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O inumano e a educaÃÃo: perspectivas Foucaultianas e Agambenianas para a escola do sÃculo XXIDavi da Costa Almeida 27 October 2017 (has links)
nÃo hà / O presente trabalho tem como objetivo problematizar,
a partir das contribuiÃÃes teÃricas de Michel Foucault e Giorgio Agamben, a produÃÃo do inumano atravÃs dos processos educacionais. Portanto, parte-se de dois polos teÃricos diferentes e atà distintos: o anormal, pensado pelas anÃlises foucaultianas, e o Homo Sacer, analisado pelas contribuiÃÃes agambenianas. Neste enfoque, o fracasso escolar daria lugar a uma concepÃÃo de escola como uma grande maquinaria normalizadora e seletiva da produÃÃo de subjetividades e dessubjetividades. A escola seria uma das instituiÃÃes e a principal delas que, por meio de dispositivos bio-disciplinares e de controle, e dispositivos de exceÃÃo, operacionalizaria e agenciaria os sujeitos atravÃs da qualidade, eficÃcia e produtividade dos capitais humanos. Ou seja, a escola contemporÃnea à uma mÃquina biopolÃtica de exceÃÃo, responsÃvel por produzir, classificar, separar, dividir e aperfeiÃoar os âbonsâ capitais humanos ou expurgar e eliminar dos processos escolares e dos processos de concorrÃncia capitalistas os âmausâ capitais humanos considerados lixos e descartÃveis. E, neste contexto, diante das crises do capitalismo contemporÃneo, percebe-se como os empreendedores de si fracassados, biodegradÃveis, tornam-se os anormais contemporÃneos que irÃo se transmutar em Homo Sacer ciganos, oâprecariadoâ, constantemente ameaÃados pela exceÃÃo como regra geral. Os empreendedores de si sÃo uma cesura biopolÃtica ameaÃada constantemente pelo bando soberano e seu estado de exceÃÃo polÃtico-econÃmico, que à um regime de guerra declarado dentro das sociedades contemporÃneas. Os empreendedores de si fracassados sÃo o empresariado da misÃria, pessoas que vivem sempre sob o espectro fantasmagÃrico do Homo Sacer cigano. Assim, a exclusÃo e a precarizaÃÃo dos indivÃduos e dos trabalhadores transmutam-se em processos de eliminaÃÃo e extermÃnio comandados por polÃticas de Estado de ExceÃÃo. / O presente trabalho tem como objetivo problematizar,
a partir das contribuiÃÃes teÃricas de Michel Foucault e Giorgio Agamben, a produÃÃo do inumano atravÃs dos processos educacionais. Portanto, parte-se de dois polos teÃricos diferentes e atà distintos: o anormal, pensado pelas anÃlises foucaultianas, e o Homo Sacer, analisado pelas contribuiÃÃes agambenianas. Neste enfoque, o fracasso escolar daria lugar a uma concepÃÃo de escola como uma grande maquinaria normalizadora e seletiva da produÃÃo de subjetividades e dessubjetividades. A escola seria uma das instituiÃÃes e a principal delas que, por meio de dispositivos bio-disciplinares e de controle, e dispositivos de exceÃÃo, operacionalizaria e agenciaria os sujeitos atravÃs da qualidade, eficÃcia e produtividade dos capitais humanos. Ou seja, a escola contemporÃnea à uma mÃquina biopolÃtica de exceÃÃo, responsÃvel por produzir, classificar, separar, dividir e aperfeiÃoar os âbonsâ capitais humanos ou expurgar e eliminar dos processos escolares e dos processos de concorrÃncia capitalistas os âmausâ capitais humanos considerados lixos e descartÃveis. E, neste contexto, diante das crises do capitalismo contemporÃneo, percebe-se como os empreendedores de si fracassados, biodegradÃveis, tornam-se os anormais contemporÃneos que irÃo se transmutar em Homo Sacer ciganos, oâprecariadoâ, constantemente ameaÃados pela exceÃÃo como regra geral. Os empreendedores de si sÃo uma cesura biopolÃtica ameaÃada constantemente pelo bando soberano e seu estado de exceÃÃo polÃtico-econÃmico, que à um regime de guerra declarado dentro das sociedades contemporÃneas. Os empreendedores de si fracassados sÃo o empresariado da misÃria, pessoas que vivem sempre sob o espectro fantasmagÃrico do Homo Sacer cigano. Assim, a exclusÃo e a precarizaÃÃo dos indivÃduos e dos trabalhadores transmutam-se em processos de eliminaÃÃo e extermÃnio comandados por polÃticas de Estado de ExceÃÃo. / The present work aims to discuss, from theoretical contributions
of Michel Foucault and Giorgio Agamben, the production of inhuman by the educational processes.
Therefore, the search will start from two different theore
tical and even distinct poles: the abnormal, thought by foucaultians analysis, and the Homo Sacer, analyzed by
the agambenians contributions. In this approach, the school failure would give way to a conception of school as a big regulatory and selective machinery of production of
subjectivities and desubjectivities. The school would be
one of the institutions and the main one that, through bio-disciplinaries and control devices, and exception devices,
would operate and manage the subject through the quality, effectiveness and productivity of human capital. In other words, the school is a contemporary biopolitical machine, responsible for produce, classify, separate, divide and improve
"good" human capital or expunge and eliminate from th
e school processes and capitalist competition processes the "bad" capital humans considered trash and disposable. And, in this context, on the crises of the current capitalism, we notice how the failed and biodegradable self-entrepreneurs become th
e current abnormals who will transmute into gypsies Homo Sacer, the "precariat", constantly threatened by
exception as a general rule. Self-entrepreneurs are a biopolitical caesura constantly threatened by the sovereign flock and its state of political-economic exception, which is a declared war regime within contemporary societies. Th
e failed self-entrepreneurs are the entrepreneurs of misery, people who always live under the phantom ghost of
gypsy Homo Sacer. Thus, exclusion and precariousness of ind
ividuals and workers transmutam in processes of elimination and exterminationpolicy of controlled state of
exception. / The present work aims to discuss, from theoretical contributions
of Michel Foucault and Giorgio Agamben, the production of inhuman by the educational processes.
Therefore, the search will start from two different theore
tical and even distinct poles: the abnormal, thought by foucaultians analysis, and the Homo Sacer, analyzed by
the agambenians contributions. In this approach, the school failure would give way to a conception of school as a big regulatory and selective machinery of production of
subjectivities and desubjectivities. The school would be
one of the institutions and the main one that, through bio-disciplinaries and control devices, and exception devices,
would operate and manage the subject through the quality, effectiveness and productivity of human capital. In other words, the school is a contemporary biopolitical machine, responsible for produce, classify, separate, divide and improve
"good" human capital or expunge and eliminate from th
e school processes and capitalist competition processes the "bad" capital humans considered trash and disposable. And, in this context, on the crises of the current capitalism, we notice how the failed and biodegradable self-entrepreneurs become the current abnormals who will transmute into gypsies Homo Sacer, the "precariat", constantly threatened by
exception as a general rule. Self-entrepreneurs are a biopolitical caesura constantly threatened by the sovereign flock and its state of political-economic exception, which is a declared war regime within contemporary societies. Th
e failed self-entrepreneurs are the entrepreneurs of misery, people who always live under the phantom ghost of
gypsy Homo Sacer. Thus, exclusion and precariousness of ind
ividuals and workers transmutam in processes of elimination and exterminationpolicy of controlled state of
exception.
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