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Estudo farmacognóstico de Erythrina velutina Willd (Fabaceae)Silva, Márcia Maria Barbosa da 31 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-31 / O desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos compreende desde a identificação da
espécie vegetal, avaliação de suas atividades microbiológicas, biológicas,
farmacológicas e toxicológicas e a determinação dos parâmetros de qualidade, até a
produção e controle de qualidade da forma farmacêutica, além da avaliação de sua
estabilidade. No que pese o papel de destaque no sistema brasileiro de saúde destes
produtos, tanto do ponto de vista econômico quanto cultural, ainda existem diversos
problemas no que diz respeito ao controle de qualidade das matérias primas que os
origina. Nesse contexto encontra-se Erythrina velutina Willd., popularmente conhecida
como mulungu, canivete, corticeira e suinã e amplamente empregada como calmante,
sedativo, controle da insônia e auxiliar no tratamento de processos inflamatórios. A
espécie não apresenta monografia em códigos oficiais ou dados suficientes que
suportem seu controle de qualidade. Portanto, o propósito deste estudo foi caracterizar,
anatomicamente, folha e caule de Erythrina velutina e avaliar a qualidade da matéria
prima vegetal da casca do seu caule. Para isso, o material vegetal identificado foi
submetido à análise macro e microscópica, e adicionalmente, o mesmo foi adotado
como referência para a avaliação de amostras conhecidas como mulungu, através do
perfil fitoquímico, umidade residual, cinzas e materiais estranhos. Os resultados da
anatomia vegetal contribuem como ferramenta para caracterização botânica desta
espécie, uma vez que existe uma diferenciação estrutural nos sulcos na região das
nervuras na face abaxial da epiderme e canais secretores associados ao floema nos
feixes vasculares do caule, que podem diferenciá-la das demais espécies semelhantes e
de mesma denominação vulgar. O perfil fitoquímico foi similar em todas as amostras
analisadas sugerindo se tratar da mesma droga vegetal. Considerando a análise
fisicoquímica das amostras, a umidade apresentou-se dentro do limite preconizado pelos
códigos oficiais. Para o parâmetro teor de cinzas totais e insolúveis em ácido, duas
amostras encontraram-se fora dos padrões estabelecidos, provavelmente devido à
presença em excesso de terra e/ou areia como substâncias inorgânicas não voláteis e de
constituintes silicosos contaminantes. Uma das amostras apresentou teor elevado de
impurezas. Conclui-se que os testes realizados fornecem subsídios iniciais para o
estabelecimento de padrões de qualidade da matéria prima vegetal de E. velutina.
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