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Entre os muros da loucura: descrição dos espaços do Hospital Escola Portugal Ramalho / Between thel walls of insanity: a spacial description of Portugal Ramalho School Hospital

Albuquerque, Laís Lima de 31 March 2015 (has links)
Insanity as a counterpoint of the reason is considered by society as something undesirable that should be condemned to social exclusion, as reflected in space with the creation of spatial configurations conducive to their isolation. It is in this universe that this research is inserted: where insanity and reason appear as a dichotomy, as opposed points of the same element that marks the interval between being prisoner and free. The interface between insanity and architecture within its context of complex system, raises a vast field of research opportunities that require attention to the two poles of the relationship: on one hand the insane, as social actors, and other space, as under their practices. This research is presented as a case study in the Hospital Escola Portugal Ramalho, a totalitarian institution where the object of analysis is the psychiatric hospital space, that, according repertoire studies, usually affects behaviors aiming at the reproduction of institutional intention. The objective is to describe the hospital space, from space humanization concepts, supported by discussion of the asylum system and practices, with the help of the theory of the social logic of space, Space Syntax. Thus, the spatial description of this hospital - which has come to be considered the second best in the country, which was the scene of the largest conventional psychiatric practices of torture, such as electroshock and isolation in cells, and now features a humanization speech -, seeks to show up within the walls of madness there for opening a space really humanized. Note: although it is set up as a representation or a reduction of reality, as the results presented refer to specific moments of observation of the researcher, this work seeks to move away from determinism to override the pre-established concepts of humanization of space to this reality, presenting itself as an abstraction that, although it cannot be taken as a definite, can guide similar situations in equivalent systems. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A loucura como contraponto da razão é tida pela sociedade como algo indesejado e que deve ser condenado à exclusão social, fato refletido no espaço com a criação de configurações espaciais propícias ao seu isolamento. É nesse universo que esta pesquisa se insere: onde loucura e razão surgem como uma dicotomia, como pontos opostos de um mesmo elemento que marca o intervalo entre estar preso e estar solto. A interface entre loucura e arquitetura, dentro do seu contexto de sistema complexo, suscita um vasto campo de possibilidades de pesquisas que exigem atenção aos dois pólos da relação: de um lado os loucos, como atores sociais, e de outro o espaço, como abrigo de suas práticas. Esta pesquisa se apresenta como um estudo de caso no Hospital Escola Portugal Ramalho, uma instituição totalitária onde o objeto de análise é o espaço hospitalar psiquiátrico que, segundo estudos de repertório, normalmente, influencia comportamentos visando à reprodução da intenção institucional. O objetivo do trabalho é descrever o espaço do hospital, a partir de conceitos de humanização espacial, subsidiado pela discussão sobre o sistema manicomial e suas práticas, com o auxílio da teoria da lógica social do espaço, a Sintaxe Espacial. Assim, a descrição espacial deste hospital - que já chegou a ser considerado o segundo melhor do país, que foi palco das maiores práticas psiquiátricas convencionais de tortura, como o eletrochoque e o isolamento em celas, e que hoje apresenta um discurso de humanização -, busca investigar se entre os muros da loucura há abertura para um espaço, realmente, humanizado. Apesar de se configurar como uma representação ou uma redução da realidade, visto que os resultados apresentados se referem a momentos específicos de observação da pesquisadora, este trabalho busca se afastar do determinismo ao sobrepor os conceitos pré-estabelecidos de humanização do espaço à realidade vivenciada no hospital, apresentando-se como uma abstração que, apesar de não poder ser tida como algo definitivo, pode nortear situações semelhantes em sistemas equivalentes.

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