Made available in DSpace on 2014-06-12T15:06:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4843_1.pdf: 1901930 bytes, checksum: 744db69805e335c65dd9e4056d4ca15f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objetivo geral desse trabalho foi descrever a dispersão de sementes por formigas em remanescentes de floresta Atlântica nordestina, e testou algumas hipóteses a respeito das vantagens obtidas pelas plantas através da dispersão por formigas. O trabalho foi realizado em dois fragmentos florestais (30 e 3.500 ha) da Usina Serra Grande, AL, entre agosto de 2005 e agosto de 2006. Foram registradas 393 interações, envolvendo 81 espécies de formigas e diásporos de 69 espécies de plantas. Formigas da subfamília Myrmicinae (79,6%) foram as mais freqüentemente atraídas para os diásporos. Entre as plantas, Melastomataceae (18%), Sapindaceae e Moraceae (10,6%) e Malphighiaceae (7,8%) foram às famílias com, as quais, as formigas mais interagiram. Experimentos de remoção com espécies selecionadas indicaram que as formigas utilizam as estruturas atrativas dos diásporos, deixando o endosperma das sementes quase sempre intacto. Passiflora rubra teve 100% dos diásporos oferecidos removidos, enquanto Xylopia ochrantha, Cupania oblongifolia, Maytenus distichophylla, Virola gardneri e Swartzia macrostachya tiveram taxas de remoção de 89, 61, 15 14 e 0% respectivamente. A distância de remoção variava de 7 a 350 cm e o local de deposição das sementes mais freqüente foi o folhiço. Os testes de germinação mostraram que a remoção da polpa dos frutos de P. rubra, bem como do arilo de V. gardneri e C. oblongifolia aumentaram as taxas de germinação. No entanto, a remoção do arilo não apresentou aumentos nas taxas de germinação de M. distichophylla e S. macrostachya que germinaram com a estrutura atrativa. C. oblongifolia, P. rubra e M. distichophylla apresentaram maiores taxas de germinação em solos dos formigueiros que solos de floresta. Para V. gardneri não houve diferenças nas taxas de germinação entre os dois tipos de solo (solo de formigueiro e solo de floresta), e para S. macrostachya as maiores taxas de germinação foram obtidas em solo de floresta. O crescimento das plântulas de M. distichophylla, P. rubra e C. oblongifolia não diferiu entre os solos dos formigueiros e controle, enquanto S. macrostachya cresceram mais nos solos controle. Diferenças significativas entre os solos dos formigueiros e os solos controle foram detectadas apenas para carbono, ferro e matéria orgânica total, sendo os maiores valores encontrados nos solos de Ectatomma edentatum. A penetrabilidade do solo foi maior nos solos dos formigueiros que nos solos controle. Os resultados indicam que a interação entre formigas e diásporos é bastante comum. A atividade das formigas junto aos diásporos pode trazer vantagens em termos de remoção do diásporo para fora da copa da planta-mãe e aumento da germinação de sementes, ressaltando a importância desses invertebrados para a biologia de frutos e sementes, especialmente em um ambiente altamente fragmentado e defaunado como a floresta Atlântica nordestina

Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-11-03T13:38:20Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Joicy Martins Morais - 2013.pdf: 662106 bytes, checksum: c4e0fdd3441863cf9479d5c5b0b5be2f (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-11-04T09:48:31Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Joicy Martins Morais - 2013.pdf: 662106 bytes, checksum: c4e0fdd3441863cf9479d5c5b0b5be2f (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-11-04T09:48:31Z (GMT). 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We verify aspects such as the number of publications and citations in journals indexed in the Web of Science, which country was made in order to detect bias and geographic gaps, which ecological effects were tested, which functional groups were removed, which removal methods and which environments were made. We found an increase in the number of publications and citations on average during this period, however, was 12 times lower than publications on functional diversity, perhaps due to the difficulty of conducting experiments. The work was mainly carried out in temperate climates where taxonomic knowledge is greater, in addition, there is a prevalence of vegetation that is most commonly removed than trees. Testing interactions, especially competition, was the main reason for removal, perhaps as a matter of historical competition is considered the interaction that influences the co-occurrence of species. The cut at ground was the major method of removing, undisturbing the soil and avoiding undesirable effects of herbicides, and few studies have been made in a greenhouse and in the natural environment at the same time, which could elucidate responses to natural conditions and at the same time responses specific interactions. In the second paper we carried a case study on removal of capim-flecha ( Tristachya leiostachya Ness.), a dominant grass in Emas National Park (ENP), and what the consequences of such removal to the co-occurring grasses. We expected that the absence of capim-flecha allow further growth of grasses, however we found no difference in mean values between treatments indicating that there is no competition influencing the abundance of capim-flecha. The historical context burned in PNE may have influenced this high dominance of capim-flecha. We believe that experiments are useful in testing interactions, especially if they are made in the natural environment and greenhouse at the same time. / As relações entre os organismos e os mecanismos que permitem sua coexistência são importantes questões em ecologia. Experimentos de remoção de plantas são úteis em elucidar esses mecanismos, devido sua capacidade de resposta do tipo causa e efeito. Esta dissertação se propõe a analisar experimentos de remoção de plantas. O primeiro artigo apresenta uma revisão cienciométrica das publicações sobre remoção de grupos funcionais de plantas, desde 1991. Verificamos aspectos como o número de publicações e citações em periódicos indexados no Web of Science, em qual país foi feito, visando detectar vieses e lacunas geográficas, quais efeitos ecológicos testados, quais grupos funcionais removidos, quais os métodos de remoção e em quais ambientes foram feitos. Encontramos um crescimento no número de publicações bem como na média de citações nesse período, contudo foi 12 vezes menor do que publicações sobre diversidade funcional, talvez devido à dificuldade de realizar experimentos. Os trabalhos foram realizados principalmente em climas temperados onde o conhecimento taxonômico é maior, além disso, há um predomínio de vegetação rasteira que é mais comumente removida do que árvores. Testar interações, principalmente competição, foi o principal motivo de remoção, talvez por uma questão histórica de competição ser considerada a interação que mais influencia a co-ocorrência de espécies. O corte rente ao solo foi o principal método de remoção, evitando revolver o solo e efeitos indesejáveis de herbicidas, e poucos trabalhos foram feitos em casa de vegetação e ambiente natural ao mesmo tempo, o que poderia elucidar respostas à condições naturais e ao mesmo tempo respostas específicas de interações. No segundo capítulo fizemos um estudo de caso sobre remoção de capim-flecha (Tristachya leiostachya Ness.), uma gramínea dominante no Parque Nacional das Emas (PNE), e quais as consequências dessa remoção para as gramíneas co-ocorrentes. Esperávamos que a ausência do capim-flecha permitiria um maior crescimento das gramíneas, contudo não encontramos diferença nos valores das médias entre os tratamentos o que indica que não há competição influenciando a abundância do capim-flecha. O contexto histórico queimadas no PNE pode ter influenciado essa alta dominância do capim-flecha. Consideramos que experimentos são úteis em testar interações, sobretudo se forem feitos em ambiente natural e casa de vegetação ao mesmo tempo.