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Dispersão de sementes por formigas na floresta Atlântica nordestinaCOSTA, Ursula Andrés Silveira da January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objetivo geral desse trabalho foi descrever a dispersão de sementes por formigas em remanescentes
de floresta Atlântica nordestina, e testou algumas hipóteses a respeito das vantagens obtidas pelas
plantas através da dispersão por formigas. O trabalho foi realizado em dois fragmentos florestais (30 e
3.500 ha) da Usina Serra Grande, AL, entre agosto de 2005 e agosto de 2006. Foram registradas 393
interações, envolvendo 81 espécies de formigas e diásporos de 69 espécies de plantas. Formigas da
subfamília Myrmicinae (79,6%) foram as mais freqüentemente atraídas para os diásporos. Entre as
plantas, Melastomataceae (18%), Sapindaceae e Moraceae (10,6%) e Malphighiaceae (7,8%) foram
às famílias com, as quais, as formigas mais interagiram. Experimentos de remoção com espécies
selecionadas indicaram que as formigas utilizam as estruturas atrativas dos diásporos, deixando o
endosperma das sementes quase sempre intacto. Passiflora rubra teve 100% dos diásporos oferecidos
removidos, enquanto Xylopia ochrantha, Cupania oblongifolia, Maytenus distichophylla, Virola
gardneri e Swartzia macrostachya tiveram taxas de remoção de 89, 61, 15 14 e 0% respectivamente.
A distância de remoção variava de 7 a 350 cm e o local de deposição das sementes mais freqüente foi
o folhiço. Os testes de germinação mostraram que a remoção da polpa dos frutos de P. rubra, bem
como do arilo de V. gardneri e C. oblongifolia aumentaram as taxas de germinação. No entanto, a
remoção do arilo não apresentou aumentos nas taxas de germinação de M. distichophylla e S.
macrostachya que germinaram com a estrutura atrativa. C. oblongifolia, P. rubra e M. distichophylla
apresentaram maiores taxas de germinação em solos dos formigueiros que solos de floresta. Para V.
gardneri não houve diferenças nas taxas de germinação entre os dois tipos de solo (solo de
formigueiro e solo de floresta), e para S. macrostachya as maiores taxas de germinação foram obtidas
em solo de floresta. O crescimento das plântulas de M. distichophylla, P. rubra e C. oblongifolia não
diferiu entre os solos dos formigueiros e controle, enquanto S. macrostachya cresceram mais nos
solos controle. Diferenças significativas entre os solos dos formigueiros e os solos controle foram
detectadas apenas para carbono, ferro e matéria orgânica total, sendo os maiores valores encontrados
nos solos de Ectatomma edentatum. A penetrabilidade do solo foi maior nos solos dos formigueiros
que nos solos controle. Os resultados indicam que a interação entre formigas e diásporos é bastante
comum. A atividade das formigas junto aos diásporos pode trazer vantagens em termos de remoção
do diásporo para fora da copa da planta-mãe e aumento da germinação de sementes, ressaltando a
importância desses invertebrados para a biologia de frutos e sementes, especialmente em um ambiente
altamente fragmentado e defaunado como a floresta Atlântica nordestina
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