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Pecado, crime ou doença? representações sociais da dependência química / Sin, crime or disease? social representations of addictionMOTA, Leonardo de Araújo January 2008 (has links)
MOTA, Leonardo de Araújo. Pecado, crime ou doença? representações sociais da dependência química. 2008. 246f. Tese(Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós- Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2011-11-29T14:26:35Z
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Previous issue date: 2008 / Drug addiction is a relevant social problem in the contemporary society, affecting
thousands of individuals, and ignoring distinctions of social class, gender, race or
religious beliefs. Considering that most of the research addressed to this phenomenon
comes from medicine and psychology, the aim of this dissertation was to incorporate
this field in the realm of social sciences, analyzing addiction as a phenomenon with
various social meanings. Although this work doesn't concentrate on the biological and
psychological variables of the object, the focus of this research was to analyze how
certain social representations (sin, crime and disease) are associated with drug addiction
and influence the social construction of labels and stigma of this particular type of
transgression. The field research was accomplished mostly, in centers for recovery of
addiction and mutual help groups such as Alcoholic Anonymous and Narcotics
Anonymous. Using qualitative methodologies such as participant observation, interview
and focal groups. The subjects of the research were addicts and alcoholics in recovery,
therapists, doctors, social workers, policemen and clerics, all of them involved directly
with problems related with abuse of licit and illicit drugs. It was verified that addiction
is more defined as a disease, but it’s a special kind of pathology that also incorporates
representations of religion, moral and law. The subject of the solidarity among addicts
was also approached, as well as the presuppositions of the gift, considered an important
element of recovery and sociability. / A dependência química é um problema social relevante na sociedade contemporânea, atingindo milhares de indivíduos, ignorando distinções de classe social, gênero, etnia ou credo religioso. Considerando que a maioria das pesquisas endereçadas a este fenômeno se origina dos saberes médicos e psicológicos, a intenção desta tese é incluir este campo no âmbito das ciências sociais, privilegiando uma abordagem compreensiva da dependência química, analisando-a como um fenômeno polissêmico que possui estreito vínculo com o social. Embora este trabalho não menospreze as variáveis biológicas e psicológicas do objeto, o foco desta pesquisa foi averiguar como determinadas representações sociais (pecado, crime e doença) estão associadas ao abuso de drogas e influenciam na construção social de rótulos e estigmas relacionados a esta forma de transgressão. A pesquisa de campo foi realizada, majoritariamente, em clínicas de recuperação de dependentes químicos e grupos de ajuda mútua como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, utilizando metodologias qualitativas como observação participante, entrevista e grupo focal. Os sujeitos da pesquisa foram dependentes químicos em processo de recuperação, terapeutas, médicos, assistentes sociais, policiais e religiosos, todos envolvidos diretamente com problemas relacionados ao abuso de drogas lícitas e ilícitas. Constatou-se que a dependência química é cada vez mais definida como uma doença, mas trata-se de uma patologia complexa que também incorpora representações da religião, da moral e do direito penal. Também foi abordada a questão da solidariedade entre dependentes químicos, alicerçada nos pressupostos da dádiva, como recurso de recuperação e sociabilidade.
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