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Uso de dispositivos assistivos por idosos mais velhos domiciliados e sua relação com a capacidade funcional e com a fragilidade / Use of assistive devices by resident older elderly and its relationship with functional capacity and frailty

Gasparini, Evilângela Maria Teixeira 15 April 2015 (has links)
O uso de dispositivos assistivos tem sido um importante tema de interesse para pesquisas, em especial por se relacionar com a prevalência de limitações na capacidade funcional, bem como com a fragilidade em idosos. Esses dispositivos podem melhorar a autonomia, reduzir limitações funcionais, melhorar a qualidade de vida, promover melhor adaptação ao meio onde o idoso está inserido e prevenir ou reduzir níveis de fragilidade. Idosos mais velhos (80 anos e mais), residentes no domicílio, podem se beneficiar com o uso de dispositivos assistivos para se manter independentes pelo maior tempo possível. Assim, o objetivo geral deste estudo foi identificar o uso de dispositivos assistivos e sua relação com a capacidade funcional e com a fragilidade em idosos mais velhos residentes no domicílio. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo observacional e transversal, realizado com 114 idosos com 80 anos e mais, residentes no município de Ribeirão Preto-SP. O processo de amostragem foi probabilístico, por conglomerados e de duplo estágio. Na coleta de dados, foram feitas entrevistas no domicílio, utilizando um roteiro estruturado de caracterização, Miniexame do Estado Mental, Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody, roteiro de problemas de saúde autorreferidos, Escala de Fragilidade de Edmonton e um instrumento elaborado e validado para investigar o uso de dispositivos assistivos. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SAS®9.0, no qual foram gerados análises descritivas e os testes de associação entre as variáveis do estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP. Quanto aos resultados, a maioria dos idosos era mulher (69.30%), viúva (57.89%), aposentada (63.16%) e fazia atividade doméstica (61.40%). A idade média foi 85.49 anos e 22.81% dos idosos viviam sozinhos. Os principais problemas de saúde que interferiam no cotidiano foram os problemas de coluna (24.56%) e artrite (18.42%). Ainda da análise descritiva, 79.82% não apresentaram déficit cognitivo, 50% eram independentes nas seis funções das atividades básicas da vida diária (ABVDs), 71.93% tinham dependência parcial nas atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), 29.82% não apresentavam fragilidade, 25.44% eram aparentemente vulneráveis e 75.44% faziam uso de, pelo menos, um dispositivo assistivo. Os dispositivos mais usados foram: óculos (45.61%), barras (21.93%) e bengalas (15.79%), sendo que os idosos que mais usavam eram as mulheres (53.51%), na faixa etária de 80 a 89 anos (61.4%), que não tinham companheiro (55.26%) e que residiam com familiares (30.70%). No entanto, nos testes de associação, foram encontradas significâncias estatísticas entre o uso de dispositivos (cadeira de rodas, bengala, andador e óculos) e as ABVDs; uso de dispositivos (cadeira de rodas, bengala e óculos) e as AIVDs; uso de dispositivos (cadeira de rodas, bengala, andador, barras de apoio) e a fragilidade. Concluindo, os dispositivos que se relacionaram com as AVDs e fragilidade foram, predominantemente, aqueles que promovem e/ou auxiliam a mobilidade. Isto sugere que idosos mais velhos domiciliados, em vários níveis funcionais e de fragilidade, utilizam e se beneficiam com os dispositivos assistivos para minimizar a dependência na locomoção e na realização das AVDs / The use of assistive devices has been a major topic of interest for research, especially because it relates with the prevalence of limitations in functional capacity, as well as frailty in the elderly. These devices can improve the autonomy, reduce functional limitations, improve quality of life, better adaptation to the elderly environment and prevent or reduce frailty levels. Resident plder elderly (80 years and over) can benefit from the use of assistive devices to stay independent as long as possible. Thus, the general aim of this study was to identify the use of assistive devices and its relation with functional capacity and frailty in resident older elderly. This is a quantitative observational cross-sectional study performed with 114 elderly aged 80 and over, living in Ribeirão Preto-SP. The sampling was probabilistic, dual- stage clustering. For data collection, interviews were made at home, using a structured script for characterization, the Mini Mental State Examination, the Katz Index, the Lawton and Brody Scale, a script for self-reported health issues, the Edmonton Fragility Scale and an instrument developed and validated to investigate the use of assistive devices. Data were analyzed using the statistical software SAS®9.0 in which the descriptive analyzes and tests of association between the study variables were generated. The project was approved by the Research Ethics Committee of Ribeirão Preto College of Nursing-USP. As for the results, the majority were women (69.30%), widow(ed) (57.89%), retired (63.16%) and performed domestic activities (61.40%). The mean age was 85.49 years, and 22.81% of the elderly lived alone. The main health issues that interfered with daily living were back issues (24.56%) and arthritis (18.42%). Also in the descriptive analysis of the elderly, 79.82% had no cognitive impairment, 50% were independent in the six functions of the basic activities of daily living (BADL), 71.93% had a partial dependence in instrumental activities of daily living (IADL), 29.82% had no frailty, 25.44% were apparently vulnerable and 75.44% used at least one assistive device. The most commonly used devices were: glasses (45.61%), bars (21.93%) and canes (15.79%), and the subjects who most frequently used these devices were women (53.51%), aged 80-89 years (61.4%) who had no partner (55.26%) and lived with family members (30.70%). However, in the tests of association, statistical significance was found between the use of devices (wheelchair, cane, walker and glasses) and BADL; the use of devices (wheelchair, cane and glasses) and IADL; use of devices (wheelchair, cane, walker, grab bars) and frailty. In conclusion, the devices that were related to the ADL and frailty were predominantly those that promote and/or assisted mobility. This suggests that resident older elderly, in various functional and frailty levels, used and benefited from the assistive devices to minimize dependence on locomotion and in the performance of ADLs
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Uso de dispositivos assistivos por idosos mais velhos domiciliados e sua relação com a capacidade funcional e com a fragilidade / Use of assistive devices by resident older elderly and its relationship with functional capacity and frailty

Evilângela Maria Teixeira Gasparini 15 April 2015 (has links)
O uso de dispositivos assistivos tem sido um importante tema de interesse para pesquisas, em especial por se relacionar com a prevalência de limitações na capacidade funcional, bem como com a fragilidade em idosos. Esses dispositivos podem melhorar a autonomia, reduzir limitações funcionais, melhorar a qualidade de vida, promover melhor adaptação ao meio onde o idoso está inserido e prevenir ou reduzir níveis de fragilidade. Idosos mais velhos (80 anos e mais), residentes no domicílio, podem se beneficiar com o uso de dispositivos assistivos para se manter independentes pelo maior tempo possível. Assim, o objetivo geral deste estudo foi identificar o uso de dispositivos assistivos e sua relação com a capacidade funcional e com a fragilidade em idosos mais velhos residentes no domicílio. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo observacional e transversal, realizado com 114 idosos com 80 anos e mais, residentes no município de Ribeirão Preto-SP. O processo de amostragem foi probabilístico, por conglomerados e de duplo estágio. Na coleta de dados, foram feitas entrevistas no domicílio, utilizando um roteiro estruturado de caracterização, Miniexame do Estado Mental, Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody, roteiro de problemas de saúde autorreferidos, Escala de Fragilidade de Edmonton e um instrumento elaborado e validado para investigar o uso de dispositivos assistivos. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SAS®9.0, no qual foram gerados análises descritivas e os testes de associação entre as variáveis do estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP. Quanto aos resultados, a maioria dos idosos era mulher (69.30%), viúva (57.89%), aposentada (63.16%) e fazia atividade doméstica (61.40%). A idade média foi 85.49 anos e 22.81% dos idosos viviam sozinhos. Os principais problemas de saúde que interferiam no cotidiano foram os problemas de coluna (24.56%) e artrite (18.42%). Ainda da análise descritiva, 79.82% não apresentaram déficit cognitivo, 50% eram independentes nas seis funções das atividades básicas da vida diária (ABVDs), 71.93% tinham dependência parcial nas atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), 29.82% não apresentavam fragilidade, 25.44% eram aparentemente vulneráveis e 75.44% faziam uso de, pelo menos, um dispositivo assistivo. Os dispositivos mais usados foram: óculos (45.61%), barras (21.93%) e bengalas (15.79%), sendo que os idosos que mais usavam eram as mulheres (53.51%), na faixa etária de 80 a 89 anos (61.4%), que não tinham companheiro (55.26%) e que residiam com familiares (30.70%). No entanto, nos testes de associação, foram encontradas significâncias estatísticas entre o uso de dispositivos (cadeira de rodas, bengala, andador e óculos) e as ABVDs; uso de dispositivos (cadeira de rodas, bengala e óculos) e as AIVDs; uso de dispositivos (cadeira de rodas, bengala, andador, barras de apoio) e a fragilidade. Concluindo, os dispositivos que se relacionaram com as AVDs e fragilidade foram, predominantemente, aqueles que promovem e/ou auxiliam a mobilidade. Isto sugere que idosos mais velhos domiciliados, em vários níveis funcionais e de fragilidade, utilizam e se beneficiam com os dispositivos assistivos para minimizar a dependência na locomoção e na realização das AVDs / The use of assistive devices has been a major topic of interest for research, especially because it relates with the prevalence of limitations in functional capacity, as well as frailty in the elderly. These devices can improve the autonomy, reduce functional limitations, improve quality of life, better adaptation to the elderly environment and prevent or reduce frailty levels. Resident plder elderly (80 years and over) can benefit from the use of assistive devices to stay independent as long as possible. Thus, the general aim of this study was to identify the use of assistive devices and its relation with functional capacity and frailty in resident older elderly. This is a quantitative observational cross-sectional study performed with 114 elderly aged 80 and over, living in Ribeirão Preto-SP. The sampling was probabilistic, dual- stage clustering. For data collection, interviews were made at home, using a structured script for characterization, the Mini Mental State Examination, the Katz Index, the Lawton and Brody Scale, a script for self-reported health issues, the Edmonton Fragility Scale and an instrument developed and validated to investigate the use of assistive devices. Data were analyzed using the statistical software SAS®9.0 in which the descriptive analyzes and tests of association between the study variables were generated. The project was approved by the Research Ethics Committee of Ribeirão Preto College of Nursing-USP. As for the results, the majority were women (69.30%), widow(ed) (57.89%), retired (63.16%) and performed domestic activities (61.40%). The mean age was 85.49 years, and 22.81% of the elderly lived alone. The main health issues that interfered with daily living were back issues (24.56%) and arthritis (18.42%). Also in the descriptive analysis of the elderly, 79.82% had no cognitive impairment, 50% were independent in the six functions of the basic activities of daily living (BADL), 71.93% had a partial dependence in instrumental activities of daily living (IADL), 29.82% had no frailty, 25.44% were apparently vulnerable and 75.44% used at least one assistive device. The most commonly used devices were: glasses (45.61%), bars (21.93%) and canes (15.79%), and the subjects who most frequently used these devices were women (53.51%), aged 80-89 years (61.4%) who had no partner (55.26%) and lived with family members (30.70%). However, in the tests of association, statistical significance was found between the use of devices (wheelchair, cane, walker and glasses) and BADL; the use of devices (wheelchair, cane and glasses) and IADL; use of devices (wheelchair, cane, walker, grab bars) and frailty. In conclusion, the devices that were related to the ADL and frailty were predominantly those that promote and/or assisted mobility. This suggests that resident older elderly, in various functional and frailty levels, used and benefited from the assistive devices to minimize dependence on locomotion and in the performance of ADLs
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Envelhecimento e auto-eficácia: dispositivos assistivos desenvolvidos e adaptados pelos idosos

Mussolini, Claudia Cristina 16 February 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:47:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Claudia Cristina Mussolini.pdf: 5103559 bytes, checksum: 952d3dbe93a9759e8c64b64fc8538643 (MD5) Previous issue date: 2007-02-16 / Assistive devices are used by elderly people to help them in their daily tasks, at work and in their integration with the community. Such devices contribute to the improvement of the elderly s functional capacity. During our field research, our attention was drawn to the fact that some of the elderly people devised and made their own assistive devices. In order to understand such behavior, our study employed a quantitative approach through semi-structured interviews with five elderly people, residents of the city of São Paulo, Brazil. Results showed that through a facilitating physical and social environment, defined types of self-efficacy expression were enabled (BANDURA, 1977;1991;1993), thus allowing those elderly people to efficiently devise, make and use albeit with some functional limitations the device that they needed. Furthermore, the assistive device built by the elderly serves as a continuous feedback for their self-esteem, since it bears the marks of their identity and life history traits. The presence of self-efficacy in the elderly s personality is an inner resource capable of minimizing the effects of functional incapacities, which may, in turn, affect their well-being and quality of life during their ageing process. Therefore, geriatric assistance programs should support and encourage the creative and productive potential of older individuals as a means to ensure their social integration and participation / Dispositivos assistivos são utilizados por idosos para auxiliá-los nas atividades de vida diária, no trabalho e na integração com a comunidade, tendo como objetivo principal a melhora da capacidade funcional. Em nossa experiência de campo, chamou a nossa atenção, o fato de alguns idosos utilizarem dispositivos assistivos idealizados e construídos por eles mesmos. Para entender este comportamento, nosso estudo utilizou-se da abordagem qualitativa, através de entrevistas semi-estruturadas com cinco idosos moradores da Cidade de São Paulo. Como resultado, percebemos que através de um ambiente físico e social facilitador houve a possibilidade da expressão da auto-eficácia (BANDURA, 1977;1991;1993) contribuindo para que estes idosos mesmo com algumas limitações funcionais - fossem capazes de pensar, construir e usar com eficiência o dispositivo que lhe faltava. Além disso, o dispositivo assistivo construído serve de constante feedback para a auto-estima dos idosos, pois traz em si marcas da sua identidade e da sua história de vida. A presença da auto-eficácia na personalidade dos idosos serve como um recurso interno para minimizar os efeitos das incapacidades funcionais que podem afetar o bem-estar e a qualidade de vida no envelhecimento. Cabe, portanto, aos programas com caráter gerontológico estimular o potencial vivencial e criativo deste segmento garantindo a sua integração e atuação social

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