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A filosofia como mudança de morada [ΜΕΤΟΊΚΗΣΙΣ = METOÍKĒSIS]Kussler, Leonardo Marques 30 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-30 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A investigação ora aventada versa sobre a possibilidade de se retraçar a Filosofia para suas práticas originárias, que visavam não apenas o desenvolvimento teórico, mas o processo dialético existencial, que se mostrava na vida prática de cada filósofo, promovendo a Filosofia como um modo de vida. Assim, a presente tese tem como objetivo principal explicitar o conceito de experiência a partir de seu radical grego, μετοίκησις [metoíkēsis], cujo significado primário é mudança da morada [do ser]. Ao traçar elementos da experiência filosófica que alia discurso filosófico ao modo de vida filosófico, inicia-se uma investigação de prenúncios da referida metodologia filosófica em três diálogos de Platão, passando pela recondução do conceito na fenomenologia do idealismo hegeliano e, por fim, culminando na proposta contemporânea da Escola de Kyoto, que, ao nosso ver, é representante contemporânea dessa vertente. O primeiro capítulo aborda a filosofia a partir da noção metafórica de experiência de morte, com base nos diálogos platônicos Apologia, Críton e Fédon. A relevância de reinterpretar e retraduzir esses textos está na possibilidade de renovar a compreensão destes, seja pela metodologia utilizada ou pela instauração de um novo paradigma hermenêutico, de modo que seja possível evitar alguns paradigmas interpretativos que se atêm aos subtítulos latinos dos diálogos platônicos. O segundo capítulo, por sua vez, propõe uma ponte conceitual do conceito grego supracitado ao conceito de Erfahrung conforme aparece na Fenomenologia do Espírito de Hegel. A proposta aqui advogada é que o que se compreende como experiência da consciência descrita no projeto da fenomenologia hegeliana pode ser compreendido como um exercício dialético do sujeito que busca transformar seu modo de ser-no-mundo, tal como na proposta grega recém-referida. Além do texto de Hegel, há seções de comentadores de primeira instância de Hegel, especialmente Heidegger e Gadamer, que corroboram nossa defesa interpretativa. O terceiro capítulo aborda o conceito de μετανοεῖν [metanoeîn], retomado pela tradição da Escola de Kyoto sob a perspectiva da experiência filosófica, em que propomos relação direta com a perspectiva desenvolvida nos capítulos anteriores. Aqui, mostramos como Kitarō Nishida e Hajime Tanabe destacam-se enquanto especialistas na fenomenologia de Hegel e na ontologia heideggeriana, das quais unem conceitos do budismo japonês e propõem uma forma de filosofia como forma de vida, ressaltando o fim da filosofia como algo que requer o comprometimento existencial e a autoimplicação do filósofo. / The research now proposed deals with the possibility of retracing Philosophy to its original practices, which aimed not only at the theoretical development, but at the existential dialectic process, which was shown in the practical life of each philosopher, promoting Philosophy as a way of life. Thus, the main objective of this thesis is to explain the concept of experience from its Greek root, μετοίκησις [metoíkēsis], whose primary meaning is change of the abode [of being]. In tracing elements of the philosophical experience that combines philosophical discourse with the philosophical way of life, we begin an investigation of foreshadowing the aforementioned philosophical methodology in three dialogues of Plato, going through the renewal of the concept in the phenomenology of Hegelian idealism, and, finally, culminating in contemporary proposal of the Kyoto School, which, in our view, is a contemporary representative of this. The first chapter approaches philosophy from the metaphorical notion of the experience of death, based on the Platonic dialogues Apology, Crito and Phaedo. The relevance of reinterpreting and retranslating these texts in the possibility of renewing their understanding, either by the methodology used or by the establishment of a new hermeneutic paradigm, so that it is possible to avoid some interpretative paradigms that follow the Latin sub-titles of the Platonic dialogues. The second chapter, in turn, proposes a conceptual bridge of the Greek concept mentioned above to the concept of Erfahrung as it appears in Hegel’s Phenomenology of the Spirit. The proposal advocated here is that what is understood as the experience of consciousness described in the project of Hegelian phenomenology can be understood as a dialectical exercise of the subject that seeks to transform its way of being-in-the-world, as in the Greek proposal just mentioned. In addition to Hegel’s text, there are two main sections of Hegel’s first-instance commentators, mainly Heidegger and Gadamer, which corroborate our interpretative defense. The third chapter approaches the concept of μετανοεῖν [metanoeîn], resumed by the tradition of the Kyoto School from the perspective of philosophical experience, in which we propose a straight relation to the perspective developed in previous chapters. Here we show how Kitarō Nishida and Hajime Tanabe stand out as specialists in Hegel’s phenomenology and Heidegger’s ontology, which unite concepts of Japanese Buddhism and propose a form of Philosophy as a way of life, emphasizing the end of Philosophy as something that requires the existential commitment and the self-involvement of the philosopher.
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