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Two essays assessing the agribusiness labor market / Dois ensaios de análise do mercado de trabalho do agronegócio

Castro, Nicole Rennó 28 June 2018 (has links)
Changes caused by globalization and internationalization in recent decades have stimulated the modernization of the agriculture and strengthened the interdependence between primary (farm) production and upstream and downstream activities, consolidating the so-called \"agribusiness\". This closer relationship between the links of the agribusiness chain connects the dynamics of the labor market in its segments. However, despite the importance of agribusiness to the Brazilian economy and society and the interrelationship between the labor markets of its segments, there is no employment evaluation approach that considers agribusiness as a whole in Brazil. Studies that analyze the labor market in this sector are also scarce in the literature, technical or scientific. This thesis sought to make a first contribution towards filling this gap. In the first chapter, where we also created the basis for the second, we provide a new approach that allows to measure the Brazilian agribusiness labor market considered as a whole. Additionally, as empirical exercises, we analyzed some additional characteristics of the sector labor force and the effects of some employment-related income determinants on income differences among agribusiness workers. Our main database was the 2014 quarterly microdata of the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C [Continuous National Household Sample Survey]). We also used information from the Relação Annual de Informações Sociais (RAIS [Annual Social Information Report]) and Cepea calculations. Our main findings are: 19 million people, 21% of the country\'s workforce, worked in the Brazilian agribusiness sector in 2014; agribusiness workers were predominately unskilled or semi-skilled with little formal education; much of the sector workforce was not formally employed; and there is an extreme labor market heterogeneity among agribusiness sector segments - with the primary segment presenting a noticeably dissimilar profile - and a significant income differential associated with different employment statuses and job market locations. In the second chapter, we analyze the significant increase in employment-related income in agribusiness based on labor productivity, real unit labor cost and the relationship between the GDP sector deflator and the IPCA, between the years 2004 and 2015. For that, we apply the procedure that Barros (2016) developed to analyze this issue for the Brazilian economy as a whole. To find the total number of employees in agribusiness (and sub-segments) in the analyzed period and to calculate labor productivity in the sector, we implemented an adaptation of the methodology developed in the first chapter of the thesis. As main results, we found that in agribusiness, there was no preponderant role of the relationship between the sector deflators and the IPCA to mitigate the effects of employment-related income growth on labor cost to the employer, as occurred in Brazil as a whole. Nevertheless, real labor income gains practically did not influence labor costs, mainly due to productivity gains in the sector, boosted by its primary segment. Without this productivity growth, real labor costs to the employer would increase at the annual rate of 3.4%, adversely affecting or even rendering unfeasible the simultaneous gains of agribusiness employers and workers in the period. / As mudanças causadas pelos processos de globalização e internacionalização nas últimas décadas estimularam a modernização da agropecuária e fortaleceram a dependência entre a agropecuária e as atividades a montante e a jusante de sua produção, consolidando o agronegócio. A medida em que os elos do agronegócio se tornaram fortemente relacionados, as dinâmicas do mercado de trabalho em cada um de seus segmentos também se conectaram. No entanto, apesar da importância do agronegócio para a economia e a sociedade no Brasil, e essa interrelação entre as dinâmicas do mercado de trabalho de seus segmentos, não há uma avaliação de emprego que considere o agronegócio como um todo no Brasil. Até por esse motivo, são escassos na literatura, técnica ou científica, estudos que analisam o mercado de trabalho desse setor. Essa tese buscou oferecer uma primeira contribuição no sentido de preencher essa lacuna. No primeiro capítulo, no qual também se cria a base para o desenvolvimento do segundo, é proposto um novo procedimento que permite que seja mensurado o mercado de trabalho do agronegócio brasileiro, considerado como um todo. Adicionalmente, como exercícios empíricos, são analisadas algumas características adicionais da força de trabalho do setor e estimados os efeitos de importantes determinantes dos rendimentos do trabalho sobre o diferencial de rendimentos entre os trabalhadores do agronegócio. Como principal base dados, são utilizados os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) e, adicionalmente, informações da Relação anual de Informações Sociais (RAIS) e cálculos do Cepea. Os principais resultados do capítulo são: 19 milhões de pessoas, ou 21% da população ocupada no Brasil, trabalharam no agronegócio em 2014; os trabalhadores do agronegócio são predominantemente pouco ou não qualificados com baixo nível de educação formal; parte relevante dos trabalhadores do setor não possui carteira de trabalho assinada; e, existe elevada heterogeneidade entre o mercado de trabalho dos diferentes segmentos do agronegócio - com o primário apresentando um perfil destoante - e um diferencial de rendimentos significativo associado às diferentes posições na ocupação e categorias de emprego e à localização geográfica. No segundo capítulo da tese, analisa-se o expressivo crescimento dos rendimentos do trabalho no agronegócio entre 2004 e 2015 com base na produtividade do trabalho, no custo unitário real do trabalho (CURT) e na relação entre as variações dos deflatores do PIB setoriais e do IPCA. Para isso, aplica-se o procedimento desenvolvido por Barros (2016) para analisar a mesma questão para a economia brasileira como um todo. Para encontrar o número de ocupados no agronegócio e seus segmentos, e então calcular a produtividade do trabalho, implementou-se uma adaptação do procedimento desenvolvido no primeiro capítulo da tese. Como principais resultados, encontrou-se que, para o caso do agronegócio, diferente do que Barros (2016) observou para o Brasil como um todo, não houve papel preponderante do distanciamento entre os deflatores e o IPCA para amenizar o efeito da valorização real dos rendimentos do trabalho sobre o CURT. Ainda assim, esses ganhos de rendimentos ocorreram sem influenciar o CURT devido, principalmente, ao crescimento da produtividade no setor - impulsionada, por sua vez, pelo segmento primário. Sem esse crescimento de produtividade, o CURT teria crescido a uma taxa anual de 3,4%, afetando negativamente ou mesmo inviabilizando os ganhos simultâneos para empregados e empregadores do agronegócio no período.

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