Spelling suggestions: "subject:"escultura amoroso"" "subject:"scultura amoroso""
1 |
O diálogo de alteridades na escritura de A paixão segundo G.H., de Clarice LispectorStefens, Adriana Inês Martos 15 May 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Adriana Ines Martos Stefens.pdf: 246419 bytes, checksum: c8785ddffefc848f7bf27107aabd20c5 (MD5)
Previous issue date: 2008-05-15 / The current thesis aims to analyze the novel A Paixão segundo G.H. (1964) by
Clarice Lispector. From the hypothesis that the narrator-character, identified only by
GH, in reporting her via crucis of existence also reports, through a plurissignificative
speech, her experience as a writer-sculptor. In her kind of writing, she uses
metaphors that can be read and compared with the investigative act of writing and
effects produced by ephiphanic writing. The G.H. character, after becoming
conscious of her existence, is able to report it and give it the form of ephiphanic
experience. She needs the writing form to understand, arrest and formalize the
reality. Writing, for her, is an attempt to give shape to what she had experienced (the
cockroach) and by writing (form), to revive and give it the illusion of poetic sense.
G.H. talks about the passion in her own point of view, the reason for why we
analyzed the narrator s speech as a loving writing of I(s), loaded from a pathos of an I
who writes. The alterity experience can be seen in contrast of G.H. to the other,
represented in the figure of Janair, the cockroach, the imaginary interlocutor, whom
she calls to work together in her sculpture-writing. The exotopic experience and the
contact with the other s view provided the ephiphanic moment lived by the authorheroin,
therefore, the alterity and epiphany are functionally interlinked and
interdependent. But only the experience of writing can promote ethical and aesthetic
completion to the experience. The subject approached in A Paixão segundo G.H.
was borned in the tension between the saying and the how to write, materializing the
drama of language into act sculpture, the writing experienced by GH into an act of
waiting for a final form. The first chapter approaches the narrative as a writing in its
formal specificity. The second chapter deals with the experience by Clarice
Lispector s alteritys writing in discordance with the content, transformed by the
sculptural form, in which the whole heroin-author-reader narrative process is coparticipated
by her. This chapter still approaches the issue of aesthetics epiphany of
form-content, generated by ephiphanic time that wins the form-content desired by
heroin-author and by the author-sculpture of the alterity reported artistic form. The
narrator-character emerge on the meaning and limits of the poetic word, therefore,
the G.H s report is a pure concrete manifestation of form of an aesthetic
consciousness. We stress that, for analyzing the effects produced by the loving
speech, we passed over the works of Roland Barthes and ideas raised by the critical
word and translator of Leyla Perrone-Moises / A presente dissertação tem por objetivo analisar o romance A Paixão segundo
G.H. (1964) de Clarice Lispector. Partimos da hipótese de que a narradora
personagem, identificada apenas pelas iniciais G.H., ao relatar sua via crucis
existencial relata também, através de um discurso plurissignificativo, sua experiência
como escritora-escultora. Nesse modo de escrever, trabalha metáforas que podem
ser lidas e comparadas, ao ato de escrever indagativo e aos efeitos produzidos pela
escritura epifânica. A personagem G.H., após tomar consciência de sua existência,
está apta a narrá-la e dar-lhe a forma de experiência epifânica. Ela precisa da forma
escritural, para compreender, prender e formalizar a realidade. Escrever, para ela, é
uma tentativa de dar forma àquilo que experimentou (a barata) e pela escritura
(forma), reviver e dar-lhe a ilusão do sentido poético. G.H. fala sobre a paixão
segundo ela mesma, razão pela qual analisamos o discurso da narradora como uma
escritura amorosa de Eus, carregada de pathos de um Eu que escreve. A
experiência da alteridade pode ser percebida na contraposição de G.H. em relação
ao outro, representados na figura de Janair, da barata, do interlocutor imaginário, a
quem ela pede a mão para trabalhar, juntos, sua escultura-escritura. A experiência
exotópica e o contato com o olhar do outro é que proporcionam o momento epifânico
vivido à autora-heroína, portanto, as experiências da alteridade e epifania estão
interligadas e interdependentes funcionalmente. Mas, somente a experiência da
escritura consegue promover acabamento ético e estético à experiência vivida. O
tema tratado em PSGH nasce da tensão entre o dizer e o como escrever,
materializando o drama da linguagem em ato escultórico, escritura vivenciada por
G.H, em ato de espera de uma forma final. O primeiro capítulo sob o título Um modo
de escrever: jogo de alteridades, aborda a narrativa como uma escritura em sua
especificidade formal. O capítulo II trata A experiência da escritura de alteridades
clariceana, em desencontro com o conteúdo, transformado pela forma escultórica,
na qual todo o processo narrativo autor-heroína-leitor dela co-participa. Ainda neste
capítulo é abordada a questão da A epifania estética da forma-conteúdo, gerada
pelo tempo epifânico que ganha a forma-conteúdo desejada pela heroína-autora e
pela autora-escultora da forma artística do relato da alteridade. A narradorapersonagem
perscruta sobre o sentido e o limite da palavra poética, portanto, o
relato da narradora G.H. é a pura manifestação concreta da forma de uma
consciência estética. Ressaltamos que, para analisarmos os efeitos produzidos pelo
discurso amoroso recorremos, em particular, às obras de Roland Barthes e
concepções levantadas pela palavra crítica e tradutora de Leyla Perrone- Moisés
|
Page generated in 0.0427 seconds