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Análise do curso preparatório para agentes de segurança penitenciária femininas e sua relação com a formação em direitos humanosSarmento, Virginia Alves 29 August 2014 (has links)
Submitted by Viviane Lima da Cunha (viviane@biblioteca.ufpb.br) on 2016-02-18T11:55:52Z
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Previous issue date: 2014-08-29 / The objective of this research was to analyse the preparatory course for Female Prison Officers, held in the state of Paraiba between 2008 and 2013 and its relation with training in human rights. The methodology employed included bibliographic research in books, scientific articles, theses and dissertations which dealt with the issue; documentary research in the School of Prison Management; and interviews with ten prison officers who work at the Maria Julia Maranhão Centre of Female Re-education (CRFMJM). Data collection was carried out between October 2013 and February 2014. The interviews were recorded and the data organised and analysed making use of Bardin‟s (2002) technique for the analysis of content. The dissertation is organized in fourth chapters: the first deals with questions about the prison as a social system and the work of the prison staff; the second discusses the education and training of prison staff considering the guide-lines offered by specific legal documents; the third discusses the issue of education in human rights in the process of prison officer training; and the fourth is dedicated to reflections on the data collected. Our systematisation of the discussion on the data allowed us to conclude, in general terms, that the course informed more than formed the officers concerning their functions in the prison and did not take the training of officers based on the principles of human rights as its chief goal. For this reason, we propose the use of a methodology founded on education in human rights for the training of prison staff. / O objetivo da pesquisa foi analisar o curso preparatório para Agentes Penitenciárias Feminina, realizado na Paraíba entre 2008 e 2013, e sua relação com a formação em Direitos Humanos. A metodologia utilizada compreendeu-se em pesquisa bibliográfica nos mais diversos livros, artigos científicos, teses e dissertações que tratam do assunto; pesquisa documental na Escola de Gestão Penitenciária; e, entrevista com 10 Agentes Penitenciárias que trabalham no Centro de Reeducação Feminino Maria Júlia Maranhão (CRFMJM). A coleta dos dados foi realizada entre os meses de outubro de 2013 e fevereiro de 2014, as entrevistas foram gravadas, os dados foram organizados e analisados considerando a técnica da análise de conteúdo discutida por Bardin (2002). O trabalho foi organizado em quatro capítulos: o primeiro, abordou questões sobre o sistema social da prisão e o trabalho dos servidores penitenciários; o segundo tratou sobre educação para os servidores penitenciários, considerando as orientações de alguns documentos legais; o terceiro discorreu sobre a Educação em Direitos Humanos no processo de formação dos(as) Agentes Penitenciários; e, no quarto tem-se as reflexões acerca da análise dos dados coletados. Assim, a sistematização da discussão dos dados permitiu-nos concluir, em linhas gerais, que o curso informou mais do que formou as agentes acerca de suas funções na prisão e não teve como objetivo maior formar as agentes considerando os princípios de Direitos Humanos. Por isso, propomos uma metodologia à luz da Educação em Direitos Humanos nos processos de formação dos Servidores Penitenciários.
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Criança e negra: o direito à afirmação da identidade negra na educação infantilSilva, Tarcia Regina da 18 December 2015 (has links)
Submitted by Márcio Maia (marciokjmaia@gmail.com) on 2016-08-09T23:08:26Z
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Previous issue date: 2015-12-18 / The antiracist pedagogical practices at Childhood Education are the problem-theme of this doctoral thesis. Its aim is to analyze the elements which guide such practices in a Municipal Center of Childhood Education (CMEI) in Recife and its influence in the construction of the children and blacks’ racial identity. This research is based on the child perspective as a unique subject. It is founded on the assumption that Education in/for the Human Rights, which absorbs from the Childhood Education the right to the difference in terms of interculturality, has contributed to the children and the black ones to positively construct their racial identity. Referenced by these theoretical aspects of analysis, the research tried to answer the following questions: which educational practices are being developed by the CMEI staff, which is committed to an antiracist education? Which are the underlying elements to these practices? How are the children in these groups developing their racial identity? For this reason, we used the premises of the qualitative research and the case study, since we desired to share with the people and the place of the research guided by the unveiling of the power relations and the implicit domination to the issues of the ethnic-racial relations. The subjects of the research were: the manager, the coordinator, a teacher, two childhood development auxiliaries and twenty children from group IV. The semi-structured interview and cartoon books about racial conflicts were used as instruments for the adults. With the children, there were interviews with strategies about the self-portrait, followed by the self-identification, storytelling with black characters, male and female ones, and the modeling of princes and princesses. The analyses have showed that the practices developed at CMEI assume the incorporation of the other as genuinely the other. Thus, it could mean a perspective established in an Education in/for the Human Rights. But the implementation of an antiracist education is not easy to happen in a peaceful and consensual way, since not the whole staff and community understand the importance of this discussion. Nevertheless, part of the CMEI school staff develops the pedagogical work using this topic. This commitment with the reeducation of the ethnic-racial relations has contributed to the children to notice the differences as something positive and to some of these children and black ones to recognize themselves as black and be proud of that. Thus, we emphasize a gender component which underlies the ethnic-racial relations at CMEI: the strategies of positive statement of being a child and a black one are more centered in the girls. While they are encouraged to appreciate their body and their hair, through the care and education dimensions of the stories presented on the childhood literature books, for the boys these strategies have been minimally proposed. For the boy and the black one, there is little visibility and care. For them, there is the wish to change their color/race. Finally, we observe that the children use in their racial self-identification elements that are close to the categories used by the adults, therefore methodologies may be thought so that they are considered as subjects able to name their color/race in official researches. / As práticas pedagógicas antirracistas na Educação Infantil constituem-se no tema-problema desta tese, cujo objetivo é analisar os elementos que norteiam tais práticas em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da rede do Recife e a sua influência na construção da identidade racial das crianças e negras. Esta pesquisa se ancora na perspectiva da criança como sujeito singular. Baseia-se no pressuposto de que uma Educação pautada em/para os Direitos Humanos, que incorpora desde a Educação Infantil, o direito à diferença na perspectiva da interculturalidade, tem contribuído para que as crianças e negras construam positivamente sua identidade racial. Referenciada por estes marcos teóricos de análise, a pesquisa buscou responder às seguintes indagações: quais práticas educativas estão sendo desenvolvidas pela equipe do CMEI, que é comprometida com uma educação antirracista? Que elementos estão subjacentes a essas práticas? Como as crianças dessas turmas estão elaborando a sua identidade racial? Para tal, recorremos aos pressupostos da pesquisa qualitativa e ao estudo de caso, pois buscávamos uma partilha com as pessoas e o local da pesquisa orientada pelo desvelamento das relações de poder e da dominação implícita às questões das relações étnico-raciais. Os sujeitos da pesquisa foram: a gestora, a coordenadora, uma professora, duas auxiliares de desenvolvimento infantil e vinte crianças da turma do Grupo IV. Utilizamos como instrumentos com os adultos: a entrevista semiestruturada e histórias em quadrinhos que traziam conflitos raciais. Com as crianças, foram realizadas entrevistas mediante estratégias do autorretrato, seguido de autoidentificação, contação de histórias com personagens negros/as e modelagem de príncipes e princesas. As análises evidenciaram que as práticas desenvolvidas no CMEI partem do princípio da incorporação do outro como verdadeiramente outro. Logo, uma perspectiva fundada na Educação em/para os Direitos Humanos. Mas a implementação de uma educação antirracista está longe de acontecer de forma tranquila e consensual, pois nem toda a equipe e comunidade compreendem a importância dessa discussão. Entretanto, parte da equipe escolar do CMEI assume e desenvolve o trabalho pedagógico com essa temática. Esse compromisso com a reeducação das relações étnico-raciais tem contribuído para que as crianças percebam as diferenças como algo positivo e para que algumas dessas crianças e negras ao reconhecerem-se como tal, orgulhem-se disso. Assim, evidenciamos um componente de gênero perpassando as relações étnico-raciais no CMEI: as estratégias de afirmação positiva do ser criança e negra estão mais centradas nas meninas. Enquanto elas são incentivadas através das dimensões do cuidar e do educar das histórias apresentadas nos livros de literatura infantil a valorizar o seu corpo e o seu cabelo, para os meninos essas estratégias foram minimamente propostas. Para o corpo do menino e negro, pouca visibilidade e cuidados. Neles, há o desejo de mudar a sua cor/raça. Por fim, reconhecemos que as crianças utilizam na sua autoidentificação racial elementos que se aproximam bastante das categorias utilizadas pelos adultos, podendo, assim, serem pensadas metodologias que as considerem como sujeitos capazes de nomearem sua cor/raça nas pesquisas oficiais.
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