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Aspectos clínicos e eco-Dopplercardiográficos de uma série de crianças em primeiro surto de febre reumática sem sinais clínicos de carditeCavalcanti Lapa Santos, Cleusa January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / A Febre Reumática continua um grave problema de Saúde Pública nos países em
desenvolvimento, sendo causa comum de morbimortalidade e responsável por quase metade
dos internamentos cardiovasculares em indivíduos jovens nesses locais. Embora seja uma
doença de acometimento multissistêmico, apenas o envolvimento cardíaco leva à seqüela
permanente, sendo o seu reconhecimento de vital importância, na medida em que a instituição
de uma profilaxia secundária adequada previne o aparecimento de novos surtos que, via de
regra, tendem a agravar lesões valvares preexistentes podendo, ainda, facultar o aparecimento
de novas lesões. O diagnóstico de cardite na Febre Reumática, classicamente, é baseado nos
achados de sopros, acompanhados ou não de insuficiência cardíaca. Entretanto, lesão valvar,
em alguns casos, pode ser silenciosa. O advento do ecocardiograma, como método
diagnóstico, e a generalização do seu uso em Cardiologia, foi associado ao relato de casos de
valvite, reconhecidos como subclínicos, o que levantou uma série de questionamentos em
relação à real magnitude desse achado. Neste estudo, foram avaliadas 27 crianças,
encaminhadas ao Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira, no período de
dezembro de 2004 a novembro de 2005, com diagnóstico de Febre Reumática e isentas de
sinais clínicos de comprometimento cardíaco. Todas foram submetidas à avaliação clínica,
laboratorial, eletro e eco-Dopplercardiográfica. Artrite foi à manifestação clínica mais
encontrada, seguida de coréia e nódulos subcutâneos. O exame do aparelho cardiovascular
encontrava-se nos limites da normalidade, em todas as crianças. O eletrocardiograma
evidenciou alongamento do intervalo QTc em oito (29,6%) pacientes.Todos os traçados
apresentavam intervalo PR normal. O estudo eco-dopplercardiográfico detectou agressão
valvar, que não foi diagnosticada, clinicamente, em 17 (63%) casos, com envolvimento em
ordem decrescente de freqüência das valvas mitral, mitral e aórtica, e aórtica isoladamente.
Todas exibiam graus leves de regurgitação. Concluímos que um exame cardiológico normal
nestes pacientes, não exclui, com segurança, acometimento cardíaco, e o eco-
Dopplecardiograma foi mais sensível do que a ausculta cardíaca para detectar insuficiência
valvar de grau discreto
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