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INTERCEPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA DA RESERVA BIOLÓGICA DE DUAS BOCAS, CARIACICA (ES) BRASILLOPEZ, J. F. B. 23 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-23 / A interceptação é o primeiro processo pelo qual a água da chuva passa na bacia hidrográfica, sendo seu monitoramento fundamental no sistema hidrológico. Em função disto, este trabalho analisa a interceptação das águas pluviais em um fragmento de Mata Atlântica da Reserva Biológica de Duas Bocas (RBDB), no município de Cariacica, ES, Brasil, no período compreendido entre setembro de 2014 e setembro de 2015. Para atingir os objetivos foram instaladas quatro estações termopluviométricas automáticas, sendo três delas captadoras de precipitação interna (Pi - E1, E2 e E3), estando sob o dossel da floresta primária e, uma de precipitação total (PT - EC) a céu aberto; todas compostas por pluviômetros automáticos com monitoramento de dados a cada 5 minutos. Concomitante ao monitoramento da interceptação foi realizado o acompanhamento mensal da área do dossel da cobertura florestal por meio de fotografias hemisféricas, utilizando lente olho de peixe modelo Bower F 3,5CS(AE). A obtenção da área do dossel foi efetuada mediante uso do software Gap Leaf Area (GLA®) para os três pluviômetros sob floresta. Como metodologia para definir a localização das estações foram evitadas as clareiras e procurou-se semelhanças nos dosséis na instalação de três parcelas experimentais com 3 subparcelas cada uma, com uso do clinômetro foram obtidos dados de altura das árvores, e com cinta métrica, Circunferência à Altura do Peito (CAP) e Diâmetro à Altura do Peito (DAP), considerando apenas as árvores com CAP maior que 10 cm. Posteriormente foram instaladas as estações termopluviométricas para estimativa de interceptação e uso do modelo proposto por Horton (1919), Blake (1975) e Lima; Nicolielo (1983). Além disso os dados de chuva foram classificados por evento segundo sua intensidade e quantidade, seguindo os intervalos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), eventos fracos de 0 a 5 mm, intermediários de 5,1 25 mm e eventos fortes 25,1mm >. Os resultados de índices pluviais, evidenciaram dominância na E1 ao obter maiores perdas por interceptação com registro de Pi 239,4mm anuais, com 344 eventos e 175,6mm de chuvas não interceptadas, seguida da estação 2 com 511,6mm, 481 eventos e 226,6mm de chuva não interceptada, e finalmente na estação 3 apresentou-se 613,8 de chuva anual, 631 eventos e 371,2mm de chuva não interceptada, todos os dados foram obtidos a partir das informações pluviométricas da estação controle (EC). Os dados de cobertura vegetal apontaram que a estação 1 possui maior percentual de cobertura no dossel em relação aos demais pontos da floresta, com uma média de 85 % de área protegida e 4,57 m/m2 de Índice de Área Foliar (IAF) seguida da estação 2 com 84,25% e 4,53 m/m2 enquanto a estação 3 possui 80,09% de área coberta e 3,97 m/m2 de IAF. A interceptação pluvial, objeto principal do presente trabalho, evidenciou que a E1 também obteve maiores percentuais de interceptação, 57,85%, seguida da estação 2 com 51,74 %, enquanto a estação 3 apresentou 38,1%. Em relação ao número de eventos pluviométricos, 96,6% foram classificados como fracos apresentando interceptações de até o 98,4% nas três estações. Os eventos intermediários e fortes corresponderam a 2,7% e 0,6% respectivamente do total de eventos (2223). Portanto é verificado que fatores como dossel, intensidade, número de eventos e os índices pluviométricos interferem na quantificação da interceptação, constatado nas correlações moderas, fortes e muito fortes.
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