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Biologia reprodutiva do peixe-rei Odontesthes argentinensis (Atherinopsidae), da região da marinha costeira e região estuarina da Lagoa dos PatosMoresco, Alex January 2006 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós–Graduação em Oceanografia Biológica, Instituto de Oceanografia, 2006. / Submitted by Cristiane Gomides (cristiane_gomides@hotmail.com) on 2013-10-10T12:04:41Z
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Previous issue date: 2006 / O peixe-rei Odontesthes argentinensis (Valenciennes, 1835) distribui-se na região costeira do Atlântico Sul desde o sul do Brasil até a Argentina (população marinha costeira – PMAR) penetrando nos estuários ao qual está adaptado, sendo considerada uma espécie estuarina residente (população estuarina – PEST). Este trabalho teve como objetivo determinar e comparar a biologia reprodutiva das duas populações. As distribuições dos comprimentos totais destas populações foram comparadas por meio de histograma. Os exemplares da PMAR mediram entre 16 e 36 cm CT com moda entre 23 e 25 cm de comprimento total – CT, já os exemplares da PEST a moda foi entre 18 e 20 cm CT, com mínimo de 16 cm e máximo de 34 cm CT. Foram caracterizados os ovócitos e as fases de desenvolvimento das gônadas, agrupadas em: imaturas, em maturação, maduras e desovadas. A proporção sexual indicou predomínio de fêmeas nas duas populações, sendo 3,25 fêmeas
para cada macho na PMAR e 3,4 na PEST para todo o período. O tamanho de primeira maturação (L50) para PMAR foi estimado em 13,8 cm CT para os machos e 16,1 cm CT para as fêmeas e o comprimento em que todos estão
aptos para desovar (L100), foi estimado em 16,3 e 19,3 cm CT para machos e fêmeas, respectivamente. Para PEST o L50 foi estimado em 13,5 cm CT paramachos e 14,4 cm CT para fêmeas. O L100 foi estimado em 17 cm e 18 cm CT para machos e fêmeas, respectivamente. A relação gonadossomática indicou período reprodutivo entre final de agosto e início dezembro em PMAR, período em que a temperatura se manteve abaixo dos 20ºC. Para PEST não houve um período definido de desova ocorrendo o ano todo com maiores picos registrados nos meses de junho, novembro e dezembro. Os fatores de condição total (KT) e somático (KS) apresentaram grandes variações ao longo do ciclo. Na PMAR houve uma queda nos valores de K coincidindo com o início da desova estabelecendo uma relação com este período, esta queda de K representou em parte a energia do corpo que foi direcionada para o
desenvolvimento das gônadas. Na PEST a variação de K não estabeleceu relação evidente com o ciclo reprodutivo, sendo que as variações de K podem ter sido causadas pela instabilidade hídrica do estuário ou pelo estado alimentar. Na análise do diâmetro dos ovócitos há evidências de três lotes para as duas populações caracterizando desova parcelada. A fecundidade total (FT) e por lote (FL) são proporcionais ao comprimento total na PMAR. A média de ovócitos foi de 10.014 para FT e 3.651 para FL, na PMAR, enquanto que na PEST a média de ovócitos foi de 13.870 para FT e de 4.250 para FL. / The silverside Odontesthes argentinensis (Valenciennes, 1835) is distributed in the coastal region of the South Atlantic since the south of Brazil until Argentina (coastal sea population - PMAR) penetrating in the estuaries to which are adapted, being considered a resident estuarine species (estuarine population - PEST). This work had as objective to determine and to compare the
reproductive biology of the two populations of O. argentinensis. The distributions of the total lengths of these populations had been compared by means of histogram. The specimens from the PMAR had measured between 16 and 36 cm CT with mode between 23-25 cm of total length – TL, already the specimens from the PEST the mode was between 18-20 cm TL, with minimum of 16 cm and maximum of 34 cm CT. The oocytes and the phases of development of the gonads had been characterized and grouped by: immature, in maturation, mature and spawned. The sexual ratio indicated predominance of females in the two populations, being 3,25 females for each male in PMAR and 3,4 in the PEST, during all the period. The size of first maturation (L50) for PMAR was estimated in 13,8cm TL for the males and 16,1 cm TL for the females and the length where all are apt to spawn (L100) was estimated in 16,3 and 19,3cm TL for males and females, respectively. For PEST the L50 was estimated in 13,5cm TL for males and 14,4cm TL for females. The L100 was estimated in 17,0cm and 18,0cm TL for males and females, respectively. The gonadossomatic relation indicated reproductive period between ends of August and beginning of December in PMAR, period where the temperature is below 20ºC. For PEST there wasn’t a well-defined period of spawning, occurring during the year with peaks registered in the June, November and December. The factors of total condition (KT) and somatic (KS) had presented great variations during the cycle. In the PMAR a fall in the values of K coincided with the beginning of the spawning, establishing a relation this fall of K represented the energy that was directed for the development of the gonads. In the PEST the variation of K did not allowed establishing any evident relationship with the reproductive cycle, the variation can have been caused by the instability of the estuary or by alimentary reasons. In the analysis of the diameter of the oocytes evidence was found allowing state that the spawning don’t occur at once. The total fecundity (TF) and the lot fecundity (LF) are proportional to the total length in the PMAR. The average of oocytes was of 10.014 for TF and 3.651 for LF, in the PMAR, while that in the PEST the average of oocytes was of 13.870 for TF and 4.250 for LF.
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