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Gênero, Ciência e TV: Representações dos Cientistas no Jornal Nacional e no Fantástico

Pedreira, Anna Elisa Figueiredo January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-11-04T13:31:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 anna_pedreira_ioc_mest_2014.pdf: 33759161 bytes, checksum: 1d4362e98ba1ca1c14e1301ee75436af (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015-04-14 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Neste estudo, analisamos a representação de homens e mulheres cientistas entrevistados pelo Jornal Nacional, telejornal exibido de segunda-feira a sábado, e pelo Fantástico, revista eletrônica dominical, ambos exibidos pela Rede Globo, emissora de maior audiência no Brasil. Para isso, nos baseamos em uma pesquisa de abordagem qualitativa, em que analisamos características dos cientistas, incluindo: sexo, tempo de duração total da matéria, tempo de duração total da notícia, tema da matéria, idade aparente, cor da pele, instituições, nacionalidade, tipo de inserção na notícia, ícones associados às atividades científicas e cenários em que os/as cientistas foram filmados/as. Analisamos 169 cientistas identificados nas matérias jornalísticas, em um período de 12 meses (de abril de 2009 a março de 2010). Nossos resultados mostram que a imagem de cientista mais recorrente, nos dois programas televisivos analisados, é a de homem, branco, de idade aparente madura. Sua inserção na matéria jornalística, em grande medida, limita-se a ser uma fonte para comentar um fato científico, ou seja, a maioria dos cientistas de nosso corpus não é protagonista no estudo científico retratado pela mídia ou líder da pesquisa ou mesmo como integrante da equipe. Já as mulheres cientistas, quando aparecem nos programas televisivos, são mais jovens do que os homens cientistas representados pelos mesmos; igualmente, em grande parte, são brancas. Também observamos uma presença maior de cientistas brasileiros, de ambos os sexos, em comparação a estrangeiros, nos programas televisivos analisados; no Jornal Nacional, por exemplo, nenhuma mulher cientista foi entrevistada São praticamente inexistentes cientistas \2013 homens ou mulheres \2013 negros, pardos, asiáticos ou indígenas, evidenciando uma exclusão social que pode retratar a realidade da ciência brasileira e contribuir para a formação do imaginário social do profissional da ciência. O programa televisivo analisado priorizou pesquisas relacionadas a instituições brasileiras, com destaque para aquelas sediadas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. A partir de uma análise descritiva dos cientistas homens e mulheres que apareceram nos programas televisivos analisados, propomos os \201CRetratos Jornalísticos dos Cientistas\201D \2013 em um total de oito \2013, inspirados em estudos realizados por Flicker (2003). Acreditamos que nosso estudo pode contribuir para uma reflexão sobre a representação de cientistas homens e mulheres na TV brasileira, em particular nos programas analisados, que pode ajudar na capacitação de jornalistas e na consolidação de ações dedicadas às jovens do sexo feminino em fase de escolha profissional / In this study, we analyze the representation of men and women scientists interviewed by the Jornal Nacional, TV news displayed from Monday to Saturday, and the Fantástico, Sunday e-Magazine, both displayed by Rede Globo, a station with the largest audience in Brazil. For this, we were based on a qualitative research approach, where we analyze characteristics of scientists, including: sex, total duration of matter, matter, apparent age, skin color, institutions, nationality, type of insertion in the news, icons associated to scientific activity and scenery where the scientist was filmed. We analyze 169 scientists identified in news, in a period of 12 months (April 2009 to March 2010). Our results show that the most recurrent scientist image, in both television programs examined, is the man, white, mature apparent age. Its insertion in the news story, largely confines itself to be a source for comment on a scientific fact, i.e., most scientists of our corpus is not the protagonist portrayed by the media scientific study or research leader or even as an team integrant. On the other hand, women scientists, when they appear on television programs, are younger than men scientists represented by the same; also, in large part, are white. We also observed an increased presence of Brazilian scientists, of both sexes, compared to foreigners, in the analyzed television programs; in the National Journal, for example, no woman scientist was interviewed. Are virtually nonexistent scientists - men or women - black, brown, Asian or Indian, highlighting a social exclusion that can portray the reality of Brazilian science and contribute to the formation of the social imaginary of science professional. The analyzed television program prioritized research related to Brazilian institutions, especially those based in the cities of Rio de Janeiro and São Paulo. From a descriptive analysis of men and women scientists who appeared on television programs analyzed, we propose the "Journalistic Portraits of Scientists" - in a total of eight - inspired by studies by Flicker (2003). We believe that our study may contribute to a reflection on the representation of men and women scientists on Brazilian television, particularly the programs analyzed, which can help in the training of journalists and the consolidation of actions dedicated to young women undergoing professional choice.

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