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Perfil de suscetibilidade de Moraxella bovis, Moraxella bovoculi e Moraxella ovis aos antimicrobianos / Antimicrobial susceptibility profile of Moraxella bovis, Moraxella bovoculi and Moraxella ovisMaboni, Grazieli 06 September 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Infectious keratoconjunctivitis (IK), also known as pinkeye , is an ocular disease that affects cattle and sheep. In cattle, the microorganisms involved are Moraxella bovis, Moraxella bovoculi and Moraxella ovis. In sheep, the main microorganisms isolated from lesions are Mycoplasma conjuntivae, Chlamydia psittaci and M. ovis. Antibiotics are widely used in the treatement ofthis disease; therefore, to perform tests of susceptibility is essential in order to use the most effective drugs. However, few studies about the susceptibility of M. bovis, M. bovoculi and M. ovis to antibiotics are available in the literature. In Brazil, there are no studies describing the susceptibility profile of M. bovoculi and M. ovis. Susceptibility tests for M. bovis, M. bovoculi and M. ovis are routinely determined at laboratories by disk diffusion method. On the other hand, the broth microdilution method, which is the reference method, is used for Moraxella spp. with epidemiological purposes, such as, to define the antimicrobial susceptibility profiles of strains from a specific region. This dissertation aimed to determine the antimicrobial susceptibility of Brazilian strains of M. bovis, M. bovoculi and M. ovis by broth microdilution and disk diffusion for the main antimicrobials used to treat IK and, thus, to verify differences in antimicrobial susceptibility profiles of the three species of Moraxella. We also aimed to evaluate the agreement between the disk diffusion and broth microdilution method. In order to determine the minimum inhibitory concentration (MIC) and minimum bactericidal concentration (MBC), obtained by the broth microdilution method, and the diameter of inhibition zone, obtained by disk diffusion method, the following antimicrobials were used: ampicillin, cefoperazone, ceftiofur, cloxacillin, enrofloxacin, florfenicol, gentamicin, neomycin, oxytetracycline and penicillin. The MIC and MBC were higher for M. bovis than for M. bovoculi and M. ovis. The drugs evaluated showed good agreement between disc diffusion and the reference method, except oxytetracycline and penicillin. When analyzed the methods agreement for each Moraxella species we found lower rates of agreement, as well as, more quantities of errors in M. bovis strains. The results of this study emphasize that M. bovis, M. bovoculi and M. ovis have a different antimicrobial susceptibility profile. / A ceratoconjuntivite infecciosa (CI), também conhecida como pinkeye , é uma doença ocular que acomete bovinos e ovinos. Em bovinos os micro-organismos envolvidos na CI são Moraxella bovis, Moraxella ovis e Moraxella bovoculi. Já em ovinos são Mycoplasma conjunctivae, Clamydia psittaci e M. ovis. A terapia antimicrobiana é amplamente utilizada para essa enfermidade, desta forma é imprescindível a realização de testes de suscetibilidade com a finalidade de escolher de forma prudente o fármaco a ser utilizado. Contudo, estudos sobre a suscetibilidade de M. bovis, M. bovoculi e M. ovis são escassos na literatura científica, sendo que no Brasil não existem trabalhos que descrevem o perfil de suscetibilidade de M. bovoculi e M. ovis. Testes de suscetibilidade para Moraxella spp. são determinados na rotina laboratorial pelo método de disco difusão, e, de forma geral, emprega-se o método de microdiluição em caldo com fins epidemiológicos, como caracterizar isolados de um surto ou de uma região específica. Neste contexto, esta dissertação objetivou determinar a suscetibilidade aos antimicrobianos de cepas de M. bovis, M. bovoculi e M. ovis, isoladas no Brasil, por meio dos métodos de microdiluição em caldo e disco difusão em ágar frente aos principais antimicrobianos utilizados no tratamento de CI e desta forma verificar diferenças nos perfis de suscetibilidade aos antimicrobianos das três espécies de Moraxella testadas. Também buscou-se avaliar a concordância entre o método de disco difusão em ágar e microdiluição em caldo. Amostras de M. bovis, M. bovoculi e M. ovis, oriundos de casos clínicos de CI, foram identificados por meio de análise morfo-tintorial e testes bioquímicos e a identificação das espécies foi realizada por análise molecular. Para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM), obtidas no método de microdiluição em caldo e o diâmetro do halo de inibição obtido no método de disco difusão em ágar, foram utilizados os seguintes antimicrobianos: ampicilina, cefoperazona, ceftiofur, cloxacilina, enrofloxacina, florfenicol, gentamicina, neomicina, oxitetraciclina e penicilina. As cepas de Moraxella spp. foram sensíveis a maioria dos antimicrobianos testados. As CIM e CBM foram, de forma geral, superiores para as cepas de M. bovis quando comparadas com M. bovoculi e M. ovis. Para a maioria dos fármacos avaliados observou-se boa concordância entre o método teste e o método de referência, exceto para a oxitetraciclina e a penicilina. Ao analisar a concordância dos métodos em cada espécie de Moraxella verificou-se que as menores porcentagens, assim como as maiores quantidades de erros, foram encontradas para as cepas de M. bovis. Os resultados deste trabalho demonstram que M. bovis, M. bovoculi e M. ovis apresentam diferenças quanto ao perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos.
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