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A vida, a morte e aquilo que sobra: os espaços residuais como elementos de uma ecologia comunicacional dos lugares da cidadeBalbi, Thiago Machado 06 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-06 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The so-called residual spaces are the “voids” and “leftovers” of buildings that the cities accumulate as a result of their continuous process of construction and reconstruction. They usually are spatialities without any pre-established use and, therefore, inconvenient and hard to solve. On the other hand, they are constantly appropriated by users, once they configure “available” for a multitude of other uses that can unexpectedly arise in the everyday-life. This contingency inherent to the residual spaces is the horizon of the present research, which proposes a revision in the meaning of this expression. Assuming that the cities places are, like any other artifact, used, reused, and unused, the hypothesis is that any place can be endowed with some “residuality”; in other words, “voids” and “leftovers” do not only characterize the residues of buildings, but variables that destabilize the functional determinations of their uses. The question focuses on how these possible uses – spontaneous and unexpected – make up the “communicational ecology” that weaves relations between the city-user and the cities places; and then, being able to reveal alternatives to a more “lively” city daily, enriched by symbiotics interactions, or a “dead” city daily, parasitized by a merely transmissive communication and, often, coercive. This thesis begins with a reflection about the residue as a link between nature and culture, in order to find manifestations of the “residuality” in the cities places. For the empirical research, a methodological strategy was elaborated combining the experimental practices of the Situationist International and Carlo Ginzburg’s Evidential Paradigm. By mean of this strategy, some places, not all apparently residual spaces, were analyzed. As a theoretical and epistemological foundation, the research is based on authors whose works makes possible to think about “residuality” as a link between nature and culture; such as Vilém Flusser, Michel Serres, Milton Santos, Lucrecia Ferrara, Giorgio Agamben, Gilles Deleuze, Felix Guattari, Gilbert Simondon, among others / São chamados espaços residuais os “vazios” e as “sobras” de edificações que se acumulam pela cidade como resultado do seu contínuo processo de construção e reconstrução. São, normalmente, espacialidades sem uso preestabelecido e, por esse motivo, são inconvenientes e difíceis de solucionar. Por outro lado, são constantemente apropriados por usuários, uma vez que configuram “disponíveis” para uma infinidade de outros usos que podem surgir na imprevisibilidade do cotidiano. Essa contingência inerente aos espaços residuais é o horizonte de investigação da presente pesquisa, que, no entanto, propõe uma revisão no sentido dessa expressão. Partindo do princípio que, os lugares da cidade são, como qualquer artefato, usados, reusados e desusados, é levantada a hipótese de que qualquer lugar pode ser dotado de “residualidade”; isto é, os “vazios” e as “sobras” não caracterizam apenas os resíduos das edificações, mas são variáveis que desestabilizam as determinações funcionais dos seus usos. A questão se concentra em saber como esses usos possíveis – espontâneos e imprevistos – compõem a “ecologia comunicacional” que tece as relações entre o usuário e os lugares da cidade; podendo tanto revelar alternativas para um cotidiano citadino mais “vivo”, enriquecido por interações simbiotas, quanto mais “morto”, parasitado por uma comunicação meramente transmissiva e, não raro, coerciva. Parte-se de uma reflexão acerca do papel dos resíduos como elo entre natureza e cultura, a fim de encontrar as manifestações da “residualidade” nos lugares da cidade. Para a pesquisa empírica, foi elaborada uma estratégia metodológica que une as práticas experimentais da Internacional Situacionista e o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg. Por meio dessa estratégia, alguns lugares, nem todos aparentemente espaços residuais, foram analisados. Como fundamentação teórica e epistemológica, a pesquisa se baseia em autores cujo pensamento possibilita pensar a residualidade como elo entre natureza e cultura, como Vilém Flusser, Michel Serres, Milton Santos, Lucrécia Ferrara, Giorgio Agamben, Gilles Deleuze, Felix Guattari, Gilbert Simondon, entre outros
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Grandezas do Ínfimo: espaços residuais em SalvadorSampaio, Sanane Santos 03 October 2013 (has links)
Submitted by Francisco Costa (xcosta@ufba.br) on 2013-10-03T00:14:12Z
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SAMPAIO Sanane. Grandezas do ínfimo (diss 2013).pdf: 198250811 bytes, checksum: 57a3e3bb2a2c61d68b256dcec1cded89 (MD5) / Approved for entry into archive by Edilene Costa(ec@ufba.br) on 2013-10-03T22:33:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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SAMPAIO Sanane. Grandezas do ínfimo (diss 2013).pdf: 198250811 bytes, checksum: 57a3e3bb2a2c61d68b256dcec1cded89 (MD5) / CNPQ / Partindo do pressuposto de que a cidade está repleta de espaços que sobram, que são
resíduos, vai-se à sua procura em locais de Salvador, em muitos aspectos antagônicos entre si, que são dois conjuntos habitacionais – Fazenda Grande II e de Cajazeira VI – e a Av.
Tancredo Neves. Ao tempo em que estes espaços eram identificados, foi-se construindo uma reflexão sobre o que são, como se apresentam no contexto em que estão inseridos, como são produzidos, qual o sentido deles e quais as possibilidades de alteração do seu caráter residual. Para tanto, os principais referenciais teóricos utilizados foram desenvolvidos por
Henri Lefebvre no livro “La production de l’espace”, de 1974, e por Michel de Certeau e
Pierre Mayol nos dois volumes do livro “A invenção do cotidiano”, publicados originalmente em 1980 e 1994.
Os espaços residuais são espaços livres, por vezes são vazios na cidade, e estão inseridos
num modo de construir a cidade que preconiza pela racionalidade e planejamento. Foi
observado, contudo, que há resíduos que de alguma maneira estão ocupados ou, quando
vazios, não são “vazios urbanos” no sentido em que esta expressão normalmente é utilizada. Ademais, suas especificidades são pouco abordadas nos estudos sobre espaços livres e são, sobretudo, espaços que explicitam aspectos da irracionalidade de modos hegemônicos de produzir a cidade.
Nos estudos de caso aqui abordados, os espaços residuais são elementos excluídos do
processo de projetação e de planejamento, ou seja, da representação do espaço, e, sendo
materializados na cidade, podem ser absorvidos ou não pela dinâmica urbana. Sendo
absorvidos, isso significa que estes espaços são percebidos e vividos, isto é, são produzidas práticas espaciais e espaços de representação, e, neste caso, reverte-se o caráter residual destes espaços. Esta produção é feita mediante práticas cotidianas que, nos conjuntos
habitacionais e na avenida, objetivam suprir uma demanda privada de seus moradores ou
usuários, sendo conduzidas por processos de reconhecimento e de negociação e da
construção de conveniências sociais. Não obstante, há exemplos de grupos que propõem e
efetivam apropriações de espaços residuais sem que isso resulte em sua privatização. / Salvador
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Espações residuais: análise dos desejos como elementos comunicacionaisRennó, Raquel 03 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The concepts of residual space and terrain vague are appointed by sociological,
urban and anthropological studies as important elements in the urban scenario, necessary
to make a creative, a break in the official system of the city. Such residual conformation
is both material and semiotical (or informational) and is directly linked to the codified
systems trying to control it. The higher the rationalization, or the more imposing this
action is, the higher is the number of residues created, the higher is entropy. Hence, the
notion of residue may be used not only as an adjective to the constitution of the
geographical site, but also as a concept of communication, contemplating the possibility
of new configurations from fragments of apparently distant texts.
This study aims to comprehend the generation and appropriation modes of
residues in urban spaces through the relations among language systems, understood as
communicational elements.
The study is based on the approach of Cultural Semiotics, specifically as
regarded in the concepts of semiosphere proposed by Iuri Lotman and of baroque,
understood as a means of cultural organization deriving from the proposition established
by Severo Sarduy, Alejo Carpentier and Amálio Pinheiro, among others. Based on such
concept, we may notice that higher richness and complexity are achieved the higher a
system s capability to generate and appropriate communicational residues is. A
comparative methodological proposal was established based on this concept, including
studies by authors who analyze the communicational relations in urban spaces of Europe
and the USA, such as Manuel Delgado, Kevin Lynch, Ignasi de Solà-Morales, Denise
Scott-Brown and Brazilian authors like Ermínia Maricato, Lucrécia D´Alessio Ferrara e
Nelson Brissac.
São Paulo was chosen as the main corpus of our analysis due to its relevance as a
Latin-American metropolis and, at the same time, because it possesses elements that
allow us to expand the conclusions reached for the comprehension of residual spaces in
other big cities. We analyzed over 100 real state advertisements in the city of São Paulo,
placed in 2004, to study how the semiotical construction of the physical space of control
operates. For the specific study of residual spaces, a field research was carried out in
communities belonging to two areas of the city of São Paulo, encompassing the changes
suffered during the years 2004 to 2006.
Based on the analyses undertaken, it was possible to understand that residues,
since they no longer belong to any organized system, are unstable, volatile elements that
provide a situation of potentiality and instability, but of availability as well. The distinct
ways of appropriating information, spaces and residual objects in the city require an
intense capability to adapt and create new language systems which are often ignored in
studies that prioritize the context of economic fragility and social exclusion where such
systems are inserted / Os conceitos de espaço residual e terrain vague são apontados por estudos
sociológicos, urbanísticos e antropológicos como elementos importantes no cenário
urbano, necessários para um fazer criativo, um intervalo no sistema oficial da cidade.
Esta conformação residual é tanto material quanto semiótica (ou informacional) e existe
em relação direta com o sistema codificado que busca seu controle; quanto maior a
racionalização ou quanto mais impositiva for esta ação, maior o número de resíduos
criados, maior a entropia. Desta forma, a noção de resíduo pode ser utilizada não apenas
como adjetivo da constituição do lugar geográfico, mas também como conceito de
comunicação, que contempla a possibilidade de novas configurações a partir de
fragmentos de textos aparentemente distantes.
O presente estudo tem como objetivo compreender os modos de geração e
apropriação dos resíduos nos espaços urbanos por meio das relações entre sistemas de
linguagens, isto é, entendidos como elementos comunicacionais.
O estudo tem como base a abordagem da Semiótica da Cultura, mais
especificamente o conceito de Semiosfera proposto por Iuri Lotman, por meio do qual se
pode perceber que quanto maior a capacidade de um sistema de gerar e se apropriar dos
resíduos comunicacionais, maior riqueza e complexidade se obtém. A partir deste
conceito inicial foi estabelecida uma proposta metodológica comparativa com estudos de
autores que analisam as relações comunicacionais no espaço urbano em um contexto
brasileiro, como Lucrécia Ferrara, Amálio Pinheiro e Nelson Brissac.
Para o principal corpus de análise foi escolhida a cidade de São Paulo, por sua
relevância como metrópole latino-americana e ao mesmo tempo por possuir elementos
que permitem que se ampliem as conclusões obtidas para a compreensão dos espaços
residuais em outras grandes cidades. Para o estudo de como opera a construção
semiótica do espaço físico de controle foram analisados 100 anúncios de publicidade
imobiliária da cidade de São Paulo durante o ano de 2004. Para o estudo específico dos
espaços residuais foi realizado um estudo de campo em comunidades presentes em duas
áreas da cidade de São Paulo e analisadas as alterações que sofreram durante os anos de
2004 a 2006.
A partir das análises realizadas foi possível compreender que os resíduos, por não
pertencerem mais a nenhum sistema organizado, são elementos instáveis, movediços.
Oferecem uma situação de potencialidade e instabilidade, mas também de
disponibilidade.
Os distintos modos de se apropriar da informação, dos espaços e objetos
residuais na cidade demandam uma intensa capacidade de adaptação e de criação de
novos sistemas de linguagem que são muitas vezes ignorados em estudos que priorizam
o contexto de fragilidade econômica e exclusão social onde estão inseridos
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