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Enfim s??: um olhar sobre o universo de pessoas idosas que moram sozinhas no munic??pio de Belo Horizonte (MG), 2007

Camargos, Mirela Castro Santos January 2008 (has links)
Submitted by Gustavo Gomes (gustavolascasas@gmail.com) on 2013-09-03T12:25:14Z No. of bitstreams: 2 Enfim s?? um olhar sobre o universo de pessoas idosas que moram sozinhas.pdf: 1001032 bytes, checksum: 97d6f5849744164167fb818c0f5733e5 (MD5) license_rdf: 23599 bytes, checksum: 9e2b7f6edbd693264102b96ece20428a (MD5) / Approved for entry into archive by Roger Guedes (roger.guedes@fjp.mg.gov.br) on 2013-09-03T15:35:08Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Enfim s?? um olhar sobre o universo de pessoas idosas que moram sozinhas.pdf: 1001032 bytes, checksum: 97d6f5849744164167fb818c0f5733e5 (MD5) license_rdf: 23599 bytes, checksum: 9e2b7f6edbd693264102b96ece20428a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-09-03T15:35:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Enfim s?? um olhar sobre o universo de pessoas idosas que moram sozinhas.pdf: 1001032 bytes, checksum: 97d6f5849744164167fb818c0f5733e5 (MD5) license_rdf: 23599 bytes, checksum: 9e2b7f6edbd693264102b96ece20428a (MD5) Previous issue date: 2008 / Funda????o Jo??o Pinheiro / Este estudo teve como objetivo investigar diferentes aspectos que condicionam a vida de idosos que moram sozinhos. Para isto, foram realizadas 40 entrevistas em profundidade, contando com a participa????o de idosos residentes nas diversas regi??es do munic??pio de Belo Horizonte, pertencentes a diferentes grupos socioecon??micos. A escolha de Belo Horizonte se justifica pela possibilidade de contrastar o estilo de vida de uma grande metr??pole brasileira com caracter??sticas da tradicional fam??lia mineira na qual a popula????o idosa atual parece ainda se sustentar. A utiliza????o de entrevistas em profundidade permitiu que o leque de investiga????o fosse al??m do foco nos fatores associados ?? decis??o de morar sozinho. Com isto, ?? poss??vel ir al??m da identifica????o dos fatores associados ?? op????o por morar sozinho, para focalizar, sobretudo, os mecanismos que norteiam a forma????o desse tipo de arranjo domiciliar. Para garantir a confiabilidade das entrevistas foi ministrado a todos os entrevistados o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que avalia o estado cognitivo do respondente. Este procedimento permitiu que fossem inclu??dos na amostra apenas aqueles indiv??duos que n??o apresentavam d??ficits cognitivos. Dada a import??ncia do bem-estar psicol??gico nas respostas fornecidas pelos entrevistados, foi tamb??m ministrada aos idosos selecionados a vers??o brasileira da Escala de Depress??o Geri??trica (EDG) reduzida. Entre os idosos entrevistados, quase metade come??ou a viver sozinho antes de completar 60 anos de idade, indicando que se trata mais de uma op????o do que uma imposi????o contingenciada pela redu????o de alternativas de recompor as perdas por morte ou separa????o. Como era de se esperar, a grande maioria dos idosos entrevistados foi constitu??da por mulheres, j?? que elas comp??em a maior parte do universo das pessoas com 60 anos ou mais. Ainda assim, observou-se diferencial por sexo nos relatos que descrevem os desafios vivenciados no in??cio da vida sozinho. Em conson??ncia com o estere??tipo que pontua as rela????es de g??nero, ao decidirem morar sozinhos, os homens reclamam ter que assumir pap??is dito femininos, como cuidar de afazeres dom??sticos. Na mesma linha, as mulheres apontam as dificuldades em assumir responsabilidades ditas masculinas, como fazer movimenta????es banc??rias e ordenar e aferir a presta????o de servi??os. Ainda que pautado, em maior ou menor medida, pelo relato de adversidades, o tom das entrevistas esteve muito longe de poder ser considerado nost??lgico ou triste. Os idosos entrevistados dizem n??o se sentirem sozinhos ou n??o ficarem sozinhos e advertem, com veem??ncia, que n??o desejam ficar ou se sentirem sozinhos. Os relatos revelam a inconteste tentativa desses idosos de buscar e conseguir interlocu????o com parentes e amigos n??o apenas quando se sentem impotentes, como diante de epis??dio de doen??as. Diferentemente da t??nica vigente nos anos 1980 e 1990, eles n??o disseram serem vistos como trapo ou como pessoas in??teis. Ao contr??rio, foram quase un??nimes em destacar que, mesmo vivendo sozinhos, se sentem amparados por parentes ou amigos, o que lhes garante uma condi????o diferente daquela de se sentirem s??s. O discurso que deles pareceu ecoar foi que n??o existiam idosos isolados, mas sim formas distintas de se relacionarem com familiares e amigos. Distintas porque n??o marcadas apenas por trocas financeiras, mas tamb??m, e principalmente, por trocas de carinho. Para a maioria dos idosos entrevistados esse sentimento de solid??o teria lugar se, um dia, que eles esperam ou desejam que nunca chegue, se virem obrigados a residir em asilo ou abrigo fora do ambiente familiar. Fora desse ambiente, n??o enxergam luz no final do t??nel. / The aim of the present study was to investigate different aspects related to elderly who live alone in the city Belo Horizonte, state of Minas Gerais, Brazil. Forty in-depth interviews were conducted with elderly individuals of 60 years of age or above. In the sample design, a deliberate effort was made to include elderly of different socioeconomic groups. The qualitative approach in analyzing the interviews allowed the researcher to go beyond the associated factors related to the decision that guided the elderly in living alone. In order to assure the quality of the data collected during the interviews the Mini Mental State Examination was ministered to all respondents and only those who scored the minimum in the test were selected. Also, the Depression Scale (adapted for Brazil) was ministered. Results showed that almost half of the sample lived alone before achieving the age of 60, which indicates that the choice is mostly driven by an option, deliberated, than by a contingency driven by the diminished alternatives of living with someone else. As expected, most of the elderly were women, but differences by sex did exist, especially in the challenges faced by the elderly. Men talked about having to do the female tasks, such as cooking, and going to the supermarket. Women, in their turn, talked about doing male tasks, such as going to bank. The tone of the interviews was not marked by sadness or nostalgic feelings, and the elderly talked on their relationship with family and friends, as a source of emotional support and of help, in case of illnesses. Also, the elderly reassured that, for them, there was no isolation that surrounded the lives of those who lived alone, but distinct ways of relating to family and friends could exist. Finally, most of individuals who were interviewed mentioned that the feeling of being alone and isolated would emerge in case they had to reside in an asylum or in other institution, since, to be happy, they want to be surrounded by their family. / Sa??de

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