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Construção, validação e normatização da Escala de Predisposição à Ocorrência de Eventos Adversos (EPEA)Lobão, William Mendes 29 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-29 / Este estudo teve por objetivo construir, validar e normatizar a Escala de Predisposição à Ocorrência de Eventos Adversos (EPEA). A EPEA foi construída como um escala do tipo Likert, buscando avaliar as atitudes dos enfermeiros sobre os aspectos da estrutura e processo que podem comprometer a qualidade do cuidado de enfermagem em UTI, tendo como indicador de resultados o evento adverso (EA). Para a definição do construto e elaboração dos itens do instrumento, foi realizado um levantamento bibliográfico, a partir de critérios e recomendações de organizações nacionais e internacionais de promoção à qualidade do cuidado e segurança do paciente em UTI, que resultou em um instrumento preliminar contendo 90 itens, divididos em três dimensões tendo como pressuposto a abordagem teórica proposta por Donabedian (1980) para a avaliação da qualidade do cuidado em saúde (estrutura, processo e resultado). Foi realizada a validação de conteúdo do instrumento por meio da técnica de análise de juízes e análise semântica. A EPEA resultante desta etapa continha 34 itens agrupados em três dimensões: estrutura (18 itens), processo (43 itens) e resultado (3 itens). Os locais da investigação foram seis unidades de terapia intensiva de alta complexidade de hospitais gerais e de ensino, sendo três hospitais públicos e três hospitais filantrópicos localizados no município de Salvador, Bahia. A amostra do estudo de validação da EPEA compreendeu 128 enfermeiros, sendo a grande maioria do sexo feminino (90,6%). Destes, 63 (49,2%) trabalhavam em UTI públicas e 65 (50,8%) nas UTI filantrópicas. O estudo da validade do construto se deu pela técnica de análise fatorial, onde inicialmente, optou-se ela associação da dimensão resultado à dimensão processo devido a seu reduzido número de itens, e ao fato de toda a escala ter sido baseada em medidas de segurança do paciente voltadas à prevenção do evento adverso (indicador de resultado). Foram retirados seis itens da abordagem estrutura e nove itens da abordagem processo por apresentarem cargas fatoriais inferiores a 0,30. O total da variância explicada para as duas abordagens (estrutura = 22,85%; processo = 23,89%) após a extração destes itens reflete um bom grau de representação em relação ao traço latente. O exame da fidedignidade da EPEA através do alpha de Cronbach obteve como resultado os seguintes coeficientes: 0,796 indicando boa confiabilidade para 12 itens da abordagem estrutura, e 0,919 indicando boa confiabilidade para 34 itens da abordagem processo. Tais resultados demonstram um bom nível de consistência interna do instrumento. Para a normatização dos escores da EPEA foi utilizada uma norma intragrupo com a definição de três faixas percentílicas, por abordagem, para avaliação da atitude dos Enfermeiros frente às condições que predispõem a ocorrência de eventos adversos em UTI: baixa percepção (x < 50), média percepção (50 ≤ x ≤ 75) e alta percepção (x > 75). Tendo por base seus indicadores psicométricos, verifica-se que a EPEA pode ser considerada uma medida válida para avaliar as atitudes dos enfermeiros frente aos fatores que podem predispor a ocorrência dos eventos adversos em UTI. / Salvador
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