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Perfil clínico, demográfico e sócio-econômico de adultos com cardiopatias congênitas em centro de referência em Salvador-BahiaCosta, Anabel Góes January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Doença Cardíaca Congênita (DCC) é definida como má formação cardiovascular presente desde o nascimento. A DCC em adultos tem emergido como uma área de especial interesse em cardiologia devido a uma maior sobrevida destes pacientes. Objetivos: Descrever o perfil clínico, demográfico e sócio-econômico de adultos com cardiopatias congênitas e avaliar a associação entre qualidade de vida e tipo de cardiopatia congênita, e características sóciodemográficas. Métodos: Estudo transversal com 192 pacientes maiores de 18 anos matriculados no Ambulatório de Cardiopatia Congênita no Adulto do Hospital Santa Izabel. Foi preenchida ficha com aspectos clínicos e exames complementares, utilizando questionário específico para dados demográficos e sócio-econômicos e avaliada qualidade de vida através do questionário WHOQOL-bref. Resultados: A média (DP) de idade foi 31,3 (12,2) anos, 108 (56,3%) mulheres, etnia parda (60,7%), 112 (73,2%) solteiros, 62 pacientes empregados (40,8%). A idade no diagnóstico mostrou mediana de 4,0 anos (0,2 – 23,7). Quanto ao tipo de cardiopatia, 141 (73,4%) eram acianogênicos, com hiperfluxo em 102 (72,3%). CIA Ostium Secundum em 45 (23,4%), T4F 34 (17,7%) e CIV 21 (10,9%) pacientes. A mediana da idade na cirurgia foi 13,2 anos (5,6 – 28,9) com tempo de pós-operatório de 9,0 anos (3,0 – 18,2). Foram classificados em: Cirurgicamente Corrigido, 68 (36,5%); Cirurgicamente Curado, 55 (29,6%); Aguardando Cirurgia, 28 (15,0%); Clínico, 22 (11,8%); Inoperável, 11 (5,9%) e Cirurgicamente Paliado, 2 (1,1%). A maioria (64,4%) encontrava-se em Classe Funcional I/IV. Quarenta e cinco mulheres (72,6%) apresentaram gestação com incidência de nativivos doentes ou natimortos em 13,3%. Trinta e nove (20,3%) apresentavam hipertensão pulmonar. No domínio físico, pacientes do sexo masculino, em classe funcional I e na faixa etária entre 18 e 28 anos apresentaram melhor qualidade de vida (QV) enquanto pacientes com classificação clínica inoperável mostrou a pior. Baixa escolaridade e classes sociais inferiores se associaram com pior QV no domínio psicológico. Apenas pacientes na classe social E e no grupo inoperável mostrou menor QV no domínio das relações sociais. Conclusões: Trata-se de população predominante na terceira década de vida, com correção cirúrgica tardia e na sua maioria submetida a pelo menos um procedimento intervencionista. A evolução clínica favorável foi predominante, relacionando-se à benignidade das patologias e a maior sobrevida dos casos cirurgicamente curados ou corrigidos. A qualidade de vida foi influenciada pelo gênero, classe funcional, faixa etária, grau de instrução e classe social.
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