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Morfologia funcional de plântulas como indicador fisionômico da dinâmica de regeneração de espécies arbóreas da floresta ombrófila mista, ParanáGogosz, Alessandra Mara 19 June 2013 (has links)
Resumo: O estudo da morfologia e da funcionalidade das sementes e das plântulas permite compreender melhor os processos de estabelecimento das espécies, a dinâmica sucessional das comunidades vegetais, além de auxiliar nos estudos de regeneração. Dessa maneira, este estudo teve por objetivo analisar a morfologia de sementes e a morfoanatomia de plântulas, visando identificar possíveis padrões morfofuncionais em espécies, com diferentes estratégias de estabelecimento. Foram coletados frutos maduros de 18 espécies arbóreas pertencentes a três grupos ecológicos (pioneira, secundária inicial, secundária tardia) da Floresta Ombrófila Mista, no estado do Paraná. As sementes foram mensuradas e posteriormente semeadas para obtenção das plântulas, cujo desenvolvimento foi acompanhado até a expansão total do primeiro par de eofilos. Nessa fase, foi realizada a biometria das plântulas, assim como a anatomia e testes microquímicos dos cotilédones e eofilos. Também foram realizadas as descrição e ilustração das características morfológicas dos diásporos, das sementes e das plântulas. Para a comparação das médias utilizou-se o teste Tukey. Os dados foram submetidos àa análisea de componentes pricipais e de agrupamento. Em geral, as espécies pioneiras possuem diversas características que as diferem das secundárias tardias, especialmente às relacionadas ao tamanho das plântulas e das sementes, aos processos de dispersão, a presença de endosperma, a espessura dos tecidos foliares, a densidade estomática, a presença de tricomas nas plântulas, a alocação de recursos em parte aérea e o investimento da plântula em biomassa e área para interceptação da luz. Com relação à análise de agrupamento, foi possível constatar que as espécies pioneiras tendem a formar um grupo distinto ao das secundárias tardias. Porém, as secundárias iniciais estudadas estão distribuídas nesses dois grupos. As respostas morfológicas observadas podem implicar em diferentes estratégias de estabelecimento das plântulas no processo de sucessão. Em geral, observou-se um desenvolvimento inicial mais rápido das espécies pioneiras e secundárias iniciais, pouco dependentes dos recursos da semente, ao contrário das secundárias tardias, que contam com maior biomassa inicial, proveniente das reservas da semente, porém com desenvolvimento mais lento.
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Interações ecológicas entre abelhas-sem-ferrão (Hymenoptera, apidae, meliponina) em um remanescente de floresta com Araucárias : melissopalinologia, atividade de voo e distribuição de ninhosSilva, Daros Augusto Teodoro da January 2014 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Carlos Vellozo Roderjan / Co-orientadora : Profª. Drª. Cynthia Fernandes Pinto da Luz / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: Curitiba, 29/11/2013 / Inclui referências / Área de concentração : Conservação da natureza / Resumo: Em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, no Jardim Botânico de Curitiba (Paraná, Brasil), foram analisados aspectos ecológicos sobre as abelhas eussociais sem ferrão da subtribo Meliponina (Hymenoptera, Apidae). O texto foi dividido em três capítulos para melhor exame dos assuntos discutidos. O Capítulo 1 trata dos recursos alimentares utilizados e compartilhados entre 4 espécies de Meliponina nativas da região de estudo: Melipona marginata, M. quadrifasciata, Plebeia emerina e Scaptotrigona bipunctata. Para tanto, foram instaladas 4 colmeias de cada espécie dentro do fragmento florestal. A partir de análises melissopalinológicas, realizadas entre os meses de julho e setembro de 2011, foi observada similaridade de quase 100% na frequência dos tipos polínicos do mel e do pólen dos potes de alimento de M. marginata e M. quadrifasciata no mês de julho; em agosto a similaridade dos tipos polínicos do mel foi de cerca de 90% entre M. margina e P. emerina, e entre M. quadrifasciata e S. bipunctata; em setembro esse mesmo percentual foi observado para os tipos polínicos dos méis de M. quadrifasciata e S. bipunctata. Os tipos polínicos mais representativos nas amostras dos meses analisados foram Allophylus, Casearia sylvestris, Eugenia, Melastomataceae, Mimosa spp., Myrcia e Solanum. Em julho, pelo menos 5% das espécies arbóreas em floração foram utilizadas pelas abelhas para captação de néctar ou pólen; e pelo menos 25% nos outros dois meses. O Capítulo 2 aborda a atividade de voo das mesmas 4 espécies de abelhas frente às variações ambientais de Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Luminosidade Incidente e Nebulosidade Atmosférica, no período de fevereiro de 2011 a março de 2012. Constatou-se que a Umidade Relativa é um dos fatores que exercem maior influência na atividade de voo entre as espécies analisadas, assim como a Temperatura. A Nebulosidade foi importante para M. marginata e P. emerina; e a Luminosidade para S. bipunctata. As quatro espécies diminuíram significativamente suas atividades durante o inverno. No Capítulo 3 é discutida a distribuição dos ninhos naturais de Meliponina no remanescente florestal estudado. Foram encontrados 24 ninhos de 4 espécies de Meliponina: P. emerina, S. bipunctata, Tetragonisca angustula e Trigona spinipes. Verificou-se que a maioria dos ninhos encontrava-se em troncos com diâmetros entre 20 e 50 cm e a uma altura de até 7 m do solo, com exceção de T. spinipes, que constrói seus ninhos nas copas das árvores. Averiguou-se que as abelhas não apresentaram preferência por nenhuma espécie arbórea, embora algumas espécies de árvores pareçam ter maior propensão à formação de ocos, o que aumentaria a frequência dos ninhos em seus troncos. A densidade das colônias de abelhas foi de 3,69 ninhos/ha. Ao se comparar a densidade de ninhos entre 3 localidades na região do estudo, percebe-se que pode haver um padrão no número de ninhos das espécies, e que há a redução de ninhos de P. emerina quando T. angustula está presente, o mesmo parece ocorrer para S. bipunctata na presença de A. mellifera. Como era esperado, influenciam a composição da guilda de abelhas de um local, o clima, a flora, o grau de alteração antrópica do ambiente, a composição da comunidade de abelhas e o comportamento das espécies. Palavras-chave: Meliponina. Melissopalinologia. Atividade de voo. Distribuição de ninhos. Floresta com Araucária. / Abstract: Several ecological features of the stingless bees Meliponina (Hymenoptera, Apidae) were examined in a patch of a Subtropical Rain Forest (Araucaria Forest) located inside the Curitiba Botanical Garden (Paraná State, Brazil). The text was divided into three chapters for a deeper approach of the topics inteted to be analyzed. Chapter 1 deals with the food sources partition and usage among 4 native stingless bee species: Melipona marginata, Melipona quadrifasciata, Plebeia emerina e Scaptotrigona bipunctata. Therefore, 4 hives of each stingless bee species were installed inside the forest patch. Pots of food samples from July to September of 2011 were analyzed by melissopalynological methods. They revealed that the pollen types frequency of M. marginata and M. quadrifasciata were similar by almost 100% in July. In Agust the similarity between the pollen types in the honey of M. marginata and P. emerina was about 90%. This was also observed for the stocked pollen of M. quadrifasciata and S. bipunctata in September. The most important pollen types in the melissopalynolocal analysis were Allophylus, Casearia sylvestris, Eugenia, Melastomataceae, Mimosa spp., Myrcia and Solanum. At least 5% of the tree species in bloom in the Forest patch were used by the bees in July and over 25% in August and September. Chapter 2 was dedicated to the flight activity of the same 4 stingless bee species according to the environmental variables, Temperature, Relative Humidity, Incident Light and Atmospheric Cloudiness measured from February of 2011 to March of 2012. Relative Humidity is the major control element in the flight activity of the stingless bees, as well as Temperature. Cloudiness is important for M. marginata and P. emerina external hive movement and Light influenced mainly S. bipunctata. Decrease in daily activity rate was significant (p<0,01) during winter. In Chapter 3 the distribution of Meliponina natural nests in the studied Forest patch is discussed. Twenty four nests of 4 stingless bee species were found: P. emerina, S. bipunctata, Tetragonisca angustula and Trigona spinipes. Most nests were inside tree trunks of 20 to 50 cm and at up to 7 m above the ground, except those of T. spinipes that build their nests in the tree canopy. It was found that bees had no preferences for any tree species, but some tree species seemed to have a tendency to form hollows in their trunks. Bee colonies density was of 3,69 nest/ha. By comparing nest density of 3 locations in the studied region it seems that there might be a pattern in the species nest numbers and that the nest density of P. emerina decreases when T. angustula is present, and that the same seems to occur with S. bipunctata in the presence of Apis mellifera. As expected, factors such as local climate, flora composition, human disturbances, the composition of the bee community and the behavior of the bee species all influence the stingless bee guild. Keywords: Meliponina. Melissopalynology. Fliht activity. Nest distribution. Araucaria Forest.
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A estepe gramíneo-lenhosa no segundo planalto do ParanáZiller, Sílvia Renate, 1964- 22 May 2013 (has links)
As principais causas dos processos de degradação ambiental da Estepe GramíneoLenhosa na região de Ponta Grossa, Palmeira, Balsa Nova e Campo Largo, no leste do estado do Paraná, são a substituição dos ambientes naturais por agricultura, pastagens e povoamentos florestais, as queimadas, a erosão e a contaminação biológica por espécies do gênero Pinus. Distribuiu-se 65 pontos amostrais na região, inventariados através do método de avaliação ecológica rápida, com enfoque na flora como indicador de qualidade ambiental. Constatou-se a existência de seis tipos de ambientes naturais distintos: Estepe stricto sensu, Estepe higrófila, Refúgios Vegetacionais Rupestres, Formações Pioneiras de Influência Fluvial, Floresta Ombrófila Mista Montana e Floresta Ombrófila Mista Aluvial, além de restritas ocorrências de espécies da Savana Arbórea Aberta. Observou-se uma tendência de vinculação desses ambientes a classes de solo, discutindo-se a relação entre a Estepe stricto sensu e os Neossolos Litólico e Regolítico, entre a subformação Montana e solos mais evoluídos, como Cambissolos e Argissolos, e entre ambientes com surgência de água e Organossolos. A Estepe é o ambiente mais atingido por processos de degradação, com 76% das amostras com ocorrência de contaminação biológica, 59% de queimadas, 52% de substituição de ambientes, 41 % de pastoreio extensivo e 23% de erosão. Os capões de Floresta Ombrófila Mista Montana encontram-se seriamente afetados por pastoreio (62%), a subformação Aluvial, por erosão (67%) e as Formações Pioneiras, por contaminação biológica (57%) e queima (43%). O histórico e o agravamento, em nível mundial, das invasões biológicas por espécies exóticas torna o problema a segunda maior causa de degradação ambiental, que perde somente para a substituição direta de ambientes para fins produtivos. Algumas medidas são sugeridas para melhorar a condição ambiental da região, envolvendo planejamento para povoamentos florestais com espécies exóticas e substituição do pastoreio extensivo pelo sistema rotativo racional.
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