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Da imersão à performatividade: vetores estéticos da obra-dispositivo / From immersion to performativity: aesthetic vectors of the dispositif-pieceSantos, Cesar Augusto Baio 16 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-16 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This work investigates the transformations in processes of intermediation of sense in digital image and its aesthetic unfoldings. In order to achieve that, an update of theories on dispositif is suggested (BAUDRY, FOUCAULT, DELEUZE), mainly based on the systemic phenomenology of Vilém Flusser, to develop thinking on a non-immersive condition of image. This hypothesis is taken forward with the problematization of neoplatonic conceptions regarding virtual environments (HEIM, FRIEDBERG, GRAU) which establish sense regimes based on the abduction of the individual in the parallel worlds of immersive environments. The main issues raised are related to the validity of these theories towards the dispositifs created in a context of Augmented Reality, ubiquitous computing (WEISER), cybrid condition of space (ANDERS) and networks (BEIGUELMAN); and, above all, of interfaces based on physical computing and algorithms of computer vision. Interpreted as a projection of conceptual abstraction towards concreteness of experience, image stops being understood for dualities between what's "real" and "virtual" or "physical" and "informational", to present itself as a phenomenon that is projected from the dispositif to establish new relations with phenomenons of other natures which constitute reality. Considering this project's condition, image starts to give itself to experience through processes of objectification and otherization, installing new aesthetic experiences of image. Being integrated to the coded world (FLUSSER), image becomes an object of a specific genesis among many others which surround us. However, the processes of otherization approximate the condition of image and of the individual to that one assigned to the body in performance aesthetics (COHEN, LEHMANN, FISCHER-LICHTE), demanding from both a performative posture based on the significant value of presence (GUMBRECHT, ZUMTHOR) and gesture (FLUSSER). Those transformations in the intermediation processes between piece and individual launch new aesthetic vectors to the understanding of media art. This scenery is outlined in this research considering the analysis of audiovisual pieces produced in the last two decades, which present themselves as technical dispositifs that are open to someone's interaction. The immersive environments in Virtual Reality, CAVEʼs and digital panoramas are analyzed against cybernetic dispositifs, pieces that use techniques of augmented reality and others that put image and public in performative conditions. The analysis goes through theories of media art (BELLOUR, DUBOIS, MACHADO) and of new media (MURAY, MANOVICH, COUCHOT, WEIBEL, HANSEN) identifying displacements in the condition of image and of subjectivity's figures, this way demanding other postures and sensibilities, both from creators and from those who place themselves before the image / Este trabalho investiga as transformações nos processos de agenciamento de sentido da
imagem digital e seus desdobramentos estéticos. Para tanto é proposta uma atualização
das teorias do dispositivo (BAUDRY, FOUCAULT, DELEUZE), principalmente a partir da
fenomenologia sistêmica de Vilém Flusser, para pensar uma condição não imersiva da
imagem. Esta hipótese é levada adiante com a problematização das concepções
neoplatônicas dos ambientes virtuais (HEIM, FRIEDBERG, GRAU), que estabelecem regimes
de sentido fundados na abdução do sujeito nos mundos paralelos dos ambientes
imersivos. As principais questões levantadas se referem à validade de tais teorias frente
aos dispositivos criados no contexto da Realidade Aumentada, da ubiquidade
computacional (WEISER), da condição cíbrida do espaço (ANDERS) e das redes
(BEIGUELMAN); e, sobretudo, das interfaces baseadas na computação física e nos
algoritmos de computer vision. Entendida como uma projeção da abstração conceitual
rumo à concretude da experiência, a imagem deixa de ser compreendida por dualidades
entre real e virtual ou físico e informacional para se apresentar com um fenômeno
que se projeta do dispositivo para estabelecer relações com fenômenos de outras
naturezas que constituem a realidade. Nessa condição de projeto, a imagem passa a se
dar à experiência por meio de processos de objetivação e outrificação, instalando novas
experiências estéticas da imagem. Integrada ao mundo codificado (FLUSSER), a imagem
torna-se um objeto de gênese específica dentre tantos outros que nos cercam. No
entanto, os processos de outrificação aproximam a condição da imagem e do sujeito
àquela conferida ao corpo na estética da performance (COHEN, LEHMANN, FISCHERLICHTE),
demandando de ambos uma postura performativa pautada no valor significante
da presença (GUMBRECHT, ZUMTHOR) e do gesto (FLUSSER). Tais transformações nos
processos de agenciamento entre obra e sujeito lançam assim novos vetores estéticos
para a compreensão da media art. Esse cenário é delineado nesta pesquisa a partir da
análise de obras audiovisuais produzidas nas últimas duas décadas que se apresentam
elas mesmas como dispositivos técnicos abertos à interação do sujeito. Os ambientes
imersivos em Realidade Virtual, CAVEʼs e panoramas digitais são analisados em
contraposição aos dispositivos da cibernética, aos trabalhos que utilizam técnicas de
realidade aumentada e outros que colocam imagem e público em condições
performativas. As análises atravessam as teorias da media art (BELLOUR, DUBOIS,
MACHADO) e da nova mídia (MURRAY, MANOVICH, COUCHOT, WEIBEL, HANSEN) identificando
deslocamentos na condição da imagem e das figuras de subjetividade, demandando
assim outras posturas e sensibilidades, tanto dos criadores quanto daquele que se
posiciona diante da imagem
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