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A concordância nominal em predicativos do sujeito e em estruturas passivas no português popular do interior do Estado da Bahia

Antonino, Vivian 27 June 2013 (has links)
119 f. / Submitted by Cynthia Nascimento (cyngabe@ufba.br) on 2013-06-25T14:35:42Z No. of bitstreams: 1 Vivian Antonino - Dissertação.pdf: 755460 bytes, checksum: ef84a2573ac3b6c064ce485f27cc9934 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-06-27T20:57:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Vivian Antonino - Dissertação.pdf: 755460 bytes, checksum: ef84a2573ac3b6c064ce485f27cc9934 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-27T20:57:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vivian Antonino - Dissertação.pdf: 755460 bytes, checksum: ef84a2573ac3b6c064ce485f27cc9934 (MD5) / O português do Brasil não apresenta uma realidade lingüística homogênea, nem uma heterogeneidade caótica, mas uma variação bipolarizada, com a(s) norma(s) popular(es) em um extremo, e a(s) norma(s) culta(s) em outro. Um dos fenômenos mais estudados é a variação na concordância nominal, que afeta ambas as extremidades, porém, com maior intensidade, a camada popular. Muitos trabalhos já foram realizados sobre o tema, enfocando a variação dentro do SN, porém este vem analisar a variação nominal em predicativos do sujeito e em estruturas passivas, baseado em dados de falantes de Poções e Santo Antônio de Jesus, municípios do interior do estado da Bahia. Investiga-se a hipótese de que o massivo contato entre o português e as línguas africanas e indígenas, ocorrido na época da colonização e do Império, estaria na base da variação da morfologia flexional do nome no português rural do Brasil e de que a variação na concordância nominal nas construções passivas e nos predicativos do sujeito é resultado de transmissão lingüística irregular determinada pelo contato entre línguas. O estudo quantitativo revelou que a variação na aplicação da regra de concordância de gênero ainda se mantém de forma residual na fala popular do interior, ao passo que não se mostra significativa em variedades urbanas de fala. O uso de predicado nominal e a presença de adjetivos compondo esses predicados favorecem o uso da regra, assim como o fato de o falante se referir a si mesmo em seu discurso. O sujeito que contém o traço semântico [+ humano] e aquele que traz marcas mais explícitas de gênero também favorecem a aplicação da regra de concordância. Com relação à concordância de número em predicativos do sujeito e estruturas passivas, as análises sociolingüísticas já realizadas indicam uma forte variação na fala dos grandes centros urbanos com a aplicação da regra de concordância ficando na casa dos 40%, ao passo que esta pesquisa revelou que a aplicação dessa regra de concordância na fala popular do interior do país ainda é incipiente. No encaixamento estrutural desse reduzido uso da regra de concordância de número em predicativos do sujeito e estruturas passivas, notou-se o fortalecimento do princípio da coesão estrutural, pois em sentenças em que há concordância de número no SN sujeito e em que há concordância verbal, maior é o uso das marcas de plural nos predicativos/passivas. No aspecto extralingüístico, observou-se que os jovens fazem mais concordância, o que pode indicar uma mudança em curso. Aqueles que se ausentaram da comunidades por mais de seis meses e as mulheres também fazem maior uso das regras de concordância nominal. Não houve diferença significativa relacionada ao nível de escolaridade, o que confirma a precariedade do sistema de ensino disponível para a população pobre do interior do país. O fato de o falante viver na sede do município ou na zona rural também não se mostrou relevante, indicando que não há de fato uma dicotomia bem definida entre rural e urbano, em se tratando de município de pequeno porte; há, sim, um continuum de formas. / Universidade Federal da Bahia. Instituto de Letras. Salvador-Ba, 2007.

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