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Pobres, Nômades e Incivilizáveis: Potência e criação de novos modos de vidaCerqueira, Monique Borba 11 October 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-10-11 / The wide variety of classification concepts used to characterize the poor has been accompanied by a rationale that admonishes them, idealizes them or execrates them. Beyond linking poverty to material and social destitution, its most apparent form of manifestation relates to a contemptible situation that is engendered by a moral universe where people are standardized, as a means to belittle the many dimensions of life of the so-called poor . This is how poverty, as a driving force, soars and spills over on to talks, settings and subjectivities, thus identifying itself with a vast set of practices that conforms to its frames, designations and recreations that are inherent to subalternity. The present study aims to deconstruct the powerlessness of the poor and highlights the instance of domination to which they are subjected by discussing the legitimacy of the moral construct that shapes and defines the configuration of the poor. It attempts to dessentialize the issue of poverty and the poor as a machination intended to inflict suffering, pity and submission to focus on the exhaustion of civility standards and the need to create new modes of life. By framing the possibility of the emergence of a new ethical-political subject, this study centers on the power of the arts, especially cinema and literature, to analyze the following characters: Charles Chaplin s Tramp; the Brazilian mulatto beauty, Gabriela, taken from Jorge Amado s book of the same name and Macabéa, the female migrant from Northeastern Brazil created by writer Clarice Lispector. These three characters reveal the strength of the poor and are a path to different forms of resistance and creation that develop into new ways of thinking, feeling and experiencing the world under a positive and creative perspective / A vasta classificação utilizada para caracterizar o homem pobre é acompanhada por formas de exortá-lo, idealizá-lo, esconjurá-lo. Para além da associação da pobreza à destituição material, sua forma mais aparente corresponde a uma situação reles e desprezível, engendrada por um universo moral que possui o ardil de uniformizar, tornando pejorativas várias dimensões da vida dos chamados pobres . É assim que enquanto força dinâmica, a pobreza se ergue e circula, ocupando falas, cenários, subjetividades, identificando-se a um amplo conjunto de práticas que operam seus enquadres, nomeações e recriações constantes da subalternidade. Este trabalho objetiva desconstruir a impotência dos pobres, ao debater o construto moral que produz e atualiza sua figuração, evidenciando a instância de dominação que lhe é própria. Trata-se de desessencializar a questão da pobreza e dos pobres como maquinação capaz de imputar sofrimento, piedade e resignação, dando centralidade ao esgotamento dos padrões civilizatórios e à urgência da criação de novos modos de vida. A partir da possibilidade da emergência de um novo sujeito ético-político, o recorte de pesquisa privilegia o campo das artes, onde são destacados da literatura e do cinema os personagens a serem analisados: O vagabundo Carlitos, de Charles Chaplin, a mulata Gabriela de Jorge Amado e a nordestina Macabéa da obra de Clarice Lispector. Os personagens revelam a potência dos pobres, configurando formas de resistência e criação que circulam e se expandem como novos modos de sentir, pensar e experimentar o mundo, numa perspectiva afirmativa e criadora
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