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Psicanálise e uso de drogas: articulações com a Redução de Danos no Sistema Único de Saúde (SUS)

Winning, Renata da Silva 27 April 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-07-18T11:46:22Z No. of bitstreams: 1 Renata da Silva Winning.pdf: 1184277 bytes, checksum: ab6391c3808e396e6cbdf3d2f7c771d2 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-18T11:46:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Renata da Silva Winning.pdf: 1184277 bytes, checksum: ab6391c3808e396e6cbdf3d2f7c771d2 (MD5) Previous issue date: 2018-04-27 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The relation of the human being with drugs has not always been protected by the State. Since the nineteenth century, paradigmatic changes have occurred in relation to drugs that culminated in the creation of specific policies to problems related to its consumption. The theoretical study developed here brought articulations between the psychoanalytic clinic and the harm reduction strategy by analysing its implantation in the Unified Health System (SUS). From that point, it was made a dialogue between the psychoanalytic propositions concerning the drug compulsive use phenomenon and its treatment as well as possible approximations with the harm reduction logic. We have debated, throughout this study, in which ways the discursive turns formalized by Jacques Lacan accompanied the historical, political and economic changes involving the use of drugs; we analysed the proposal of harm reduction; developed questions that guide psychoanalytic clinic; illustrated the divergences between the treatment direction within the institutional context concerning the harm reduction and abstinence simultaneously to the pre-condition and treatment aim. By presenting a logic that considers the autonomy, the bond and the general life context as the motto of its actions, disregarding the idea that drugs is the main problem to be treated and making abstinence more flexible as an ideal of cure. The strategies of harm reduction favor articulations with the psychoanalytic work, that, in turn, contributes to the particularity of the listening clinic and intervention from the subject of the unconscious / A relação do ser humano com as drogas nem sempre foi atividade tutelada pelo Estado. A partir do século XIX ocorreram mudanças paradigmáticas em relação às drogas que culminaram na criação de políticas específicas para problemas relacionados ao seu consumo. O estudo teórico aqui desenvolvido trouxe articulações entre a clínica psicanalítica e a estratégia de redução de danos por meio da análise de sua implantação no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir daí foi traçado um diálogo entre as proposições psicanalíticas acerca do fenômeno do uso compulsivo de drogas e de seu tratamento bem como suas possíveis aproximações com a lógica de redução de danos. Discutimos, ao longo deste estudo, de que maneira os giros discursivos formalizados por Jacques Lacan acompanham as mudanças históricas, políticas e econômicas envolvendo o uso de drogas; analisamos a proposta de redução de danos; desenvolvemos questões que norteiam a clínica psicanalítica; ilustramos as divergências entre a direção do tratamento em contexto institucional no que se refere à redução de danos em simultaneidade às propostas de abstinência como precondição e meta do tratamento. Ao apresentar uma lógica que considera a autonomia, o vínculo e o contexto geral de vida como mote de suas ações – descaracterizando-se da ideia de que a droga é o principal problema a ser tratado e flexibilizando, portanto, a exigência da abstinência enquanto ideal de cura –; as estratégias de redução de danos ora perscrutadas permitem articulações com o trabalho psicanalítico que, por sua vez, tem a contribuir com a particularidade de sua clínica de escuta e de intervenção a partir do sujeito do inconsciente

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