular, em suas manifestações discursivas, iniciativas
que possam ser consideradas inadequadas ou prejudiciais.Pertencimento remete à condição de
aceitação como membro do grupo que se identifica com o discurso empresarial
contemporâneo (pós-fordista) em oposição ao discurso empresarial clássico
(fordista).Valorizaçãoexpressa a forma pela qual antigas profissões, práticas e metodologias
laborais têm seus títulos e nomes alterados para que pareçam mais atrativos. Comodificação
refere-se ao tratamento de mercadoria que se dá a serviços de domínios sociais cujo alvo não
é a produção de bens de consumo, como educação e saúde, enquanto seus discursos são
invadidos pelo discurso da publicidade
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