1 |
A fÃria do corpo, de JoÃo Gilberto Noll, sob o signo da santÃssima trindade: errÃncia, sexo e escrita / A fÃria do corpo, de JoÃo Gilberto Noll, sous le signe de la sainte trinitÃ: errance, sexe et ÃcritureFrancisco Renato de Souza 12 April 2010 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Esta dissertaÃÃo analisa a obra A fÃria do corpo, do escritor JoÃo Gilberto Noll, a partir de trÃs perspectivas: primeira, o estudo da obra dÃ-se atravÃs do pensamento do filÃsofo francÃs Maurice Blanchot, no qual discutimos a construÃÃo da linguagem do texto nolliano nos seguintes aspectos: a fragmentaÃÃo da autoria do texto, a impossibilidade da escrita manter-se estÃvel, a impossibilidade da morte no espaÃo literÃrio e a errÃncia dos personagens como modo propulsor dos sucessivos movimentos da elaboraÃÃo da narrativa, dentre outros. Segunda, fazemos um contraponto entre a narrativa nolliana em anÃlise e a mitologia cristà e, em determinados momentos, com a mitologia grega, uma vez que observamos, em A fÃria do corpo, a dessacralizaÃÃo dos sagrados mitos cristÃos, como por exemplo, o Pecado Original, o nascimento, crucificaÃÃo, morte e ressurreiÃÃo de Jesus Cristo e o JuÃzo Final; bem como a dessacralizaÃÃo do mito grego de Afrodite, no que se refere à sua significaÃÃo. Ao tirar o carÃter sagrado desses mitos, a escrita de Noll os reveste com uma nova leitura, que subverte o que deles conhecemos comumente. Terceira, por ser o primeiro romance de Noll, A fÃria do corpo apresenta a maioria dos temas vindouros da extensa obra do escritor, ora seguindo um ritmo em comum à obra em anÃlise, ora distinguindo-se dela. Desse modo, fazemos um jogo de espelhos, no qual investigamos as recorrÃncias dos temas que aparecem na obra A fÃria do corpo e que podem ser observadas em outras obras do mesmo escritor a fim de constatarmos um percurso dessa escrita tÃo arrebatadora.
|
Page generated in 0.0196 seconds