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A contabilidade dos nomes no português brasileiro / Countability of nouns in brazilian portugueseMartins, Nize da Rocha Santos Paraguassú 27 August 2010 (has links)
Esta tese investiga a denotação dos nomes comuns nas línguas naturais. De forma mais específica enfoca a denotação dos nomes comuns no português brasileiro (PB). O objetivo é investigar os mecanismos que licenciam contabilidade no PB. Primeiramente investiga-se a denotação dos nomes no PB frente à proposta de Borer (2005). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas estruturalmente, mas que interpretações massivas não, e, nesse sentido, interpretações massivas são default. Segundo Borer (2005), o plural, em línguas como o inglês, e os classificadores, em línguas como o chinês, são sintagmas de classificação que originam interpretações contáveis, cujo núcleo tem um valor aberto div, onde DIV é um operador de divisão. A ausência desses sintagmas confere uma interpretação massiva aos nomes. Diferentemente da maioria das línguas germânicas e românicas que permitem a ocorrência do plural nu, mas não permitem a ocorrência do singular nu, no PB, o singular nu é extremamente produtivo. Assim, se Borer (2005) estiver certa, no PB os nomes são massivos, pois os nomes nessa língua podem ocorrer sem nenhuma estrutura que os divida, denotando uma massa amorfa, sem divisão. No entanto, a análise dos dados do PB mostra, contra as previsões de Borer (2005), que a denotação default dos nomes, independentemente de ser indeterminada para número, pode ser massiva ou contável e que tais nomes já vêm com essa denotação marcada do léxico. Em segundo lugar, investiga-se a denotação dos nomes lexicalmente contáveis em estruturas não marcadas para contabilidade. Como Rullmann e You (2003) defendem para o chinês, o PB é uma língua em que os nomes possuem número geral, isto é, não são singular nem plural, são neutros para número, como defendem Müller (2001) e Schmitt e Munn (1999, 2002) para o PB. Línguas que possuem número geral geralmente não possuem morfologia de número, entretanto, o PB é um exemplo de língua que possui número geral, classificação e morfologia de número. Em terceiro lugar, investiga-se a denotação dos nomes segundo a proposta de Rothstein (2007). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas por um mecanismo de contabilidade gramatical. Segundo Rothstein (2007), o singular em línguas como o inglês e os classificadores numéricos em línguas como o chinês são operações gramaticais que licenciam interpretações contáveis. Como o PB é uma língua que possui número geral, classificadores numéricos e morfologia de número, defende-se a tese de que nessa língua o que licencia contabilidade são as operações de número e de classificação. / This thesis investigates common noun denotations in natural languages. To be more specific, it encompasses common noun denotations in Brazilian Portuguese (BP). Its objective is to investigate the mechanisms which licence countability in BP. Firstly, noun denotation in BP is investigated according to Borers proposal (2005). The author argues that count interpretations are structurally licensed, while mass interpretations are not, thus in this sense, mass interpretations are default. According to Borer (2005), the plural morphology, in languages such as English, and the classifiers, in languages such as Chinese, are classifiers phrases which originate count interpretations with opened value nucleus div, where DIV is a division operator. The absence of these classifiers phrases bestows mass interpretation to the nouns. Contrary to most Germanic and Romance languages which permit bare plurals, but do not permit bare singulars, in BP, the bare singular is extremely productive. Thus, if Borer (2005) is right, nouns are mass-denoting in BP since they can occur without any distinctive structure, denoted amorphous mass, undivided. However, data analysis in BP opposes the predictions of Borer (2005) that a default noun denotation, regardless of being indeterminate in number, can be a mass or count denotation, and that such nouns already have this lexical denotation. Secondly, lexical denotation of count nouns in unmarked structures is investigated for countability. As Rullman and Aili You (2003) defend Chinese, BP is a language in which nouns have general number, that is, they are neither singular nor plural, they are neutral for number, as defended by Müller (2001) and Schmitt e Munn (1999, 2002). Languages with general number do not have plural morphology, but BP is an example of a language that has general number, numeral classifier and plural morpheme. Thirdly, denotation of names according to Rothstein (2007) is investigated. The author argues that countable interpretations are licensed by a mechanism of grammatical countability. According to Rothstein (2007), singular morphology in languages such as English and numeral classifiers in languages such as Chinese are grammatical operations which licence count interpretations. Since BP is a language that has general number, numeral classifiers and plural morphology, the thesis that, in this language, number and classification operations licence countability is defended.
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Nomes nus e classificadores do chinês mandarin: uma análise a partir da tipologia linguística sobre os sintagmas nominais / Bare nouns and numeral classifiers in Mandarin Chinese: an analysis from the linguistic typology about noun phrasesJianbo, Zhang 30 July 2008 (has links)
Esta dissertação investiga nomes nus e classificadores numerais do chinês mandarim, assim como a distinção lexical entre nomes contáveis e massivos do chinês. O objetivo deste trabalho é estudar e avaliar as possíveis denotações dos nominais do chinês mandarim. O texto é divido em três partes. Na primeira, investigam-se nomes nus do chinês mandarim, que manifestam número geral. Defende-se que o número geral não ocorre em sintagmas nominais em que existe numeral. No Chinês mandarim, nomes nus podem ser interpretados como indefinidos, definidos e genéricos de acordo com suas posições sintáticas e contextos em que ocorrem. A hipótese defendida na segunda parte da dissertação é a de que, no chinês mandarim, há distinção lexical entre nomes contáveis e massivos. Um fator importante na distinção contável-massivo do chinês mandarim é a presença de classificadores e suas relações com os nomes. Defende-se que a combinação entre os nomes e os classificadores é seletiva e, com base nisso, os nomes comuns do chinês podem ser divididos em nomes contáveis, nomes massivos, nomes coletivos, nomes abstratos e nomes próprios. Além de classificador, mais uma evidência para a contabilidade dos nomes do chinês é o morfema men. A terceira parte da dissertação avalia a presença de classificador nos sintagmas nominais com numerais. Defende-se que diferentes grupos de classificadores possuem diferentes funções: classificadores individuais são marcadores gramaticais de contabilidade e não têm a função individualizadora e, os outros grupos têm suas restrições na combinação com os nomes. A combinação entre numeral e classificador pode ser tratada como um núcleo complexo que ocorre morfologicamente como um item lexical, mas o numeral pode-se omitir dentro deste complexo e classificador não. Sendo assim, Os classificadores devem ser tratados como um sufixo na sua ocorrência dentro do complexo [Num-CL], mas como um clítico em outras ocorrências. / This dissertation investigates bare nouns and numeral classifiers in Mandarin Chinese, as well as the lexical distinction between count and mass nouns of Chinese. The goal of this work is to study and assess the possible denotations of nominals in Mandarin Chinese. The dissertation is divided in three parts. In the first part, the bare nominals in Mandarin Chinese will be investigated and they have general number. We argue that the general number can not happen in noun phrases when they contain numerals. In Mandarin Chinese, the bare nouns can be interpreted as indefinites, definites and generics, according to their syntactic positions and contexts in that they happen. The hypothesis presented in the second part of this dissertation is that in Mandarin Chinese, there is the lexical distinction between count and mass nouns. One important factor in this count-mass distinction of Mandarin Chinese is the presence of classifiers and their relationships with the nouns. We argue that, based on the selective combination between names and classifiers, the common nouns of Chinese can be divided in count nouns, mass nouns, collective nouns, abstract nouns and proper nouns. Besides the classifier, one more evidence for the accounting of Chinese\'s names is the morpheme men. The third part of the dissertation assesses the classifiers presence in the noun phrases with numerals. We argue that, different groups of classifiers have different functions: the individual classifiers are grammatical markers of accounting and they do not have the individualizing function, while the other groups have their restrictions in the combination with the nouns. The combination between the numeral and the classifier can be treated as a complex head that happens morphologically as a lexical item, but the numeral in which can be omitted in some contexts and the classifier can not. Thus, the classifiers should be treated as a suffix in his occurrence with the complex [Num-CL], but as a clitic in other occurrences.
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A contabilidade dos nomes no português brasileiro / Countability of nouns in brazilian portugueseNize da Rocha Santos Paraguassú Martins 27 August 2010 (has links)
Esta tese investiga a denotação dos nomes comuns nas línguas naturais. De forma mais específica enfoca a denotação dos nomes comuns no português brasileiro (PB). O objetivo é investigar os mecanismos que licenciam contabilidade no PB. Primeiramente investiga-se a denotação dos nomes no PB frente à proposta de Borer (2005). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas estruturalmente, mas que interpretações massivas não, e, nesse sentido, interpretações massivas são default. Segundo Borer (2005), o plural, em línguas como o inglês, e os classificadores, em línguas como o chinês, são sintagmas de classificação que originam interpretações contáveis, cujo núcleo tem um valor aberto div, onde DIV é um operador de divisão. A ausência desses sintagmas confere uma interpretação massiva aos nomes. Diferentemente da maioria das línguas germânicas e românicas que permitem a ocorrência do plural nu, mas não permitem a ocorrência do singular nu, no PB, o singular nu é extremamente produtivo. Assim, se Borer (2005) estiver certa, no PB os nomes são massivos, pois os nomes nessa língua podem ocorrer sem nenhuma estrutura que os divida, denotando uma massa amorfa, sem divisão. No entanto, a análise dos dados do PB mostra, contra as previsões de Borer (2005), que a denotação default dos nomes, independentemente de ser indeterminada para número, pode ser massiva ou contável e que tais nomes já vêm com essa denotação marcada do léxico. Em segundo lugar, investiga-se a denotação dos nomes lexicalmente contáveis em estruturas não marcadas para contabilidade. Como Rullmann e You (2003) defendem para o chinês, o PB é uma língua em que os nomes possuem número geral, isto é, não são singular nem plural, são neutros para número, como defendem Müller (2001) e Schmitt e Munn (1999, 2002) para o PB. Línguas que possuem número geral geralmente não possuem morfologia de número, entretanto, o PB é um exemplo de língua que possui número geral, classificação e morfologia de número. Em terceiro lugar, investiga-se a denotação dos nomes segundo a proposta de Rothstein (2007). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas por um mecanismo de contabilidade gramatical. Segundo Rothstein (2007), o singular em línguas como o inglês e os classificadores numéricos em línguas como o chinês são operações gramaticais que licenciam interpretações contáveis. Como o PB é uma língua que possui número geral, classificadores numéricos e morfologia de número, defende-se a tese de que nessa língua o que licencia contabilidade são as operações de número e de classificação. / This thesis investigates common noun denotations in natural languages. To be more specific, it encompasses common noun denotations in Brazilian Portuguese (BP). Its objective is to investigate the mechanisms which licence countability in BP. Firstly, noun denotation in BP is investigated according to Borers proposal (2005). The author argues that count interpretations are structurally licensed, while mass interpretations are not, thus in this sense, mass interpretations are default. According to Borer (2005), the plural morphology, in languages such as English, and the classifiers, in languages such as Chinese, are classifiers phrases which originate count interpretations with opened value nucleus div, where DIV is a division operator. The absence of these classifiers phrases bestows mass interpretation to the nouns. Contrary to most Germanic and Romance languages which permit bare plurals, but do not permit bare singulars, in BP, the bare singular is extremely productive. Thus, if Borer (2005) is right, nouns are mass-denoting in BP since they can occur without any distinctive structure, denoted amorphous mass, undivided. However, data analysis in BP opposes the predictions of Borer (2005) that a default noun denotation, regardless of being indeterminate in number, can be a mass or count denotation, and that such nouns already have this lexical denotation. Secondly, lexical denotation of count nouns in unmarked structures is investigated for countability. As Rullman and Aili You (2003) defend Chinese, BP is a language in which nouns have general number, that is, they are neither singular nor plural, they are neutral for number, as defended by Müller (2001) and Schmitt e Munn (1999, 2002). Languages with general number do not have plural morphology, but BP is an example of a language that has general number, numeral classifier and plural morpheme. Thirdly, denotation of names according to Rothstein (2007) is investigated. The author argues that countable interpretations are licensed by a mechanism of grammatical countability. According to Rothstein (2007), singular morphology in languages such as English and numeral classifiers in languages such as Chinese are grammatical operations which licence count interpretations. Since BP is a language that has general number, numeral classifiers and plural morphology, the thesis that, in this language, number and classification operations licence countability is defended.
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Nomes nus e classificadores do chinês mandarin: uma análise a partir da tipologia linguística sobre os sintagmas nominais / Bare nouns and numeral classifiers in Mandarin Chinese: an analysis from the linguistic typology about noun phrasesZhang Jianbo 30 July 2008 (has links)
Esta dissertação investiga nomes nus e classificadores numerais do chinês mandarim, assim como a distinção lexical entre nomes contáveis e massivos do chinês. O objetivo deste trabalho é estudar e avaliar as possíveis denotações dos nominais do chinês mandarim. O texto é divido em três partes. Na primeira, investigam-se nomes nus do chinês mandarim, que manifestam número geral. Defende-se que o número geral não ocorre em sintagmas nominais em que existe numeral. No Chinês mandarim, nomes nus podem ser interpretados como indefinidos, definidos e genéricos de acordo com suas posições sintáticas e contextos em que ocorrem. A hipótese defendida na segunda parte da dissertação é a de que, no chinês mandarim, há distinção lexical entre nomes contáveis e massivos. Um fator importante na distinção contável-massivo do chinês mandarim é a presença de classificadores e suas relações com os nomes. Defende-se que a combinação entre os nomes e os classificadores é seletiva e, com base nisso, os nomes comuns do chinês podem ser divididos em nomes contáveis, nomes massivos, nomes coletivos, nomes abstratos e nomes próprios. Além de classificador, mais uma evidência para a contabilidade dos nomes do chinês é o morfema men. A terceira parte da dissertação avalia a presença de classificador nos sintagmas nominais com numerais. Defende-se que diferentes grupos de classificadores possuem diferentes funções: classificadores individuais são marcadores gramaticais de contabilidade e não têm a função individualizadora e, os outros grupos têm suas restrições na combinação com os nomes. A combinação entre numeral e classificador pode ser tratada como um núcleo complexo que ocorre morfologicamente como um item lexical, mas o numeral pode-se omitir dentro deste complexo e classificador não. Sendo assim, Os classificadores devem ser tratados como um sufixo na sua ocorrência dentro do complexo [Num-CL], mas como um clítico em outras ocorrências. / This dissertation investigates bare nouns and numeral classifiers in Mandarin Chinese, as well as the lexical distinction between count and mass nouns of Chinese. The goal of this work is to study and assess the possible denotations of nominals in Mandarin Chinese. The dissertation is divided in three parts. In the first part, the bare nominals in Mandarin Chinese will be investigated and they have general number. We argue that the general number can not happen in noun phrases when they contain numerals. In Mandarin Chinese, the bare nouns can be interpreted as indefinites, definites and generics, according to their syntactic positions and contexts in that they happen. The hypothesis presented in the second part of this dissertation is that in Mandarin Chinese, there is the lexical distinction between count and mass nouns. One important factor in this count-mass distinction of Mandarin Chinese is the presence of classifiers and their relationships with the nouns. We argue that, based on the selective combination between names and classifiers, the common nouns of Chinese can be divided in count nouns, mass nouns, collective nouns, abstract nouns and proper nouns. Besides the classifier, one more evidence for the accounting of Chinese\'s names is the morpheme men. The third part of the dissertation assesses the classifiers presence in the noun phrases with numerals. We argue that, different groups of classifiers have different functions: the individual classifiers are grammatical markers of accounting and they do not have the individualizing function, while the other groups have their restrictions in the combination with the nouns. The combination between the numeral and the classifier can be treated as a complex head that happens morphologically as a lexical item, but the numeral in which can be omitted in some contexts and the classifier can not. Thus, the classifiers should be treated as a suffix in his occurrence with the complex [Num-CL], but as a clitic in other occurrences.
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