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Cultura histórica, razão instrumental e ética pluralista: reflexões sobre as relações entre mídia e a guerra do IraqueFernandes, Bernardo Castro 06 September 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-09-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The historical culture produced by the media of mass communication conveys the idea of the world from the perspective of the big capital, which is the sponsor of the mediatic apparatus that forges the conscience of people, educating them for capitalism. These media, together with those economic interests form a large piece of the cultural production in the contemporary world. The power of the Capital upon the historical culture produced within the society brings harmful consequences for citizenship and democracy. These come to be mere accessories of the economic logic, which works with the principles of the instrumental reason. Our purpose with this thesis is to unfold the conditioning in the historical culture generated by the magazine Veja about the Iraq War that is underlying its speech. We intend to place these facts in the long duration and investigate how much the modern paradigm, responsible for forging the idea of superiority in the Western civilization, is present in the roots of the historical culture induced by this media. We seek to establish some ethical references, attached to multiculturalism emancipatory, in order to criticize the paradigm that legitimizes ideologically the fundamental actions which we intend to analyze. This critique must be used as raw material for the settings of the new conter-hegemonic historical culture. The cultural richness existing in the world may be contemplated, according to the Educational National Plan of the Human Rights in Brazil. / A cultura histórica produzida pelos grandes meios de comunicação de massa veicula uma visão de mundo ligada aos interesses do grande capital, financiador de todo o aparato midiático, que forja a consciência das pessoas, educando-as para o capital. Estas mídias, atreladas a tais interesses econômicos, constituem uma larga parcela da produção cultural no mundo contemporâneo. O poder do capital sobre a cultura histórica produzida na sociedade traz conseqüências danosas para a cidadania e a democracia, que passam a ser meros acessórios da lógica econômica, ligada aos princípios da razão instrumental. Objetivamos, com este trabalho, descortinar os condicionamentos existentes na cultura histórica produzida pela revista Veja acerca da Guerra do Iraque, e que estão subjacentes ao seu discurso, procurando colocar este acontecimento dentro da longa duração e investigando o quanto o paradigma moderno, forjador da idéia de superioridade da civilização ocidental, está presente nas raízes da cultura histórica produzida por esta publicação. Procuramos, também, estabelecer alguns referenciais éticos, atrelados ao multiculturalismo emancipatório, de forma a fazer uma crítica ao paradigma que legitima ideologicamente as ações imperiais que nos propomos a analisar. Esta crítica deve servir de matéria-prima para a configuração de uma nova cultura histórica contra-hegemônica, na qual a riqueza cultural existente no mundo possa ser contemplada, de acordo com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.
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