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O monstro das cidades: a construção midiática do traficante e a legalização da maconha no BrasilVianna, Antonio Carlos Ferreira 15 May 2017 (has links)
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Dissertação Antonio Vianna final.pdf: 2355799 bytes, checksum: 606ec55895ff2d7b5eed77e3d132d567 (MD5) / Esta dissertação analisa as mudanças discursivas na construção do perfil social do usuário de maconha nas reportagens do jornal O Globo, entre os anos 2006 e 2015, a partir de um corpus de 72 matérias que foram coletadas por sorteio. Identifica uma relação entre as transformações que vêm ocorrendo nas narrativas e as alterações jurídicas que tendem a defender a descriminalização do uso de maconha no Brasil, com base na retórica do risco (VAZ, 1999), que considera aceitável as ações que não afetem a busca pela felicidade individual dos outros cidadãos. Utiliza um viés interacionista para mapear como a construção do usuário de maconha se torna aceitável pela sociedade no momento em que se descola da figura monstruosa denominada de “traficante”, que a mídia busca reiterar nas notícias do cotidiano. Conclui que as visões preconceituosas sobre usuários de maconha, nas matérias jornalísticas, ocorrem apenas para classes menos favorecidas economicamente e que, com o advento da legalização da planta, ocorreria um aprofundamento da distinção social, já tão latente nas cidades cosmopolitas contemporâneas da América Latina. / This research analyzes the speech changes from the construction of the social profile of marijuana users in O Globo newspaper reports, between 2006 and 2015, since a sample of 72 subjects that were collected by a random method. It identifies the relationship between the changes in the narratives and the legal approaches, that tend to defend the decriminalization of marijuana use in Brazil, based on the rhetoric of risk (VAZ, 1999), which considers the actions acceptable, that do not affect the persuit individual happiness of other citizens. It uses an interactionist view to map how the construction of the marijuana user becomes acceptable to society as well as it takes off from the monstrous figure known as a "trafficker", which the media insists to reiterate in daily news. It concludes that prejudiced views on marijuana users in journalistic reports happen only for economically disadvantaged classes and that, with the advent of the plant legalization, the social distinction will increase, already so latent in the contemporary cosmopolitan cities of Latin American.
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