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Psicanálise e uso de drogas: articulações com a Redução de Danos no Sistema Único de Saúde (SUS)Winning, Renata da Silva 27 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-27 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The relation of the human being with drugs has not always been protected by the
State. Since the nineteenth century, paradigmatic changes have occurred in
relation to drugs that culminated in the creation of specific policies to problems
related to its consumption. The theoretical study developed here brought
articulations between the psychoanalytic clinic and the harm reduction strategy
by analysing its implantation in the Unified Health System (SUS). From that point,
it was made a dialogue between the psychoanalytic propositions concerning the
drug compulsive use phenomenon and its treatment as well as possible
approximations with the harm reduction logic. We have debated, throughout this
study, in which ways the discursive turns formalized by Jacques Lacan
accompanied the historical, political and economic changes involving the use of
drugs; we analysed the proposal of harm reduction; developed questions that
guide psychoanalytic clinic; illustrated the divergences between the treatment
direction within the institutional context concerning the harm reduction and
abstinence simultaneously to the pre-condition and treatment aim. By presenting
a logic that considers the autonomy, the bond and the general life context as the
motto of its actions, disregarding the idea that drugs is the main problem to be
treated and making abstinence more flexible as an ideal of cure. The strategies
of harm reduction favor articulations with the psychoanalytic work, that, in turn,
contributes to the particularity of the listening clinic and intervention from the
subject of the unconscious / A relação do ser humano com as drogas nem sempre foi atividade tutelada pelo
Estado. A partir do século XIX ocorreram mudanças paradigmáticas em relação
às drogas que culminaram na criação de políticas específicas para problemas
relacionados ao seu consumo. O estudo teórico aqui desenvolvido trouxe
articulações entre a clínica psicanalítica e a estratégia de redução de danos por
meio da análise de sua implantação no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir
daí foi traçado um diálogo entre as proposições psicanalíticas acerca do
fenômeno do uso compulsivo de drogas e de seu tratamento bem como suas
possíveis aproximações com a lógica de redução de danos. Discutimos, ao longo
deste estudo, de que maneira os giros discursivos formalizados por Jacques
Lacan acompanham as mudanças históricas, políticas e econômicas envolvendo
o uso de drogas; analisamos a proposta de redução de danos; desenvolvemos
questões que norteiam a clínica psicanalítica; ilustramos as divergências entre a
direção do tratamento em contexto institucional no que se refere à redução de
danos em simultaneidade às propostas de abstinência como precondição e meta
do tratamento. Ao apresentar uma lógica que considera a autonomia, o vínculo
e o contexto geral de vida como mote de suas ações – descaracterizando-se da
ideia de que a droga é o principal problema a ser tratado e flexibilizando,
portanto, a exigência da abstinência enquanto ideal de cura –; as estratégias de
redução de danos ora perscrutadas permitem articulações com o trabalho
psicanalítico que, por sua vez, tem a contribuir com a particularidade de sua
clínica de escuta e de intervenção a partir do sujeito do inconsciente
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