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O olhar da imprensa sobre Autos de Resistência: posicionamentos e estratégias linguísticas adotados pelo jornal Agora São Paulo em 2012 / The look of the press on Autos de Resistência: Positions and linguistic strategies adopted by Agora São Paulo in 2012

Silva, Alvaro Magalhães Pereira da 29 September 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-11-22T13:08:08Z No. of bitstreams: 1 Alvaro Magalhães Pereira da Silva.pdf: 14466639 bytes, checksum: 8430641df1a5b5d00d16def05610ceb2 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-22T13:08:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alvaro Magalhães Pereira da Silva.pdf: 14466639 bytes, checksum: 8430641df1a5b5d00d16def05610ceb2 (MD5) Previous issue date: 2016-09-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pontifícia Universidade Católica de São Paulo / What is the enunciative position that the press assumes in regard to the veracity of occurrences of resistance of individuals killed in police operations in cases that the Judiciary Police registers as “Resisting Arrests”? This is the main topic that this research deals with. It has two main objectives: (a) to identify the position the press takes up, in its discourse, when facing the veracity of occurrences of resistance in the mentioned cases; (b) to describe the linguistics strategies the press employs to make its stand. Evidences chosen for analysis were collected from the newspaper Agora São Paulo. The analysis, based upon the Scandinavian Theory of Linguistic Polyphony (ScaPoLine), indicates that the most frequent press enunciative position consists in deeming the veracity of resistance possible, but not certain. For every three occurrences of such position there are two in which resistance is accepted. Cases rejecting the veracity of resistance have not been found. As the State certifies the veracity of the resistance in cases registered as “Resisting Arrests”, it has been possible to conclude that the press tries to state, with partial success, a skeptical outlook towards the State, but does not challenge it. As for the linguistics strategies, this research has detected, in the most predominant position of the press discourse, the presence of a discursive being that is not identified with the press and that saturates the source of the point of view which assumes the resisting arrests as true. Thanks to a such discursive being the press sets up a non-responsibility link between the press itself and the mentioned point of view. To enact such a discursive being the press employs two linguistic marks: the adjective “suposto” as enunciation modalizer and the verbum dicendi “dizer” as inquit of indirect discourse. The description of such linguistics strategies substantiated the conclusions of this research regarding the identified enunciatives positions, enriching discussions about the role of the text in discourse / Como a imprensa, em seu discurso, se posiciona em relação à veracidade de ocorrência de resistência por parte de pessoas mortas durante ações policiais em casos registrados pela Polícia Judiciária como Autos de Resistência? Este é o problema sobre o qual a presente dissertação se debruça. A pesquisa possui dois objetivos: (a) identificar o posicionamento assumido pela imprensa, em seu discurso, em relação à veracidade de ocorrência de resistência nos casos citados; (b) descrever as estratégias linguísticas utilizadas pela imprensa para marcar esse posicionamento. Para a análise, foi selecionado um corpus recolhido do jornal Agora São Paulo ao longo do ano de 2012. A partir das proposições da Teoria Escandinava de Polifonia Linguística (ScaPoLine), concluiu-se que o posicionamento mais frequente é o de se considerar possível, mas não certa, a veracidade da resistência. Para cada três posicionamentos do tipo, foram encontrados dois casos em que a resistência é tida como certa. Não foram identificados casos de refutação da veracidade da resistência. Tendo em vista que, em ocorrências registradas como Autos de Resistência, é o Estado que primeiramente atesta a veracidade da resistência, depreende-se dos resultados que, no caso estudado, a imprensa procura manifestar, com parcial sucesso, uma postura cética em relação ao Estado, sem, no entanto, mostrar-se contestadora. Quanto às estratégias linguísticas, concluiu-se que, nos casos do posicionamento predominante, há sempre, no discurso da imprensa, a presença de um ser discursivo não identificado com ela saturando a fonte do ponto de vista que julga verdadeira a ocorrência de resistência. É a presença de tal ser discursivo que permite à imprensa estabelecer, entre ela e o ponto de vista mencionado, um elo de não-responsabilidade. Para colocar em cena o citado ser discursivo, a imprensa lança mão, no corpus analisado, de duas marcas linguísticas: o adjetivo “suposto” como modalizador de enunciado e o verbum dicendi “dizer” como inquit de discurso indireto. A partir da descrição dessas estratégias, esperou-se justificar as conclusões a respeito dos posicionamentos identificados, contribuindo para as discussões a respeito do papel do texto no discurso

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